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Edil pode ser suplente se tiver apoio em 2012

Edil pode ser suplente se tiver apoio em 2012

Redação

21/06/2010 - 08h16
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lidiane kober

O vice-prefeito Edil Albuquerque (PMDB) cogita recuar e aceitar ser coadjuvante na disputa por vaga de senador como suplente do vice-governador Murilo Zauith (DEM) desde que seu nome seja incluído na lista de possíveis sucessores do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), em 2012. Também está na pauta de negociação o compromisso do governador André Puccinelli (PMDB) para lançar Nelsinho como seu sucessor, em 2014. Isso na hipótese de o PMDB vencer o PT, em outubro, na batalha pelo comando do Governo do Estado. Mas, antes de tudo, Puccinelli precisa quebrar a resistência da família de Edil, que não concorda em ver o vice-prefeito ir para o sacrifício nas eleições deste ano.

Ontem, na residência de Nelsinho, o governador reiterou a Edil a importância de ele aceitar a suplência de Murilo. “O André insiste em meu nome, pois avalia que, ao lado de uma pessoa com boa densidade eleitoral em Campo Grande, aumentam as chances de o Murilo virar senador”, disse Edil.
Para convencer o vice-prefeito a entrar no embate, Puccinelli apresentou uma série de argumentos. Ele citou a importância do DEM no processo eleitoral, por conta do tempo de propaganda gratuita que o partido tem direito. Além disso, destacou a importância de contar com uma pessoa da região da Grande Dourados em sua chapa majoritária. Murilo já avisou que sem um nome importante da Capital na suplência não aceita disputar vaga de senador.

“Entendo os argumentos do governador, mas sem acenos para o futuro fica difícil para mim convencer minha família a concordar na minha candidatura como suplente”, ressaltou Edil. O vice-prefeito entende que, ao ajudar Puccinelli nestas eleições, deve ser beneficiado no futuro. “Somos um grupo político e temos que ser parceiros”, defendeu.

Seu plano é contar com o apoio do governador para Nelsinho concorrer ao Governo do Estado em 2014 e pelo menos incluir seu nome da lista de sucessores do prefeito de Campo Grande, em 2012. “O André firmou compromisso de que o Nelsinho irá sucedê-lo”, revelou Edil. “E pela primeira vez, houve uma conversa para eu concorrer à prefeitura”, completou.

O vice-prefeito sabe que os nomes preferidos de Puccinelli para suceder Nelsinho são o do deputado estadual Carlos Marun (PMDB) e do ex-secretário de Obras, Edson Giroto (PR). “Mas acho que devemos respeitar o critério de fila e ouvir o que a população quer”, defendeu Edil.
Com as cartas expostas na mesa, a conversa sobre a suplência de Murilo segue na próxima quarta-feira. Na ocasião, Puccinelli irá tentar convencer a família do vice-prefeito a liberá-lo para a disputa eleitoral. “Tenho um filho promotor, um médico e uma filha especialista em moda. Quero eles do meu lado em todos os meus projetos”, ponderou Edil.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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