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Dicas para os casais administrarem as finanças sem brigas

Dicas para os casais administrarem as finanças sem brigas

Bolsa de Mulher

02/03/2011 - 05h18
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Ninguém vive só de amor, nem só com dinheiro. Dentro de uma relação estável, como alcançar a harmonia entre os dois? Segundo pesquisa realizada no Reino Unido, casais comprometem 312 dias por ano com discussões do dia-a-dia, boa parte delas relacionada ao maior vilão dessa história: as finanças. Isso porque enquanto um procura poupar e controlar os gastos, o outro é desorganizado e gasta em excesso.


Dialogar é essencial. É o que afirma o especialista em planejamento familiar Gustavo Cerbasi, autor do livro "Casais inteligentes enriquecem juntos". Ele ensina que o casal deve criar uma planilha de custos e tirar ao menos um dia no mês para discutir sobre planejamento financeiro. É preciso procurar na outra pessoa um meio de enriquecer em conjunto, cada um ir para um lado é prejudicial para a vida financeira e pessoal. A partir daí, devem estabelecer metas que permitam aos dois a concretização dos objetivos e anseios definidos.

Para o educador financeiro Álvaro Modernell, da Mais Ativos, é importante combinar as regras do jogo e cada um cumprir a sua parte, pois, assim, metade do problema estará resolvido. Ele explica que será saudável se ambas as partes reservarem uma certa quantia para os gastos com necessidades e desejos individuais, sem comprometer a renda do casal.

Casados

No caso de Márcia Morozini, 42, e Luiz Alberto Hemerly, 46, o planejamento financeiro é um aliado da relação há dez. O casal possui uma planilha na qual lançam as despesas e fazem projeções de gastos, sempre com base na tabela do mês anterior. Concluída essa etapa, procuram reservar, no mínimo, um quarto do salário dos dois. Márcia conta que se um dos dois tem vontade de investir em algo, eles compartilham os desejos para concluir se a aquisição vale a pena ou se daqui a algumas semanas estará sem uso, no canto do armário.

Graças ao comprometimento do casal de contribuir em conjunto para concretizar os sonhos deles e da família, as metas são cada vez mais ousadas. Atualmente, pretendem trocar de carro, comprar um imóvel à vista, uma vez que moravam de aluguel enquanto não tivessem esse valor em mãos, e o intercâmbio da filha mais velha no Canadá. Para este último Márcia estima um investimento em torno de R$ 40 mil.

Investimento conjunto

Algo parecido ocorreu com Cíntia e Wilson Lazarini, ambos com 39 anos. Logo no começo do casamento estavam cheios de dívidas e, então, o marido pediu demissão de onde trabalhava para arriscar e criar o próprio negócio. Cíntia tinha um emprego fixo e podia manter a casa por um certo tempo. Com isso, passaram a poupar o 13º salário, férias, investiram em consórcio por possuir condições favoráveis de juros e, mensalmente, reservam uma quantia.

Hoje, casados há dez anos, comemoram as conquistas. Embora tenham uma casa própria, recentemente adquiriram um terreno para concretizar o sonho de construir o imóvel da família. E as realizações se entenderam para os desejos individuais, como o C3 que Cíntia comprou no ano passado e a cirurgia plástica que pretende fazer este ano, enquanto o marido tem como foco a conquista de um carro de luxo.

De acordo com especialistas, a divisão de responsabilidades para alcançar as metas é essencial para evitar as brigas e acusações de descaso do parceiro frente aos objetivos determinados e impede que um dos dois se sinta sobrecarregado na relação com as despesas da família.

Recém-casados

Já para os recém-casados, Cerbasi orienta declarar guerra às dívidas na vida a dois, iniciar um planejamento financeiro imediato e seguir rigorosamente as regras determinadas por ambos. No caso de Rafael, 26, e Camila Rodrigues, 23, essa estratégia foi fundamental para que a decisão de casar não se transformasse em um pesadelo. Juntos há dois anos e casados há dez meses, decidiram estipular, em 2009, a cerimônia de união para o ano seguinte desde que tudo estivesse pago.

Ter colocado no papel os sonhos e como alcançá-los trouxe um resultado tão positivo que levaram essa idéia para o casamento. Hoje possuem uma planilha no computador na qual controlam todos os gastos, discriminam as despesas mês a mês e, ao final, contabilizam quanto vão poupar. A próxima meta do casal já está na planilha: é a compra de um apartamento e a troca do carro por outro do ano.

A sensação de recompensa é outro ponto apontado por Cerbasi em sua obra. "Os planos de curto prazo e a celebração da conquista vão funcionar como trampolim para a próxima meta", ensina. A consultora financeira Lavínia Martins, da FinPlan, diz que a celebração deve ser como o casal julgar conveniente, desde um jantar no restaurante favorito a um fim de semana na praia ou no campo. "Para aqueles que fazem contenção total de despesas um pouco de criatividade permite, por exemplo, um jantar à luz de velas em casa, preparado pelos dois ou por um só, para surpreender o parceiro".

EMPREGOS-CAGED

Brasil cria 306 mil vagas formais de emprego em fevereiro, com impulso de serviços

O número supera com folga o resultado consolidado registrado em fevereiro do ano passado, quando foram abertas 252.487 vagas com carteira assinada no país

27/03/2024 20h00

Ao todo, no segundo mês deste ano, foram registradas 2,249 milhões de contratações e 1,943 milhão de demissões Crédito: Freepik

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O Brasil gerou 306.111 vagas formais de trabalho em fevereiro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O número supera com folga o resultado consolidado registrado em fevereiro do ano passado, quando foram abertas 252.487 vagas com carteira assinada no país.


