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Essas gigantes topam qualquer parada

Essas gigantes topam qualquer parada

Redação

19/03/2010 - 04h18
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Desde o final do ano passado, os motociclistas fanáticos pelas bigtrails estão em polvorosa. Dois motivos, ou melhor, dois novos modelos habitam a imaginação destes pilotos movidos por longas viagens e muitas aventuras, seja nos Alpes Suíços ou na Transamazônica. O primeiro grande lançamento aconteceu em 2009 no Salão de Milão. A Ducati apresentou a Multistrada 1200, que alia o alto desempenho de uma esportiva com o conforto e a ergonomia de uma estradeira nata. Hoje, a imprensa internacional começa a fazer os primeiros testes com a moto italiana. Já a Yamaha, por sua vez, reeditou um de seus maiores sucessos. Mês passado, a marca dos três diapasões mostrou todos os detalhes da nova Yamaha Super Ténéré. Só que em vez do antigo motor de 750 cm³, a releitura do mito japonês ganhou novo design e propulsor de 1200 cm³ de capacidade cúbica. Enquanto os dois novos modelos não desembarcam por aqui, os motociclistas brasileiros vão ter que se contentar com outras bigtrails: BMW R 1200 GS Adventure, KTM 990 Adventure, Honda XL 1000V Varadero, Ducati Multistrada 1100, Triumph Tiger 1050 e Suzuki DL 1000 V-Strom. Os preços dos modelos variam entre R$ 43.732 e R$ R$ 88.900. Confira as principais características de cada moto, que são ideais para enfrentar qualquer tipo de aventura, seja no asfalto ou em deslocamentos por estradas de chão batido. KTM 990 Adventure A 990 Adventure é a “versão de rua” do modelo que participa da off-road mais difícil do mundo, o Rally Dakar. Corpo trail com alma estradeira, esta KTM oferece conforto, segurança e a capacidade de rodar muitos quilômetros, já que o tanque de combustível tem capacidade para armazenar 19,5 litros. A Adventure conta com para brisa alto, para lama dianteiro rente ao pneu, protetor de mão, banco em dois níveis e bagageiro, que pode receber um top case. O modelo da marca austríaca está equipado com o que há de mais moderno em termos de equipamentos: freios Brembo, com sistema ABS; suspensão multiajustável da grife White Power e rodas de alumínio Marcheshini. O motor é um V-Twin, a 75º, de 999 cm³ de capacidade cúbica. No Brasil, a KTM 990 Adventure custa R$ 62 mil. BMW R 1200 GS Adventure A BMW R 1200 GS Adventure impressiona pelo porte avantajado, visual, conforto e tecnologia de ponta. Com seu tanque de 33 litros cheio, a moto oferece uma autonomia de mais 500 km. Ou seja, é possível ir de São Paulo ao Rio de Janeiro sem abastecer a GS Adventure. Outro destaque desta BMW, marca que tem mais de 85 anos de tradição, é a tecnologia embarcada. Esta aventureira conta com ajuste eletrônico da suspensão e controle de tração, que evita derrapagens indesejadas em superfícies escorregadias. Outra novidade eletrônica é o sistema RDC, que monitora a pressão dos pneus. Para completar, freios ABS (antibloqueio) e controle de tração. Equipada com motor Boxer de 1.170 cm³ de capacidade cúbica e 105 cv de potência máxima, a R 1200 GS Adventure Premium tem preço sugerido de R$ 88.900,00. Além deste “mamute” sobre duas rodas, a BMW vende a versão standard, a R 1200 GS, “carro-chefe” da marca no Brasil e no mundo. A principal