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Documentário vai relembrar a história do Forte Coimbra em 3D

Documentário vai relembrar a história do Forte Coimbra em 3D

Redação

27/04/2010 - 19h14
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Um documentário, em fase de produção, pretende lembrar um dos pontos mais importantes da história de Mato Grosso do Sul, o Forte Coimbra – detalhe: utilizando tecnologia avançada de animação. A ideia partiu do publicitário e animador Fábio Flecha após entrar em contato com o livro "Retirada da Laguna", de Visconde de Taunay. "Na leitura, observei que o nosso passado é marcado por situações interessantes, histórias militares heroicas, como a própria Guerra do Paraguai, mas que muitos não conhecem", explica Fábio. "Foi a partir daí que pensei em produzir algo a respeito. Entrei em contato com o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul e foquei no Forte Coimbra, que tem uma história fascinante", empolga-se.

O filme será um média-metragem, 50 minutos, e a maior parte da projeção contará com imagens feitas em animação computadorizada 3D. "A previsão é de que cerca de 60% a 70% do documentário sejam feitas com esta técnica", prevê a produtora-executiva Tânia Sozza. Recentemente, o projeto recebeu o certificado da Lei Rouanet, concedido pelo Ministério da Cultura, para captar R$ 650 mil referentes à produção. A intenção dos envolvidos é obter o valor ainda no primeiro semestre e lançar o filme nos primeiros meses de 2011. O fato de utilizar animação facilitará a reprodução de vários momentos importantes na história do forte, que foi construído em 1775, quando se tornou importante marco da disputa territorial entre os governos de Portugal e Espanha na região. Um exemplo da tensão entre as duas potências da época aconteceu no início do século 19, quando o coronel de Infantaria Ricardo Franco de Almeida Serra defendeu-se do ataque da coroa espanhola. Na ocasião, mesmo com número reduzido de soldados e munição, os portugueses conseguiram alterar o plano do exército invasor, que teve de retornar à base de origem no atual território paraguaio. "Esta passagem terá destaque", antecipa o diretor.

O documentário mostrará ainda o período da Guerra do Paraguai, quando o forte foi ocupado pelos soldados do país vizinho. Para alcançar fidelidade nas reconstituições, a equipe pesquisa há dois anos vários tipos de materiais. Ainda haverá depoimentos de estudiosos, moradores da região e militares. O ator Davi Cardoso deverá ser o narrador e apresentador. A intenção é exibir o documentário em festivais, emissoras de televisão e instituições de ensino. Há possibilidade de a produção servir de base para outro projeto sobre o Forte Coimbra. "Estudamos a viabilidade, no futuro, de produzir um filme que reconstitua, com atuação de atores, o passado do local. A primeira etapa seria a realização desse documentário", diz Fábio.

Em 1978, o Forte Coimbra foi reconhecido como Patrimônio Histórico da Humanidade. Em 1996, passou a se chamar 3ª Companhia de Fronteira e Forte Coimbra. Em 2002, também recebeu a denominação histórica de Companhia Portocarrero. (OR)

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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