“Todo mundo fica com medo quando chove porque a cidade fica isolada”, afirma Renato Araújo Lima, 31 anos, morador de Novo Horizonte do Sul. O acesso à cidade pela MS-475 está impedido por conta da queda da ponte sobre o Córrego Kupuraí. O desvio é feito por estrada de terra, na região do Toco do Ipê Matão. No entanto, mesmo por este trecho, há dificuldades. A enxurrada carregou a pista no ponto onde passa o Córrego da Represa. É preciso passar por dentro da água e subir morro de terra para chegar novamente ao asfalto e ter acesso à cidade, cerca de 5 km depois, ou sair de lá pela estrada que dá acesso a outros municípios. Há 3 dias, quando a reportagem do Correio do Estado esteve na cidade, os motoristas não estavam enfrentando muitas dificuldades, pois o nível da água baixou por causa da estiagem dos últimos dias. Várias pessoas transitam diariamente pelo local. Renato, por exemplo, passa pelo menos quatro vezes para ir a propriedades rurais. “Todos os dias preciso ir ao sítio para levar sal ou outros produtos para os animais”, conta. Ele passa de motocicleta ou até mesmo de caminhão pelo local. Caso os motoristas não consigam passar, o único caminho alternativo para sair da cidade é por estrada vicinal, que fica praticamente intransitável. “Se chove um pouco já tenho que correr para puxar alguém que ficou com o carro ou caminhão atolado. Se não é na água do córrego que subiu, é na estrada de chão”, conta o funcionário público Mário Bonfim, que trabalha com o trator da prefeitura. Rural Além dos estragos nas diversas estradas vicinais, houve queda de pelo menos 25 pontes. Alguns trechos já foram recuperados, mas o prefeito de Novo Horizonte do Sul, Marcílio Álvaro Benedito, admite que foram medidas paliativas. Obras tiveram de ser refeitas porque não suportaram o peso dos caminhões. Diariamente, equipes ficam de plantão para guinchar carros ou jogar terra em buracos e permitir a passagem do ônibus escolar e outros veículos. (MC)