diferença fica por conta do tanque menor e do preço: R$ 59.900, sem sistema de freios ABS. Honda XL 1000V Varadero A mais aventureira motocicleta da linha Honda, a XL 1000V Varadero oferece ao turista sobre duas rodas conforto, versatilidade e alta tecnologia. Importada, a bigtrail da marca nipônica é um sucesso de vendas na Europa desde o seu lançamento, no final da década de 1990. No Brasil chegou em 2007. Outra vantagem da Varadero é sua grande autonomia, já que o tanque de combustível tem capacidade para armazenar 25 litros de gasolina. Para oferecer maior segurança, a bigtrail da Honda conta com o avançado sistema de freios ABS (Antilock Brake System) com DCBS (Dual Combined Brake System). A XL 1000V Varadero está equipada com motor DOHC (duplo comando no cabeçote), de 996 cm³, arrefecido a líquido, de dois cilindros em “V” com inclinação de 90º e gera 93,8 cv de potência máxima. A bigtrail da Honda custa cerca de R$ 51 mil. Triumph Tiger 1050 A marca inglesa Triumph tem mais de 100 anos de tradição na construção de motocicletas e a Tiger 1050 é um de seus modelos mais elogiados pela versatilidade e conforto em longas viagens. Classificada pela própria montadora como “Urban Sports”, a Tiger se propõe a ser uma excelente companheira de estrada. Remodelada em 2007, a moto inglesa ganhou um motor mais potente (115 cavalos de potência máxima) e linhas mais angulosas. Com ares de moto esportiva, a Tiger tem carenagem e o parabrisa altos justamente para desviar o vento em longas viagens. O modelo conta com freios da grife Brembo e ABS, além de rodas de liga leve e pneus de perfil esportivo, já que o habitat natural desta Triumph é uma estrada asfaltada. No Brasil o modelo custa R$ 44.900. Ducati Multistrada 1100 Estradeira com alma esportiva, aliado ao mais puro e premiado design italiano. Assim podemos definir a Ducati Multistrada 1100, fabricada em Borgo Panigale (ITA) e que custa R$ 48.900 no Brasil. Equipada com um motor de caráter esportivo, a Multistrada 1100 DS oferece bastante conforto para o piloto. A posição de pilotagem ereta e o banco bem largo permitem rodar por mais de duas centenas de quilômetros sem nem sequer pensar em parar a moto. Com um quadro em treliça aparente, uma marca registrada da Ducati, a Multistrada 1100 está equipada com suspensão dianteira da marca Showa e, na traseira, um belo monobraço de alumínio com um único conjunto mola-amortecedor Sachs. Até percorre uma estrada de chão batido com desenvoltura, mas não foi feita para encarar um off-road mais pesado. Suzuki DL 1000 V-Strom Como o próprio nome já sugere, a bigtrail japonesa conta com motor de dois cilindros em V de 996 cm³ de capacidade cúbica. Com respostas rápidas e bastante progressivas, o propulsor gera 98 cv de potência máxima. A dual purpose da Suzuki traz quadro tipo diamante com o motor fazendo parte da estrutura, suspensões telescópicas de longo curso na dianteira e um único conjunto mola-amortecedor fixado por links à balança traseira. O sistema de freios é formado por disco em ambas rodas (duplo na dianteira). As rodas de liga leve são calçadas com pneus de uso misto. O quesito conforto é garantido pela postura ereta do piloto, pelo parabrisa alto e também pelo banco largo e macio. Robusta e com visual arrojado, a big trail da Suzuki tem preço sugerido de R$ 43.732.

