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Em Corumbá e Dourados

Em Corumbá e Dourados

Redação

19/05/2010 - 20h07
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SILVIO ANDRADE, Corumbá
e FÁBIO DORTA, Dourados

 

O Museu de História do Pantanal (Muhpan), instalado no porto geral de Corumbá, conta a história da ocupação humana da planície e da fronteira oeste em oito mil anos. Seu acervo inclui peças arqueológicas da relevância do Corumbella Werneri, fóssil que viveu na região há 560 milhões de anos, e a Vênus Pantaneira, única figura antropomorfa feminina encontrada até agora nestes confins.

Inaugurado em 2008 e administrado pela Fundação Barbosa Rodrigues, o Muhpan proporciona um fascínio ao visitante e está sempre enriquecendo seu acervo com novos achados. Um dos documentos históricos mais expressivos acaba de chegar, avisa o coordenador Juliano Borges. Trata-se de um dos livros da junta de classificação dos escravos do Pantanal, datado de 1873/1885.

O livro, de número 28, foi cedido pela Câmara de Vereadores de Corumbá, que na época preparava um censo das propriedades que mantinham escravos para libertar seus filhos, beneficiados pela Lei do Ventre Livre, de setembro de 1871, por meio de um fundo de emancipação criado um ano depois pela província de Mato Grosso. As páginas estão craquelando e passarão por tratamento.

O documento cadastrou senhores como Joaquim José Gomes da Silva, o Barão de Vila Maria, um dos maiores latifundiários do Pantanal de Corumbá no século 19. Ele mantinha a escrava Esmeralda, mãe de Julia. Também cita Antônio Maria Coelho, um dos heróis da Guerra do Paraguai (1864/1870), dono de Jacinta, mãe de Antônia. As meninas nasceram no mesmo ano: 1874.

Juliano explica que, após o processo de restauração, o livro será digitalizado e disponibilizado para pesquisa, conservando o original. "Mais do que ir para a vitrine, simplesmente, é um documento histórico significativo para conhecimento da população local e do público em geral", diz ele. O Muhpan tem recebido um número cada vez maior de doações de objetos, todas espontâneas.

 

Salva de Prata

O Museu Histórico de Dourados, que funciona na antiga sede da Prefeitura Municipal, na Rua João Rosa Góes, no centro da cidade, conta com objetos e fotografias doados por famílias de pioneiros como José Serrano, o primeiro morador da região, e de Francisco Xavier Pedroso, o segundo morador que se instalou no distrito de Itahum (65 km da sede do município). O museu também traz fotos e objetos pessoais do fundador do município, o paranaense Marcelino Pires. Mas a peça mais emblemática do museu é a "Salva de Prata", uma homenagem aos douradenses feita pelo coronel do exército norte-americano Sidney T. Smith.

Ele comandava uma missão militar dos Estados Unidos no Paraguai e, quando sobrevoava Dourados no dia 18 de setembro de 1952, o avião em que estava com seus comandados (não há informação no museu sobre o número de pessoas) precisou fazer um pouso de emergência à noite.

O aeroporto de Dourados não tinha iluminação noturna e, então, houve em poucos minutos uma enorme mobilização, com dezenas de pessoas se dirigindo ao acanhado aeroporto com veículos, lanternas e até lampiões, iluminando a pista, permitindo o pouso da aeronave, evitando que acontecesse uma tragédia.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

Campo Grande

Riedel, Beto Pereira, Carlão e mais oito vereadores alinham pré-campanha em churrascaria

Carlão que comentou o encontro e disse: "se alinhar o time, o Beto cresce"

19/04/2024 16h59

Beto Pereira saindo de churrascaria onde almoçou com governador e vereadores João Gabriel Vilalba

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O deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Campo Grande, Beto Pereira (PSDB), o governador Eduardo Riedel (PSDB), o presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlão (PSB) e outros oito vereadores da Capital alinharam detalhes e estratégias para as eleições deste ano em almoço realizado no restaurante Fazenda Churrascada, no Parque dos Poderes. 

A equipe do Correio do Estado falou com alguns dos políticos na saída do almoço, em que o assunto foi as eleições deste ano. O presidente da Câmara, Vereador Carlão, foi pego de surpresa pela equipe de reportagem do Correio, mas disse que a reunião  “foi boa”. “Foi só para a comida e para desejar ‘boa sorte’ na campanha depois”, disse o presidente da Câmara. 

“A gente estava reunido ali, os vereadores, conversando, porque encerrou agora o prazo de filiação né?”, comentou Carlão. “Foi para almoçar e organizar as coisas para a partir de maio e junho”, disse. 

“Basicamente, cada vereador terá de explicar para o seu time quem é o nosso candidato. Por exemplo, o meu time não sabe, 100% que meu candidato é o Beto. Não pode fazer ainda, mas a ideia é alinhar o time”, afirmou.  

Carlão ainda comentou a ação como estratégia para fazer Beto Pereira crescer nas pesquisas. “Se alinhar o time, o Beto cresce”, comentou.

Além de Carlão, estiveram na reunião os vereadores Professor Juary (PSDB), Papy (PSDB), William Maksoud (PSDB), Zé da Farmácia (PSDB), Otávio Trad (PSD), Clodoilson Pires (Podemos), Ronilço Guerreiro (Podemos), Clodoilson Pires (Podemos), Betinho (Republicanos). Além disso, também estava presente além do governador Eduardo Riedel e de Beto Pereira, o secretário ajunto da Casa Civil, João César Mato Grosso. 

Apresentação de números

O deputado federal e pré-candidato a prefeito da Capital, Beto Pereira, disse que o motivo do almoço foi o fato de esse ter sido o “primeiro encontro depois da janela partidária”. “Todos juntos”, disse ele. 

Segundo ele, foi feita uma análise da pré-campanha e uma apresentação de números. “Foi uma apresentação de números, que mostram um pouco do que a gente está desenhando para esse período agora de pré-campanha”, informou. 

Otávio Trad também comentou o almoço. “Estou no PSD e vamos apoiar o Beto, estou com nosso partido”, afirmou. 

O governador Eduardo Riedel saiu sem falar com nossa equipe.  

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