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Dilma chega à China e firma acordos

Dilma chega à China e firma acordos

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A presidente Dilma Rousseff desembarcou na China no final da noite deste domingo (10) em uma viagem que traçará o rumo da relação do Brasil com o país asiático nos próximos anos. No país, Dilma assina cerca de 20 acordos comerciais nas áreas de tecnologia, agricultura, esporte, educação e comércio.

Terceira agenda internacional da presidente, a passagem de Dilma pelas cidades de Pequim, Sanya, Boao e Xian demonstram o interesse brasileiro em aumentar as relações comerciais e política com os chineses. No centro das negociações entre os dois países, está a exigência pelo Brasil de “reciprocidade”.

Entre os acordos que serão assinados com a China está um que prevê a venda de aeronaves da empresa brasileira Embraer para companhias aéreas chinesas. Os aviões farão voos regionais no país asiático.

Outros acordos que serão assinados estabelecem a instalação de um centro de pesquisa conjunta em nanotecnologia. Há também parcerias em pesquisa e inovação em agricultura, defesa, biocombustíveis, eletricidade e prospecção de petróleo.

A China pode contribuir compartilhando conhecimento nas áreas espacial e de nanotecnologia, enquanto Brasil está apto a dividir técnicas de localização e prospecção de petróleo e gás, por exemplo.

“Há terreno para avançarmos na área espacial e outras. A China é um país avançado. É o caso de intercambiarmos técnicas, métodos, visitas de especialistas”, disse a embaixadora Maria Edileuza Fontinele, subsecretária de Política do Itamaraty,

Serão oficializadas também parcerias entre a Petrobras e as empresas chinesas Sinochem e Sinopec para o desenvolvimento de tecnologias de prospecção e troca de experiências em pesquisas geológicas.

Outro acordo prevê parcerias no desenvolvimento de energia através de biocombustíveis. Uma das possibilidades estudadas na China é produzir biocombustível a partir de algas.

Comércio bilateral

Apesar da disposição do governo brasileiro de negociar a ampliação das mercadorias exportadas para a China, será tarefa difícil vender produtos de alta tecnologia a um país que já produz, em grande escala e a preços competitivos, equipamentos modernos.

O pesquisador da área internacional do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicas (IPEA) Eduardo Costa Pinto explica que o Brasil deve negociar com a China a participação na cadeia produtiva de bens de alta tecnologia, como a produção de componentes de carros e máquinas.

“Batalhar por exportar tecnologia à China é tarefa inglória, mas podemos criar instrumentos de negociação para participar da cadeia produtiva de produtos de alta tecnologia, por exemplo, a produção de elementos de um carro”, afirmou.

Uma das possibilidades de agregar valor aos produtos brasileiros é investir em parcerias para o desenvolvimento de tecnologia, como o Brasil deve fazer com os acordos que serão assinados.

Para o professor de Relações Internacionais Universidade de São Paulo (USP) Gilmar Masiero, a prioridade da visita de Dilma à China deve ser a cooperação tecnológica.“Eu colocaria como item primordial as potencialidades de cooperação tecnológica. A tecnologia está muito cara para ser desenvolvida de forma independente”, disse em entrevista por telefone.

'Reciprocidade'
O país quer igualdade de condições tanto no acesso de mercadorias quanto na participação de empresas brasileiras em território chinês. De acordo com a embaixadora Maria Edileuza Fontenele, o Brasil quer ampliar a exportação de produtos tecnológicos, com maior valor agregado.

“A mensagem é: queremos exportar produtos de maior valor agregado, queremos vender aeronave, mas cabe também aos empresários brasileiros captar os compradores chineses”, afirmou a embaixadora.

Atualmente, os principais produtos exportados pelo Brasil à China são minério, soja e petróleo. Enquanto isso, a maioria dos mercadorias chineses exportadas ao Brasil é de alta tecnologia.

Um maior espaço de atuação das empresas brasileiras também deve ser obtido através de acordos bilaterais, segundo o Itamaraty. O pesquisador Eduardo Costa Pinto, do Ipea, explicou que as empresas estrangeiras encontram dificuldades para produzir em território chinês porque a elas são impostas barreiras pelo governo do país asiático.

