Economia

ALTA INFLAÇÃO

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Economista dá dicas sobre investimentos adequados

Economista dá dicas sobre investimentos adequados

Redação

03/04/2011 - 12h59
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O pequeno poupador deve ter cautela diante do quadro de alta da inflação e deve evitar transferir suas economias para aplicações financeiras que desconhece. O conselho é do especialista em administração financeira, Érico Veras Marques, professor da Faculdade de Economia, Administração Atuária e Contabilidade, da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Para ele, o pequeno aplicador, além de ter cuidado com o dinheiro no banco, deve, diante da inflação em elevação, preocupar-se em fazer pesquisas de preço dos produtos e serviços em busca de ofertas melhores. Ele, porém, avalia que o momento, nem de longe, mesmo com inflação em alta, pode ser comparado com a situação existente antes do Plano Real, quando os índices alcançavam a casa dos dois dígitos.

“Não dá para comparar a inflação do momento com a mesma registrada antes do Plano Real, quando as coisas subiam absurdamente de uma hora para outra”, disse. Por enquanto, acrescentou o professor, estamos discutindo sobre uma meta de inflação estabelecida pelo Banco Central (BC) que, comparada ao que era no passado, não é tão alta.

Na semana passada, o BC indicou que a inflação corrente está em um momento de alta e deve passar dos 6,5% estipulados como teto da meta estabelecida pelo governo. Depois, ela deve retornar para índices mais baixos, fechando o ano em torno de 5,6%, pela projeção da autoridade monetária. O centro da meta é 4,5%, mas existe uma tolerância de 2 pontos percentuais para a meta de inflação, para mais ou para menos.

“A discussão é importante porque os brasileiros devem ficar atentos para não perder o controle disso. Já pelo lado dos investimentos, a situação requer mais cuidado para o pequeno investidor na hora de descobrir qual aplicação paga o melhor rendimento”, afirmou.

Segundo ele, os pequenos investidores não têm muitas alternativas, a não ser a poupança e alguns fundos. Os fundos, porém, cobram taxas de administração para cuidar das aplicações e, dependendo do valor, não compensam porque, no final, o investidor vai receber menos do que deveria.

“Dependendo da taxa de administração de alguns fundos, é melhor deixar o dinheiro na poupança”, afirmou. Segundo o professor da UFC, outra alternativa seria o Tesouro Direto, um tipo de aplicação que permite ao aplicador a compra de títulos do governo federal diretamente do Tesouro Nacional, inclusive pela internet. Dessa forma, ele foge das taxas de administração e paga apenas um pequena taxa de custódia à instituição financeira.

O problema, segundo Marques, é que esse tipo de aplicação requer um pouco mais de conhecimento do mercado financeiro. “O cidadão tem que se cadastrar em um banco, tem que ficar atento ao dia em que tem que vender os títulos e conhecer a diferença entre os títulos. Não é tão comum como operar com a caderneta de poupança”, ressalta.

Caso o poupador tenha como identificar quais são os títulos corrigidos pela inflação vendidos pelo Tesouro Direto, o professor avalia que esses papéis são bons porque acompanham a inflação, mas “sem ganhar nada a mais por isso”.

Quem estiver disposto a correr um pouco mais de risco, a recomendação do professor são os fundos multimercados, que diversificam a aplicação, ou os fundos de ações. Neste último caso, lembra, é para quem tem conhecimento do mercado financeiro e mais especificamente das empresas que estão vendendo as ações. Marques adverte para que o investidor estejam sempre atento à taxa de administração cobrada pelos bancos.

Se a pessoa tem um pouco mais de recursos, a saída, segundo ele, é aplicar em certificados de depósitos bancários (CDBs), títulos vendidos pelos bancos ao público como forma de captar recursos . Para ele, em instituições de médio porte, o retorno da lucratividade desses papéis é muito bom e pode compensar, mas, normalmente, o dinheiro tem que ficar aplicado por um tempo determinado, o que é desvantajoso para quem necessita dos recursos no curto prazo.

Marques pretende, até o final de agosto, ensinar aos servidores da Universidade Federal do Ceará, como administrar bem seu orçamento pessoal por meio do curso de planejamento em educação financeira.

O objetivo é fazer com que as pessoas tenham um padrão de vida adequado à renda. “Não adianta uma pessoa ganhar R$ 10 mil, mas gastar R$ 11 mil, pois passa a ficar endividado”. “Na verdade, informou, queremos discutir o padrão [de vida] presente com a expectativa de vida do futuro. Até porque, se pegarmos os últimos dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], nós estamos falando em uma expectativa de vida de 73 anos de idade. Então, gaste menos do que você ganha. Nunca gaste mais do que você ganha”.

Economia

Invasores do Siafi tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões só no Ministério da Gestão

Criminosos conseguiram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram recuperados.

23/04/2024 18h00

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

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Os criminosos que invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação.

Segundo as apurações preliminares, eles conseguiram desviar no mínimo R$ 3,5 milhões do órgão, dos quais R$ 2 milhões já foram recuperados.

A invasão ao Siafi foi relevada pela Folha. O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

Em nota, o órgão confirmou a "utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular" e disse que "as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas". O Tesouro afirmou ainda que as ações "não causaram prejuízos à integridade do sistema".
Integrantes do governo relatam que os criminosos realizaram três operações Pix a partir dos recursos do MGI, para três bancos diferentes.

Os investigadores conseguiram reaver os valores transferido para duas instituições, mas o maior volume, repassado para uma terceira instituição, não pôde ser recuperado porque o dinheiro já havia sido direcionado para outras contas.

