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Dilma e Lula farão comício com José Orcírio em MS

Dilma e Lula farão comício com José Orcírio em MS

Redação

29/07/2010 - 23h14
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lidiane kober, redação
clodoaldo silva, brasília

A candidata do PT à sucessão presidencial Dilma Rousseff virá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participar de comício em Dourados e de encontro com prefeitos em Campo Grande, no dia 24 de agosto. Os atos políticos foram pré-agendados ontem em Brasília com a equipe de coordenação da campanha da petista. A vinda de Lula foi combinada na semana passada. Ele vai inaugurar obras na Capital e depois seguirá ao segundo maior município do Estado para pedir votos em favor das candidaturas de Dilma e de José Orcírio dos Santos (PT) ao governo.
A fim de sacramentar a agenda, ainda ontem Orcírio conversou em Brasília com o chefe do gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os dois confirmaram a presença da presidenciável do PT no comício previsto para acontecer no segundo maior colégio eleitoral do Estado. Pelo menos esse é o plano de Orcírio. “Falta definir com exatidão se o ato será mesmo em Dourados ou em Campo Grande”, frisou. Mas, a princípio, o comício está programado para Dourados.
A ideia do petista é promover, na Capital, ato político com a militância do partido. “Primeiro, o presidente vai inaugurar obra do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento)”, contou. “Se der tempo a gente faz um encontro interno para, depois, ir a Dourados visitar a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e à noite realizar um comício”, completou.
Com a presença de Lula, Orcírio espera virar o jogo eleitoral em Mato Grosso do Sul. O presidente tem a aprovação de 83% dos eleitores do Estado, conforme pesquisa do Ibrape, encomendada pelo Correio do Estado. Em contrapartida, Orcírio está com desvantagem de 17 pontos percentuais em relação ao governador André Puccinelli (PMDB). De acordo com o levantamento do mesmo instituto, o petista tem 37% das intenções de voto contra 54% do peemedebista.

Nelsinho
Ainda esteve em discussão em Brasília a coordenação da campanha da presidenciável do PT, em Mato Grosso do Sul. O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) deverá comandar o comitê de prefeitos pró-Dilma no Estado e o senador Valter Pereira (PMDB) será confirmado, na semana que vem, como o coordenador-geral da campanha da petista.
Como primeira tarefa oficial, Nelsinho organizará, dia 24 de agosto, ato político reunindo pelo menos 40 prefeitos que simpatizam com a candidatura de Dilma. “Vamos mostrar a força dela no Estado”, comentou. Segundo ele, depois de inaugurar obras na Capital, Lula marcará presença no encontro e, em seguida, ele acompanhará o presidente até Dourados.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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