Economia

CONFINAMENTO DE GADO

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Estiagem e alta da arroba aumentam procura

Estiagem e alta da arroba aumentam procura

GLOBO RURAL

10/03/2014 - 00h00
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A estiagem deste verão e o alto preço da arroba do boi provocaram um aumento na procura por confinamento de gado. É como um hotel para os bois, ou melhor, um SPA de engorda. Em um boitel, em Santa Helena de Goiás, além de confinar o próprio gado, o dono recebe animais de outros produtores. A diária, que custa em torno de R$ 6,50, cobre toda a alimentação. No final da engorda o gado é retirado. A procura este ano começou bem mais cedo. Pedro Merola, dono do boitel, afirma que a expectativa de faturamento é 30% maior que no ano passado. “Normalmente o produtor procura o confinamento no final de abril, começo de maio. Chegando a final de maio, começo de junho estamos lotados. Este ano começamos agora em março, já estamos cheios, e vamos ficar cheios ate outubro”, diz.

São 40 hectares destinados ao confinamento. Dos 15 mil animais, apenas 10% são do proprietário. Não foi só a falta de pasto que impulsionou esse mercado. “A seca ajuda o movimento de confinar os bois, mas o real motivos dos meus parceiros estarem confinando este ano é o preço da arroba. O ano passado vendíamos a R$ 94 e este ano a R$ 112. Estamos vivendo um período muito bom de consumo de carne, tanto no Brasil quanto no mundo, isso faz com que o mercado se organize”, avalia Merola.A busca pelo confinamento também é grande em outro boitel da região. Os caminhões não param de chegar. Todos os animais de um carregamento de 530 cabeças de Turvelândia, município vizinho a Santa Helena de Goiás, são identificados.

“Tínhamos dois mil animais, em torno de 90% próprios. Hoje nós estamos com 14 mil animais, em torno de 60, 70% de animais próprios e o restante de parceiros”, comenta Alexandre Parisi, confinador. Oitenta por cento da carne produzida no boitel vai para exportação. Os irmãos Gustavo e Alexandre Parisi investiram em tecnologia pra garantir o bem estar da boiada. Os animais podem se refrescar na água do aspersor quando o tempo está seco. O solo foi preparado para que não haja acúmulo de barro e eles gastem menos energia pra se movimentar. Os animais confinados comem em média entre 15 e 16 Kg de ração por dia. Em cada curral, um chip controla a quantidade de ração despejada no cocho.

Na boleia do caminhão o computador registra tudo. “Nós fazemos dessa forma, com que os animais consumam o que nós queremos eles comam, não o que o boi quer. E você ainda tem rendimento melhor, voce consegue produzir mais carne”, explica Gustavo Parisi, confinador.
Daqui pra frente, os criadores que quiserem uma vaga neste boitel precisam ficar na fila de espera. Os proprietários aproveitam o momento de casa cheia, mas revelam um temor: a Copa do Mundo. “O único receio que nós temos é o de existir uma concentração de bois prontos para o abate em maio. Porque todo mundo acredita na importância da Copa do Mundo para o consumo da carne bovina, e isso provavelmente ocasionará uma retração no preço da arroba, não significativa, mas deve ocasionar”, comenta Alexandre Parisi, confinador. Goiás e Mato Grosso são os estados onde os criadores mais confinam o gado. No ano passado foram um milhão e oitocentos mil animais. 

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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