“Existem muitas dificuldades na entrada de empresas brasileiras na China, mas há uma abertura para negociação. Temos que pensar em acordos bilaterais, porque a China não vai derrubar totalmente sua estrutura de regulamentação da produção de bens. Temos uma carta na manga para a negociação, que é a exportação de alimentos e energia. A China em crescimento acelerado precisa muito desses bens”, explicou.

CHIQUINHO-BRAZÃO

Processo de cassação de Chiquinho Brazão será instaurado na Câmara em abril

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários acordaram que não vai haver sessões na próxima semana

27/03/2024 15h00

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O pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) apresentado pela bancada do PSOL já está no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, segundo o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA).

O deputado diz que o processo chegou no colegiado nesta quarta-feira (27) e que a ideia é que ele possa começar a ser analisado na segunda semana de abril, quando haverá novas sessões na Câmara.

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários acordaram que não vai haver sessões na próxima semana, por causa do prazo final da janela partidária (quando os vereadores que querem concorrer às eleições de 2024 podem trocar de partido).

"Como a semana que vem está prejudicada pelo prazo das filiações partidárias, os membros do conselho não estarão em Brasília. Então a reunião será feita na semana seguinte. Para instaurar o processo e o sorteio do relator", diz Lomanto Júnior.

Ele afirma que a matéria seguirá o trâmite normal, como todas as outras representações que são analisadas pelo colegiado. "Mas, obviamente, por envolver prisão de parlamentar tem que ter uma atenção maior", diz.

Brazão foi preso na manhã de domingo (24) sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). À noite, a executiva nacional da União Brasil determinou a expulsão do parlamentar do partido com o cancelamento de filiação partidária, numa decisão unânime entre os presentes.
A bancada do PSOL na Câmara protocolou a representação por quebra de decoro parlamentar na segunda (25).

"O autor intelectual da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes não pode estar como representante da Câmara dos Deputados. Sua cassação é urgente e sua presença, uma vergonha para a Casa", diz o documento.

Os parlamentares afirmam também que Brazão "desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogativas asseguradas para cometer as ilegalidades e irregularidades" expostas na representação.

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ELEIÇÕES 2024

PSD convida o vice-governador para se filiar e disputar prefeitura de Dourados

O senador Nelsinho Trad, presidente estadual do partido, confirmou as negociações com Barbosinha para a filiação

27/03/2024 08h00

O vice-governador Barbosinha, durante evento político no interior do Estado com o senador Nelsinho Trad Reprodução

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O vice-governador José Carlos Barbosa, mais conhecido como “Barbosinha”, deve trocar o PP pelo PSD para concorrer à prefeitura de Dourados nas eleições do próximo dia 6 de outubro.

A informação foi confirmada pelo senador Nelsinho Trad, presidente estadual do PSD, ao Correio do Estado, explicando que as negociações do partido com o vice-governador já estão bem adiantadas e podem ser concretizadas nos próximos dias.

“Sim, existe essa tratativa, que foi iniciada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, mas, ainda não se concretizou, só se concretiza depois que o Barbosinha assinar a ficha de filiação ao PSD”, pontuou, explicando que o governador Eduardo Riedel (PSDB) está ciente do convite feito ao vice-governador.

O senador completou para o Correio do Estado que Barbosinha é um quadro importante para o PSD e para qualquer outro partido do Estado, pois se trata do vice-governador.

“Por onde ele passou sempre se destacou e fez um bom mandato, então, nada mais natural que o PSD fosse buscar a sua filiação”, ressaltou, completando que já comunicou sobre o convite o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. 

“Não tem como em uma situação dessa o presidente Kassab não estar participando das tratativas e de forma ativa no processo. Temos até o dia 6 de abril para fazer essa troca partidária e, até lá, vamos ter de aguardar a resposta do Barbosinha”, adiantou.