Os valores em questão dizem respeito apenas ao que foi mapeado no âmbito do MGI. De acordo com investigadores da PF, os invasores conseguiram movimentar valores maiores que os R$ 3,5 milhões.

Ainda não há confirmação pública dos montantes envolvidos, nem quais órgãos foram alvo da ação criminosa. A Polícia Federal investiga o caso com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para conseguir fazer as transferências, os criminosos roubaram ao menos sete senhas de servidores que têm perfil de ordenadores de despesa --ou seja, têm permissão para emitir ordens bancárias em nome da União.

Houve tentativas de pagamento em pelo menos três órgãos: MGI, Câmara dos Deputados e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na Câmara, os criminosos não tiveram êxito porque uma série de barreiras de segurança impediu a conclusão das transações.

Segundo interlocutores que auxiliam nas investigações, gestores habilitados para fazer movimentações financeiras dentro do Siafi tiveram seus acessos por meio do gov.br utilizados por terceiros sem autorização.
As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br de gestores e ordenadores de despesas para operar a plataforma de pagamentos.

A Polícia Federal disse, em nota, que soube dos ataques em 5 de abril, quando começaram as apurações. As diligências são conduzidas em segredo de Justiça.

O Tesouro realizou uma reunião com diferentes agentes financeiros do governo no dia 12 de abril para comunicar a existência de um ataque ao Siafi e ao gov.br.

Segundo relatos, o órgão gestor do sistema teria informado que no fim de março, nas proximidades da Páscoa, os criminosos conseguiram se apropriar de um perfil com acesso privilegiado dentro do sistema e usaram isso para acessar ordens bancárias e alterar os ordenadores da despesa e os beneficiários dos valores.

O Tesouro chegou a suspender a emissão de ordens bancárias por meio do Pix (OB Pix), instrumento preferencial utilizado pelos invasores para desviar os recursos.

Como mostrou a Folha, a suspeita é que os invasores coletaram os dados sem autorização via sistema de pesca de senhas (com uso de links maliciosos, por exemplo). Uma das hipóteses é que essa coleta se estendeu por meses até os suspeitos reunirem um volume considerável de senhas para levar a cabo o ataque.

Outros artifícios também podem ter sido empregados pelos invasores. A plataforma tem um mecanismo que permite desabilitar e recriar o acesso a partir do CPF do usuário, o que pode ter viabilizado o uso indevido do sistema.

Na prática, os invasores conseguiram alterar a senha de outros servidores, ampliando a escala da ação.

Dadas as características, interlocutores do governo afirmam que se trata de uma ação muito bem articulada, pois apenas alguns servidores têm nível de acesso elevado o suficiente para emitir ordens bancárias em nome da União. Isso indica uma atuação direcionada por parte dos invasores.

Além disso, técnicos observam que o Siafi é um sistema complexo, pouco intuitivo, e operá-lo requer conhecimento especializado sobre a plataforma. Alguns chegaram a mencionar que há fragilidades de segurança no sistema.

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer uma fiscalização para verificar as providências adotadas pelo governo para solucionar o problema.

A corte de contas já vinha realizando uma auditoria no Tesouro Nacional com o objetivo de promover a melhoria na gestão de riscos de segurança da informação, por meio da avaliação dos controles administrativos e técnicos existentes na organização.

Tá na conta

Beneficiários do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário

Os depósitos referentes à primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS que ganham até um salário mínimo começam a ser depositados nesta quarta-feira (24) em Mato Grosso do Sul

23/04/2024 17h15

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento.  Imagem Arquivo

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Em Mato Grosso do Sul, cerca de 348.217 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irão receber a primeira parcela do 13º salário que representa o montante de R$ 314.575.797,47. O depósito da primeira parcela será efetuado na quarta-feira (23) para quem recebe até um salário mínimo.

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento. 

Para aposentados, pensionistas que ganham até um salário mínimo o depósito será efetuado entre os dias 24 de abril a 8 de maio, enquanto quem possui renda mensal acima do piso nacional terá o dinheiro em conta a partir do dia 2 de maio.

No Estado, 350.162 beneficiários recebem pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) destes 104.107 correspondem a benefícios assistenciais. Nesta modalidade, que cobre aposentadorias, pensões e auxílios, representam o montante de R$ 68,2 bilhões, mais os R$ 33,4 bilhões que são do pagamento da primeira parcela do 13º salário, chega a R$ 101,6 bilhões.

Ainda, em Mato Grosso do Sul o montante para Regime Geral é de R$ 649.791.870,13 e da modalidade assistencial a quantia representa R$ 146.866.420,43.

Segundo dados do INSS, 27.640.302 pessoas recebem até um salário mínimo, enquanto 2.260.428 ganham acima do piso nacional. Deste número os benefícios assistenciais são de 5.964.306 conforme a folha de pagamento de abril. 

Como consultar

Aos usuários que não tem acesso à internet basta ligar para a Central pelo número 135. Será necessário informar o número do CPF e realizar a confirmação de informações cadastral para inibir possíveis fraudes. 

O horário de atendimento é de segunda-feira à sábado, das 8h às 21h (em Mato Grosso do Sul).

Site INSS

Por meio da internet basta acessar o portal Meu INSS  (https://meu.inss.gov.br/). Após o login clique em "Extrato de Pagamento". 

Nessa página o beneficiário terá acesso ao extrato detalhado sobre o pagamento do benefício. 

Aplicativo Meu INSS

O usuário pode baixar o aplicativo que é compatível com os sistemas Android e iOS. Também será necessário realizar o login e senha. No aplicativo é possível consultar o histórico e informações referentes ao pagamento do 13º salário.

 

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