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Empreiteiros importam cimento da Bolívia

Empreiteiros importam cimento da Bolívia

Redação

10/07/2010 - 20h57
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Sílvio Andrade, Corumbá

A falta de cimento no mercado interno, engessando a construção civil em um período de aquecimento no setor, é temporário e o produto deverá atender à demanda a partir da próxima semana com a decisão da fábrica da Votorantim de Corumbá em priorizar Mato Grosso do Sul. Mas enquanto isso, muitos empreiteiros estão trazendo cimento da Bolívia para não paralisar suas obras na cidade. “O que está ocorrendo é uma aceleração violenta do mercado”, justifica o gerente da Votorantim, Marco Antônio Monteiro de Souza. As construtoras responsáveis pelo maior volume de obras em Corumbá – do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e projetadas pelo Estado, município e setor de mineração – alegam que a fábrica está mandando sua produção para Mato Grosso e São Paulo.
Ontem, a maioria dos 15 caminhões que aguardavam carga na entrada da fábrica abasteceria o interior do Estado, em detrimento do mercado local, onde falta cimento, conforme pesquisa feita nos principais revendedores. Os pedidos eletrônicos estão sendo rejeitados pela fábrica. Com isso, o preço do saco de 50 kg teve aumento de 23% esta semana, passando de R$ 16,50 para R$ 20.
“Essa situação já ocorre há 30 dias e torna-se preocupante e insuportável”, reclama o empresário Jorge Freitas, dono da construtora Itaoca. Segundo ele, a sua empresa já paralisou as obras de um posto de saúde em Ladário, cidade vizinha, e não conseguiu iniciar outra já contratada em Corumbá, a do Centro de Especialização Médica. “Com certeza, haverá demissões, mesmo temporárias”, avisou.

Da Bolívia
O Correio do Estado apurou que algumas construtoras, e mesmo o comércio local, estão “importando” cimento da Itacamba, a fábrica da Votorantim em Arroyo Concepción, na fronteira seca com Corumbá, para suprir suas necessidades. Lá, o saco de 50 kg está sendo comercializado a R$ 15,27. Uma empresa que produz concreto usinado comprou esta semana uma carreta em São Paulo.
“A Votorantim está mandando o cimento para Mato Grosso e São Paulo, se esquecendo da gente”, cobra Jorge Freitas. Segundo ele, somente Corumbá hoje conta com mais de 20 obras de grande porte, fato que não ocorria há algumas décadas, mas ainda assim a fábrica não privilegia o mercado local. O gerente da Votorantim garantiu que abastece a cidade, ocorre que o comércio não mantém estoque.

Produção
Marco Antônio disse que a fábrica focará o mercado sul-mato-grossense, deixando de mandar cimento para Cuiabá e região, onde as obras do PAC e do projeto da Copa do Mundo de 2014 estão consumindo o produto em grande escala. Disse que a nova fábrica, em Porto Velho, vai atender Mato Grosso, onde a produção de 50 mil sacos/dia da unidade de Nobres é abastece as obras de hidrelétricas.
“O mercado teve uma forte reação nos últimos três meses”, explicou o gerente, citando que a fábrica de Corumbá, até março, exportava cimento para a Bolívia. A unidade dobrou sua produção de 2008 para cá e trabalha com capacidade máxima (20 mil sacos/dia). Na semana que vem, com adaptações no sistema operacional, produzirá mais 2 mil sacos/dia, e Campo Grande é o cliente nº 1 da fila.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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