Segurança

Agendamento online para passaportes está indisponível temporariamente

Polícia Federal detecta tentativa de invasão do ambiente de rede

18/04/2024 20h00

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) informou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, que está temporariamente indisponível o serviço de agendamento de emissão de passaportes pela internet. A decisão foi tomada após a instituição detectar, no início desta semana, tentativa de invasão ao ambiente de rede da PF.

O serviço de agendamento será retomado após a verificação de integridade dos sistemas, porém, ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. A nota da PF diz que o governo trabalha para restabelecer o serviço online.

Para os atendimentos marcados previamente em uma unidade emissora do documento de viagem, a instituição garante que serão realizados normalmente na data e horário marcados, quando o solicitante deverá apresentar a documentação original necessária e o atendente público fará a conferência das informações cadastradas, além de coletar dados biométricos (impressões digitais e fotografia facial).

A Polícia Federal recomenda aos cidadãos que não tiverem viagem ao exterior programada para os próximos 30 dias que aguardem a normalização do serviço.

Os brasileiros que irão para o exterior nos próximos dias e, comprovadamente, necessitarem da emissão de passaporte comum podem enviar a documentação que prove a urgência para o e-mail da unidade da Polícia Federal mais próxima. Os contatos das superintendências estaduais da PF e das delegacias onde são emitidos passaportes estão disponíveis no link.

Agendamento regular
Habitualmente, quando o serviço virtual de agendamento para emissão de passaportes está operando, o cidadão interessado preenche o formulário eletrônico na internet, escolhe uma das datas e horários disponíveis e, por fim, marca o posto de atendimento da PF onde deseja ser atendido.

O cidadão não deve ir diretamente a uma delegacia da Polícia Federal sem fazer o agendamento prévio para passar pelos procedimentos de emissão do documento.

A entrega do passaporte ocorrerá na mesma unidade apontada no primeiro agendamento online do serviço e não poderá ser modificada.

Após o atendimento presencial, a retirada do documento poderá ser feita entre seis e dez dias úteis até 90 dias corridos. Depois desse prazo máximo, o documento será cancelado, com total prejuízo da taxa paga.

O custo comum para emissão de um passaporte é R$ 257,25. Se houver urgência, serão somados R$ 77,17, como taxa adicional de emergência, gerada durante o atendimento. Total: R$ 334,42

Contudo, se a remissão for de um passaporte ainda válido que tenha sido extraviado ou perdido, o valor cobrado na taxa comum dobra: R$ 514,50 ao todo para desembolso.

Briga interna

PCC vive maior racha em 20 anos, e Marcola tem poder testado pela 1ª vez

Advogado de rivais de líder da facção confirma desavença, mas nega surgimento de um novo grupo criminoso

18/04/2024 19h00

Marcelo Victor/ Correio do Estado

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A rebelião de três supostos integrantes do alto comando do PCC (Primeiro Comando da Capital) contra o chefe máximo do grupo marca uma das mais maiores crises vividas pela facção nos últimos 20 anos e testa pela primeira vez o poder de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Integrantes de órgãos de inteligência do governo paulista, delegados das polícias Civil e Federal e advogados ouvidos pela reportagem confirmaram a existência do racha entre membros da chamada "Sintonia Final" e apontam para mudanças que já começaram a ser percebidas em alguns pontos da capital.

As primeiras informações sobre o racha no PCC surgiram em fevereiro, quando os serviços de inteligência interceptaram uma mensagem atribuída a membros da ala mais radical da facção. Nela, Camacho estava sendo excluído do PCC e tinha a sua morte decretada por supostamente ter delatado colegas.

Marcola sempre negou ser chefe ou integrante do PCC, mas os investigadores afirmam o contrário. Procurada, a defesa de Marcola não quis comentar o assunto.

Na liderança dos rebelados está Roberto Soriano, o Tiriça, apontado pela polícia como um dos mais temidos integrantes da cúpula do PCC, seguido por Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, todos presos no sistema federal.
Dias depois, porém, um novo "salve", em resposta à primeira mensagem, foi interceptado pelos órgãos de inteligência. Nele, a cúpula do PCC trazia à tona a rebelião do trio, classificada como calúnia e traição, e dizia que a atitude havia custado a expulsão dos rebelados, além da decretação da morte de todos.

O motivo da discórdia teria sido uma conversa entre Marcola e um funcionário da Penitenciária Federal de Porto Velho, quando o primeiro passava por atendimento de médico, em julho de 2022. O preso teria dito que Soriano seria um psicopata e insinuado que agia contra agentes.

A conversa foi usada pelo Ministério Público contra Soriano, que acabou condenado a 31 anos pela morte de uma psicóloga da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), em 2017. Irritado com a situação, o preso condenado teria convencido os colegas de que Camacho cometera um erro imperdoável.

Na resposta interceptada, os criminosos afirmam que analisaram o teor da conversa e "fica claro que não existe nenhuma delação por parte do irmão [Marcola] e sim um papo reto de criminoso com a polícia".

"A Promotoria pegou esse áudio e criou um cenário falando o que bem entendia. Todos sabemos que promotores vão sempre criar um cenário favorável a eles", diz trecho da mensagem que informa que a gravação estava disponível a todos que quisessem acessá-la para tirar as próprias conclusões.

