Carlos Henrique Braga
Mato Grosso do Sul passou a integrar a Rede Nacional de Política Industrial, ontem, após assinatura de termo de cooperação entre setor privado e governos estadual e federal, que cria o núcleo local da rede.
A ideia, segundo o diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Clayton Campanhola, é “aproximar empresários dos instrumentos do governo federal”, como financimamentos a juros mais baixos e projetos de inovação. O Estado é o 18° a integrar a rede e, em um mês, definirá agenda de prioridades. Na prática, o grupo pretende identificar e solucionar problemas em cadeias produtivas, como de calçados e vestuário, e impulsioná-las.
O foco será empresários emergentes, que empregam entre 80 e 100 pessoas, estão aptos a inovar, independentemente do governo, mas ainda não ganharam asas para exportar. Eles podem incrementar a receita de vendas externas, e turbinar a indústria local.
De acordo com Campanhola, MS distanciou-se do perfil agrícola, beneficiado pelo crescimento do País, e cresceu acima de média nacional. “A indústria agrega valor aos produtos do Estado e gera empregos de melhor qualidade”, analisa.
A missão de aplicar a política de desenvolvimento industrial por aqui é da Secretaria de Produção e Turismo (Seprotur) e da Federação das Indústrias (Fiems), que identificaram a necessidade de facilitar o caminho dos empresários à Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em 2008 pelo governo federal.
Essa política criou a rede a que MS passou a fazer parte. Ela tem papel de regionalizar ações governamentais, respeitando peculiaridades e necessidades estaduais e locais. A secretaria-executiva da PDP é coordenada pela agência, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Ministério da Fazenda. As metas são ampliar o investimento fixo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), elevar o gasto privado em pesquisa e dinamizar micro e pequenas empresas exportadoras.