As pessoas fizeram exames e receberam orientações, ontem (Foto: Vandenir Rezende)
Em um total de 620 atendimentos realizados ontem, Dia Internacional do Rim, na Praça Ary Coelho de Campo Grande, foi constatado que de cada 10 pessoas, oito eram hipertensas e dois diabéticas. A informação é da nutricionista Umarla Menezes, coordenadora da campanha ‘‘ 1 em 10. O rim envelhece assim como nós’’.
As atividades foram desenvolvidas pela a Associação Beneficente dos Renais Crônicos de Mato Grosso do Sul (Abrec), em parceria com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), das 7h às 16h30min, com orientações e exames para alertar a população sobre a doença renal crônica.
Umarla disse que para detectar o problema renal , um dos exames feitos é o de sangue, específico para medir a taxa de creatinina. Disponível nas redes públicas de saúde, foi a novidade na campanha de ontem e realizado gratuitamente.
Além de exames, informações médicas e nutricionais, orientações de atividades físicas foram fornecidas na praça Ary Coelho.
Para Eliane Ferreira, 30 anos, representante comercial, o corre e corre do dia-a-dia não permite tempo para as pessoas irem até o hospital fazer exames. “Eu tenho histórico familiar de doença renal, mas não tenho tempo, estava passando por aqui e vim ter mais informações”, conta Eliane.
O público-alvo da campanha são os idosos, diabéticos e hipertensos. Porém, a doença renal é silenciosa e a população deve se precaver. Para Bruno Tokuda, médico nefrologista, o tabagismo, histórico familiar e o uso de alguns anti-inflamatórios e antibióticos constantes podem ser também causadores da doença.“Muitas vezes as pessoas urinam normalmente e não sentem dor, mas é só através do exame que saberão se os rins estão funcionando regularmente”, orientou o médico.
Atendimento
A associação atendeu 700 pacientes e familiares por mês no ano passado. Em 2014, esse número já aumentou para 850.
O paciente renal crônico tem o apoio médico, nutricional, odontológico, psicológico e o de terapia ocupacional.
O familiar, que muitas vezes fica impossibilitado de trabalhar para acompanhar o tratamento, pode fazer cursos que são oferecidos pela Abrec para obter uma renda extra. A família também tem ajuda, com cestas básicas e vários outros apoios. A Abrec está situada à Rua Geraldo Agostinho Ramos, 781 e o telefone é (67) 3342-1713.