"Existe essa tratativa, que foi iniciada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, mas, ainda não se concretizou, só se concretiza depois que o Barbosinha assinar a ficha de filiação ao PSD”, Nelsinho Trad explicando o convite ao vice-governador para se filiar ao partido

Nelsinho acrescentou que a confirmação do convite ao vice-governador aconteceu em uma agenda política no município de Deodápolis (MS) no início deste mês. 

O presidente estadual do PSD pontuou que a vinda de Barbosinha não é apenas para disputar a prefeitura de Dourados, mas também para ajudar na reestruturação da legenda, que perdeu e está perdendo nomes importantes nos últimos dias.

PRÉ-CANDIDATURA

No início do mês deste mês, em entrevista ao programa “A Hora da Verdade”, da Rádio Grande FM, o vice-governador já tinha confirmado que seria pré-candidato a prefeito de Dourados nas eleições municipais deste ano e inclusive informou sua pretensão ao governador Eduardo Riedel.

Ele explicou que não tinha confirmado antes a sua pré-candidatura porque como vice-governador não poderia deixar questões políticas locais sobreporem o desenvolvimento de Dourados e os vínculos do município com o governo do Estado.

“Eu entendia que, me posicionando politicamente de forma antecipada, poderia colocar o assunto político acima do desenvolvimento de Dourados. Por essa razão e para, sob nenhum aspecto de eventual discordância política local, prejudicar o relacionamento do município de Dourados com o governo do Estado, não falava da minha intenção de sair candidato”, disse.

No entanto, ressaltou o vice-governador, chegou o momento de falar que o seu nome está à disposição para participar do processo eleitoral municipal.

“Porém, agora, a população de Dourados terá de se manifestar sobre isso porque eu não posso ser candidato de mim mesmo. Eu não posso postular essa condição só por minha vontade, é preciso que a população seja consultada”, argumentou.

Barbosinha lembrou que na eleição passada, quando disputou o cargo de prefeito, era considerado o velho e o atual prefeito Alan Guedes (PP) “era o novo, o douradense de nascimento e criou-se essa grande expectativa em torno dele”. 

“Penso que, quem se dispõe a ocupar um cargo Executivo, precisa ter histórico de vida, ter um legado de prefeito aos 23 anos de idade, de advogado, de professor universitário, de cidadão sul-mato-grossense de coração, mas goiano de nascimento e que escolheu Dourados para poder viver”, pontuou, referindo-se ao próprio currículo.

Ele completou também a experiência como presidente da Sanesul, quanto teria pegado a estatal quebrada e a transformou em uma das maiores companhias de saneamento do Brasil, bem como da modernização da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sob a sua gestão e dos dois mandatos como deputado estadual. 

“Coloquei tudo isso à disposição de Dourado na eleição passada, mas o eleitor optou por outro caminho e, com o respeito que tenho ao eleitor, quando proclamaram o resultado, eu parabenizei o prefeito eleito, desejei que Deus o abençoasse e cuidasse do seu mandato, além de agradecer aos votos que recebi e penso que é assim que todo político tem de se comportar. Agora, mais uma vez estou colocando o meu nome à disposição para que o eleitor de Dourados diga se deseja me manter como vice-governador lá em Campo Grande ao lado do governador Riedel, ou se quer essa experiência na administração da cidade”, reforçou.

Barbosinha também fez questão de dizer que não é candidato por vingança ao resultado da última eleição.

“Minha candidatura é porque acredito que a população deseja mudança e quero apresentar projetos qualificados para poder promover essas mudanças que Dourados precisa. Há muito tempo o município precisa de um choque de gestão”, garantiu.

O vice-governador revelou que conversou com o governador Eduardo Riedel e ele teria respeitado a decisão de colocar o seu nome para disputar a prefeitura de Dourados. 

“Agora, eu sei que isso depende da resposta que a população vai dar nas pesquisas e nos indicadores eleitorais porque a população pode entender que o Barbosinha tem de continuar em Campo Grande como vice-governador. Ou que o Barbosinha tem de disputar as eleições para que possa, na eventualidade, colocar toda essa experiência a serviço do município”, assegurou.

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