A delegação do Palmeiras desceu do ônibus do clube na Arena Barueri nesta quarta-feira para enfrentar o Flamengo sem João Vitor. Costumeiramente relacionado e até titular na conquista da Copa do Brasil no mês passado, o volante ficou fora do jogo exatamente após a confirmação do caso de um atleta que chegou embriagado ao treino de segunda-feira. Mas a diretoria continua se esforçando para minimizar o caso.
Mais uma vez, coube ao vice-presidente de futebol Roberto Frizzo falar sobre o assunto e ele, como havia feito na terça-feira, continuou na tentativa de negar o fato. Mas acabou admitindo a apresentação de um jogador, ao menos, cansado, recusando-se a confirmar ou negar se é João Vitor.
“Foi uma noite mal dormida ou pouco dormida”, declarou o dirigente, irritando-se profundamente quando ouviu a comparação da sensação a uma ressaca, conseqüência do consumo excessivo de bebida alcoólica na noite anterior, logo depois da derrota para o Fluminense no Rio de Janeiro.
O jogador teria sido até impedido de treinar devido às condições que se apresentou no treinamento da tarde desta segunda-feira, que foi fechada para a imprensa. Na terça-feira, trabalhou normalmente, em atividade com portões abertos na Academia de Futebol. mas ficou fora da relação para a partida desta quarta-feira.
Frizzo, contudo, vê exagero, na verdade, na repercussão do caso. “Fizeram muito mais fumaça do que o incêndio merecia. É um caso interno e já está encerrado”, afirmou, demonstrando ficar bravo com a insistência pela divulgação do nome do embriagado. “Não vou apontar um para irem todos em cima dele.”
A maior negativa do dirigente, entretanto, foi confirmar a ausência de João Vitor ou qualquer outro atleta dos relacionados como punição. Frizzo insiste que a escolha dos 20 que se concentraram só tem a ver com escolhas do técnico Luiz Felipe Scolari.
“Foi uma opção tática. A comissão técnica só pode escolher 20 do elenco, sempre tem alguém cortado, e isso é feito com base no adversário”, argumentou Roberto Frizzo.