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Em 4 meses, Santa Casa atendeu 1,6 mil vítimas de trânsito

Em 4 meses, Santa Casa atendeu 1,6 mil vítimas de trânsito

DA REDAÇÃO

13/05/2011 - 00h02
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Nos primeiros quatro meses de 2011 a Santa Casa de Campo Grande atendeu 1.698 vítimas do trânsito, sendo 1.135 - perto de 80% -, ocorrências envolvendo motocicletas. Houve crescimento em em relação a igual período de 2010 quando 1.661 pacientes foram atendidos. Só no primeiro trimestre deste ano a ortopedia (onde são os atendidos os pacientes com politraumatismo) respondeu por 2.169 cirurgias, 41,97% do total das operações realizadas neste período no hospital.Na terça-feira (10), por exemplo, das 44 cirurgias realizadas, 27 foram de pacientes vítimas de acidentes.

Segundo o diretor-técnico da Santa, Casa, Geraldo Farias, a violência no trânsito é hoje um dos fatores que provoca a superlotação nas unidades de tratamento intensivo, forçando a improvisação de leitos nos corredores do Pronto Socorro. Na quarta-feira (11) havia 17 pacientes esperando para serem operados.

Entre os pacientes que passaram pela Santa Casa no primeiro quadrimestre de 2001 está a  A.M, 31 anos que foi atropelada por uma motocicleta, em Dois Irmãos do Buriti (a 105 quilômetros de Campo Grande), quando voltava de uma festa de casamento. Ela conta que a moto veio em sua direção e a atingiu na perna direita. Acabou caindo, rolou no chão o que provocou o rompimento de ligamentos do seu joelho. A. está há 11 dias no hospital se recuperando da cirurgia no joelho. Mãe de três filhos, ela está preocupada com a volta ao trabalho.

O vigilante B.N, 65 anos, se recuperava de um acidente de trabalho em que fraturou o fêmur quando se envolveu em acidente de trânsito. Segundo ele um veículo fez conversão sem respeitar a sinalização, invadindo a pista por onde trafegava de motocicleta com a esposa que torceu o tornozelo. N. fraturou a perna esquerda em três locais.

Internado desde a semana passada, o vigilante R.C, 29 anos, reclama da falta de atenção no trânsito. Ele fraturou o fêmur quando a motocicleta que pilotava bateu em outra. Ele vai passar o aniversário do filho de três anos no hospital, tempo de internação necessário para se recuperar da cirurgia na perna. “É a segunda vez que eu me envolvi em acidente e também desta vez estava certo. O entregador de gás estava falando no telefone celular quando fez a curva e não me viu. A moto pegou bem na minha perna. Na outra vez eu
cheguei a ficar dias em coma na Santa Casa, onde sempre tem sido bem atendido”, lembra.

Há histórias trágicas como a de F., 22 anos que teve de amputar uma das pernas em consequência do acidente em que esteve envolvido no último dia 29 de janeiro. Depois de quase 60 dias internado saiu da enfermaria direto para uma das celas do Instituto
Penal de onde estava foragido desde outubro do ano passado quando quebrou o regime semi-aberto, saiu pra trabalhar de dia e não voltou à noite para o presídio.

Socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) acabou denunciado pelo registro da ocorrência pela Companhia de Trânsito registro. Passou os últimos dias de internação no hospital sob escolta da Polícia Militar.

Valor pago pelo SUS não cobre prótese

Além das seqüelas físicas decorrentes dos acidentes, alguns pacientes são vítimas do sub-financiamento do Sus (Sistema Único de Saúde|) que nem sempre cobre procedimentos, medicamentos, órteses e próteses recomendados pelos médicos. É a situação enfrentada por J.S, 76 anos, que foi atropelado por uma caminhonete em Três Lagoas, a quase 400 quilômetros de Campo Grande, às 11h30 da manhã do dia 13 de dezembro do ano passado.

Ele deu entrada na Santa Casa no dia 16 de dezembro, completando na quarta-feira 147 dias de internação. Em conseqüência do acidente quebrou quatro costelas, machucou as nádegas e fraturou a coluna. Até agora foi submetido a cirurgia porque a prótese recomendada (occipto-cervical) custa R$ 51 mil e o SUS só paga R$ 5.978,00.

Sem a autorização da Secretaria Municipal de Saúde, o hospital ainda não pôde fazer a cirurgia que se transformou em objeto de uma ação judicial movida por familiares da vítima que cobram atendimento recomendado pelo médico.

O subfinanciamento do SUS também se reflete na saúde financeira do hospital que arca com o prejuízo. Um exemplo emblemático é um de um paciente que ficou 18 dias internado na Santa Casa com fratura no fêmur. Internado no dia 28 de janeiro e com alta no dia 15 de
fevereiro, seu tratamento teve um custo aproximado de R$ 13.233,48, incluindo sua permanência no CTI, medicamentos, cirurgia, honorários médicos.

O hospital recebeu pelo atendimento R$ 4.208,50, ou seja, 33% do custo real.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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