Campo Grande completa 116 anos nesta quarta-feira e no decorrer do dia vamos mostrar curiosidades da cidade que se tornaram parte da história, clique aqui e confira as matérias já publicadas.
A primeira geração de campo-grandenses teve por professor o gaúcho e ex-combatente da Guerra do Paraguai, José Rodrigues Benfica. Ele foi o responsável pela primeira escola, no início de 1889, época em que a cidade ainda era conhecida como Arraial Santo Antônio de Campo Grande. Desde então a estrutura educacional evoluiu junto com o município para as atuais 94 escolas municipais e 96 Centros de Educação Infantil (Ceinf), sem contar as instituições particulares e mantidas pelo Estado.
O prédio escolar mais antigo, apontado pelo arquiteto e urbanista Ângelo Arruda, trata-se do Colégio Oswaldo Cruz na Avenida Noroeste. A estrutura da década de 1920, no entanto, mudou de finalidade ao ser doada para a Santa Casa e só voltou a funcionar como escola municipal em 2010 para atender a formação de adolescentes com distorção de idade e escolaridade.
Com isso, a unidade Bernardo Franco Baís figura como a matriarca de inúmeros alunos que por seus corredores passaram desde a inauguração do imóvel, na Avenida Calógeras, em fevereiro de 1932. Hoje com fachada tombada pelo patrimônio histórico, o espaço atende 440 alunos da pré-escola ao nono ano.
Dentre as escolas particulares, destacam-se pelo estilo Art Déco e suas linhas verticais os prédios do Colégio Dom Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora. O primeiro, na verdade, veio transferido de Aquidauana e teve estrutura própria inaugurada na Capital em 1934, sediando ainda as Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT) e o museu etnológico Dom Bosco. Já o Auxiliadora, tornou-se o maior edifício da cidade na década de 1940, por justamente ocupar um quarteirão da Avenida Mato Grosso com a Rua Pedro Celestino.
No caso das escolas estaduais, o Joaquim Murtinho perde o título de mais antiga ao se considerar que seu prédio original, inaugurado em 1926, foi demolido na década de 1970. Por isso, o Maria Constança de Barros Machado figura como o mais representativo, além do fato de ser um projeto adaptado de Oscar Niemayer inaugurado no aniversário de Campo Grande de 1954.