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Esperança de Água Clara está no eucalipto

Esperança de Água Clara está no eucalipto

Redação

08/02/2010 - 07h14
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Localizada a 200 quilômetros de Campo Grande, Água Clara completa nesta segunda- feira 57 anos, depositando suas expectativas de desenvolvimento no eucalipto, mesmo com o município se destacando no cenário estadual pela pecuária, produção de aves e de borracha. Para o prefeito Edevaldo Alves de Queiroz (PDT), a esperança de crescimento para economia está no eucalipto e na construção e operação da Usina Hidrelétrica de São Domingos. Há 11 anos morando em Água Clara, ele afirma que a cidade tem se desenvolvido e atraído muita gente. “Cada vez que sai uma mudança chegam três, e geralmente, quem vai, volta”. “O eucalipto é a promessa de mais desenvolvimento. Hoje ainda está no plantio, mas, o corte vai dar muito mais empregos”, diz Edevaldo Queiroz. Ele explica, que atualmente são 50 mil hectares de plantação da árvore. Quando o corte começar, vai gerar mais vagas de trabalho e aquecer o comércio local. Atualmente, de acordo com o administrador, o município produz muita madeira da espécie pinos. “É um tipo de serragem que é produzida aqui e é distribuída no Brasil inteiro e até para exportação”. Cerca de 30 indústrias madeireiras estão instaladas em Água Clara. Muito da madeira também é utilizada nas várias carvoarias existentes na cidade. Aves e bovinos Ainda no tocante à sua economia, a produção de aves em Água é de 7,5 milhões de unidades ao ano, que são distribuídas para diversos locais, inclusive outros países. Paralelamente, na pecuária são cerca de 900 mil bovinos, que colocam a cidade entre as primeiras no ranking de maior quantidade de cabeças de gado do Estado. A criação é para engorda. Energia A construção da Usina de São Domingos teve início em agosto de 2009 com previsão de término em 27 meses. Toda a mão de obra utilizada será local, reforçando ainda mais as expectativas da população quanto à geração de mais empregos e desenvolvimento Educação e Saúde O prefeito Edevaldo Queiroz diz que há também investimento alto em saúde. “ A lei obriga 15% da arrecadação, mas a gente investe 22% para prestar melhor atendimento à população”. Para melhorar o ensino, ele afirma que a prefeitura atua na capacitação dos professores. Festa Para comemorar os 57 anos da localidade, a população terá missa, culto e noite cultural. As festividades acabam dia 16, última noite do Clara Folia. Água Clara perdeu parte do território para o município de Paraíso das Águas. Segundo o prefeito, a maior parte da produção de soja e borracha fica com o antigo distrito de Costa Rica.

PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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Cidades

Comissão vai analisar pedido de anistia coletivo dos povos indígenas Guarani e Kaiowa de Caarapó

Violações praticadas pelo governo brasileiro aos indígenas no período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade

27/03/2024 17h00

Arquivo/Correio do Estado

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A Comissão de Anistia irá analisar, em sessão histórica o pedido de anistia coletivo dos povos Guarani Kaiowa, da comunidade indígena Guyraroká, protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 31 de agosto de 2015.

Esta será a primeira sessão promovida pelo órgão, criado em 2002, e atualmente vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, para analisar eventual reparação a indígenas que tiveram os direitos humanos violados durante o período da ditadura militar no Brasil, entre 1947 e 1980.

A sessão de apreciação dos pedidos ocorrerá às 8 horas (horário de MS) no próximo dia 2 de abril, no Auditório do MDHC, em Brasília (DF). O procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que subscreve o requerimento, representará o MPF.

Além da comunidade indígena Guyraroká, localizada no município de Caarapó (MS), a cerca de 275 quilômetros de Campo Grande, também serão analisados durante a sessão os pedidos de anistia relacionados aos povos Krenak, de Minas Gerais.

Como o primeiro pedido foi protocolado há quase uma década, o MPF promoveu recentes reuniões com lideranças da aldeia Guyraroká, no intuito de debater e atualizar o documento contendo os requerimentos coletivos, cujo teor será apresentado durante o ato no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Retirada do território

Políticas federais de povoamento do país, implementadas durante o período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai, levaram agentes estatais a promover traslados compulsórios dos indígenas de Guyraroká, provocando mortes e profunda desintegração dos modos de vida destes povos tradicionais.

O propósito era retirar os indígenas das vastas áreas por eles ocupadas segundo os seus modos tradicionais e confiná-los em espaços exíguos definidos unilateralmente pelo poder público. As terras ocupadas anteriormente por eles foram liberadas à ocupação de terceiros, que tiveram a posse dos terrenos legitimada por títulos de propriedade.

Estas violações praticadas à época pelo governo brasileiro aos indígenas de Mato Grosso do Sul foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que esteve em Dourados e ouviu integrantes da comunidade Guyraroká sobre o processo de confinamento territorial que sofreram. Estima-se que mais de 8.300 indígenas foram mortos no período em decorrência da ação estatal ou da omissão do governo brasileiro.

Repercussões das violações

Após anos longe do território, aos poucos, os indígenas buscaram ocupar Guyraroká, num processo que começou em 2004, iniciando pela ocupação da faixa de domínio da rodovia estadual que ladeia a terra indígena (MS-156) e posteriormente ocupando uma parcela do perímetro declarado – 65 de um total de 11 mil hectares.

O MPF destaca, no pedido de anistia, que a principal atividade econômica desenvolvida pelos indígenas Kaiowa é a agricultura e, quando retirados do seu território forçadamente pelo governo brasileiro, ficaram completamente desprovidos do exercício de todas as suas atividades econômicas, merecendo a reparação.

Além disso, a desintegração do grupo e a ausência de acesso ao território tradicional, somada à extrema miséria, provocaram um número significativo de mortes por suicídio na comunidade. Em um grupo de 82 pessoas, registrou-se um caso de suicídio por ano entre 2004 e 2010.

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