A rapidez da resposta gerou dúvidas nos órgãos de inteligência. Pensou-se, em um primeiro momento, tratar-se de um trabalho de contrainformação de membros PCC, com o intuito de tirar a atenção de um suposto plano de resgate em curso. A dúvida foi descartada com o decorrer dos dias.

Os serviços de inteligência apontam que apenas a segunda mensagem foi compartilhada pelos chamados "sintonias de rua", o que indica que os criminosos tomaram o lado de Marcola na guerra. Entre eles estariam as lideranças das principais favelas, como Paraisópolis e Heliópolis, redutos da facção.

Um sinal disso foi o fato de que pontos de venda de drogas que pertenciam ao grupo rebelado que foram tomadas e repassadas para criminosos ligados ao chefe do PCC. Em uma dessas biqueiras, na região do Sacomã, zona sul da capital, vizinhos das biqueiras afirmam que todos os gerentes ligados a Tiriça foram trocados.
Até mesmo um time de futebol ligado a esse criminoso teria sido desativado por conta do decreto.

No sistema prisional paulista, conforme funcionários ouvidos, até agora não houve nenhuma grande alteração. Os presos estariam em "compasso de espera", aguardando os desdobramentos fora do presídio.

Delegados da PF ouvidos pela Folha afirmam que Marcola, de fato, ainda possui um grande prestígio entre a massa carcerária e possui fortes aliados. Avaliam, porém, que essa guerra interna possa enfraquecer consideravelmente a liderança do criminoso, no poder há cerca de 20 anos.

Procurado pela reportagem, o advogado Rogério Santos, defensor de Roberto Soriano e Abel Pacheco de Andrade, confirmou a existência do racha. Ele afirma, entretanto, desconhecer os motivos que levaram ao rompimento e quem tomou tal decisão.
"Ele [Abel] apenas disse o seguinte: o Marcola foi afastado do PCC. Isso ele me disse, mas não me disse que tinha sido decretado, até porque eu sou advogado, eu não estou ali pra levar e trazer recado de preso", afirmou.

Ainda conforme Santos, embora tenha havido de fato um racha, os clientes negam peremptoriamente qualquer iniciativa ou conversa para criação de nova facção, o PCP (Primeiro Comando Puro), muito menos de eventual ligação desta com o CV (Comando Vermelho), inimigo do PCC.

O advogado afirma que tal notícia, sustentada até por promotores de Justiça, tem como o objetivo fomentar ainda mais a desavença entre os chefes da facção, o que pode colocar em risco até mesmo a vida dos familiares dos envolvidos.

Integrantes de órgão de inteligência ouvidos pela reportagem também descartam a possibilidade de união de membros do PCC e do CV, porque nenhum dos lados aceitaria eventuais traidores. Essas pessoas acreditam que são informações plantadas para tornar o racha do PCC em uma guerra sangrenta, o que ainda não começou.

A última grande disputa sangrenta entre chefes do Primeiro Comando ocorreu no final de 2002 quando Marcola entrou em rota de colisão com César Augusto Roriz da Silva, o Cesinha, e José Márcio Felício, o Geleião, os dois principais chefes até então. Os colegas ficaram do lado de Camacho na briga interna: Cesinha, Geleião e as mulheres de ambos foram sentenciados à morte pela facção e por anos o PCC tentou matá-los.

Cesinha foi assassinado, e Geleião morreu de Covid.

Na ocasião, a advogada Ana Maria Olivatto, 45, ex-mulher de Camacho, foi assassinada a tiros em Guarulhos. A principal suspeita de mando do crime era Aurinete Carlos Félix da Silva, a Netinha, mulher de Cesinha.

Segundo a polícia, foi esse episódio que colocou Marcola no topo de organização e que mudou os rumos da facção criminosa. O grupo colocou o caráter assistencial que tinha em segundo plano para se tornar uma espécie empresa voltada ao tráfico internacional de drogas. Caso Camacho seja destituído do comando, apontam os policiais, o PCC tende a mudar de perfil e se tornar um grupo muito mais violento.
 

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