A nova etapa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), já em preparo pelo governo federal, promete mudar o panorama hidroviário de Mato Grosso do Sul, conforme matéria de hoje (10) do jornal Correio do Estado. O Estado tenta conseguir R$ 152 milhões para realizar obras na Hidrovia do Rio Paraguai, e acabar de vez com a insegurança nas pontes rodoviária e ferroviária de Corumbá e Porto Esperança. Em 2011, por exemplo, um acidente entre um empurrador e a ponte rodoviária chegou a isolar Corumbá por seis horas, e foi alvo de investigação do Ministério Público Federal. O objetivo do investimento é reforçar a segurança das estruturas e evitar novos casos semelhantes. Mesmo com início só em 2015, MS já pleiteia a entrada no PAC-3, que deve ser lançado em abril pela presidente Dilma Rousseff. A principal reivindicação é o investimento no trecho entre Corumbá e Porto Murtinho da Hidrovia do Rio Paraguai.
Com pelo menos 28 pontos de difícil navegação e necessitando de mais segurança em duas pontes, a verba do PAC, que seria empenhada e usada até 2019, e pode mudar o panorama logístico e dos transportes no Estado. O objetivo é aumentar a navegabilidade da hidrovia, que hoje enfrenta problemas no período de seca, e reforçar o papel do Rio Paraguai no escoamento da produção sul-mato-grossense, em especial do minério de Corumbá.
As reivindicações foram apresentadas ao Ministério dos Transportes pela Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai).
“Fomos apresentar todos nossos gargalos, e ouvir o Ministério”, afirmou Marcos de Souza Martins, superintendente da administradora. Segundo o material apresentado na quinta-feira em Brasília (DF), hoje a Hidrovia do Rio Paraguai tem 30 pontos críticos, 28 deles conhecidos como “paços”, trechos de difícil navegação em época de baixa no nível do Rio Paraguai. A reportagem é de Vinícius Squinelo.