Na comparação anual, em fevereiro deste ano, a geração líquida de vagas foi 21,2% maior do que em igual mês de 2023.

Ao todo, no segundo mês deste ano, foram registradas 2,249 milhões de contratações e 1,943 milhão de demissões.

Com a mudança de metodologia, analistas alertam que não é adequado comparar os números com resultados obtidos em anos anteriores a 2020.

Os cinco setores de atividades econômicas tiveram saldo positivo em fevereiro, com maior impulso do setor de serviços –193.127 empregos formais. Também houve geração líquida de 54.448 postos na indústria, 35.053 vagas na construção, 19.724 no comércio e 3.759 na agropecuária.

Às vésperas da nova divulgação, membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já repercutiam o vigor do mercado de trabalho brasileiro. Desde o início do ano, já foram criados 474.614 empregos formais no Brasil.

Em entrevista à rádio Itatiaia, na manhã desta quarta, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que o número de criação de empregos em fevereiro seria "bastante expressivo". "A economia brasileira inicia um ciclo longo de crescimento econômico e nós precisamos preparar a nossa juventude para ocupar esses postos de trabalho", disse.

Já o ministro Rui Costa (Casa Civil) afirmou, um dia antes, em entrevista coletiva a jornalistas no Palácio do Planalto que os dados do Caged seriam "extraordinários".

Dos cinco setores de atividades econômicas, quatro tiveram saldo positivo no acumulado dos dois primeiros meses de 2024. O grupo de serviços ajudou a impulsionar o resultado do ano, com a criação de 268.908 vagas formais. Na sequência, aparecem indústria (120.004 postos), construção (81.774) e agropecuária (25.751). No comércio, houve saldo negativo de 21.824 empregos formais.

A força do mercado de trabalho vem soando como alerta para o Banco Central e para as perspectivas sobre o ritmo de cortes na taxa básica de juros (Selic) à frente.

Na ata do último Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada na terça-feira (26), o colegiado registrou uma extensa discussão sobre a resiliência do mercado de trabalho e seus potenciais impactos sobre a atividade econômica e a inflação.

"Notou-se que um mercado de trabalho mais apertado, com reajustes salariais acima da meta de inflação e sem ganhos de produtividade correspondentes, pode potencialmente retardar a convergência da inflação, impactando notadamente a inflação de serviços e de setores mais intensivos em mão de obra", disse.
Para o Copom, a evolução do indicador que mede a diferença entre o crescimento potencial da economia e o efetivo (hiato do produto) e do comportamento do mercado de trabalho será muito relevante para determinar a velocidade com que a inflação atingirá a meta (3%).

No mês passado, o salário médio de admissão caiu para R$ R$ 2.082,79, uma redução real (descontada a inflação) de R$ 50,42 em relação a janeiro –variação em torno de -2,36%.

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MERCADO-FINANCEIRO

Bolsa registra alta com impulso de Vale; dólar fecha estável

Com isso, o Ibovespa avançou 0,65%, terminando o dia aos 127.690 pontos

27/03/2024 19h00

As maiores altas do dia foram de Renner, Raízen e Grupo Casas Bahia, que subiram 5,42%, 5,23% e 4,67%, respectivamente. A Vale, companhia de maior peso do Ibovespa, avançou mais de 1% Crédito: Freepik

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Após quatro sessões com desempenho negativo, a Bolsa brasileira fechou em alta nesta quarta-feira (27), impulsionada por altas da Vale e da Petrobras. O dia também foi positivo para os índices americanos, que auxiliaram o mercado local.

"O índice [Ibovespa] chegou a operar no campo negativo pela manhã, mas recuperou-se ao redor do meio-dia, conforme o mercado analisa e consolida entendimentos sobre os resultados das empresas enquanto eles vão sendo divulgados nessa temporada de balanços referentes ao quarto trimestre de 2023", diz Felipe Pohren de Castro, sócio da Matriz Capital.

As maiores altas do dia foram de Renner, Raízen e Grupo Casas Bahia, que subiram 5,42%, 5,23% e 4,67%, respectivamente. A Vale, companhia de maior peso do Ibovespa, avançou mais de 1%.

Com isso, o Ibovespa avançou 0,65%, terminando o dia aos 127.690 pontos.


No câmbio, o dólar fechou praticamente estável, enquanto investidores aguardam novos dados de inflação nos Estados Unidos que devem ser divulgados no fim da semana. A moeda americana teve oscilação negativa de 0,06%, terminando a sessão cotada a R$ 4,979.

Em um dia de agenda relativamente esvaziada no Brasil e no exterior, o dólar voltou a oscilar em margens bastante estreitas. Na cotação mínima do dia, às 9h01, a moeda à vista marcou R$ 4,9719 (-0,24%) e, na máxima, às 10h16, atingiu R$ 4,9949 (+0,22%).

Operador ouvido pela Reuters afirmou que os investidores continuam à espera de notícias que possam, de fato, servir de motivo para alterar posições na moeda norte-americana. Segundo ele, estão todos "esperando cair um raio".


Para Lais Costa, analista da Empiricus Research, não surgiram realmente notícias relevantes que mudassem o cenário para o câmbio.

"O fluxo não está ocorrendo por conta de mudanças estruturais de cenário -é mais por ajuste de posições. Teria que surgir algo realmente relevante para termos o dólar andando por aqui", comentou.

Como a quinta-feira é o último dia útil de março, a próxima sessão será a da disputa pela Ptax do fim de mês -e de trimestre. Normalmente, a volatilidade tende a aumentar em sessões assim, mas profissionais do mercado reforçaram que, sem notícias de impacto, a disputa entre comprados e vendidos pode não ser tão intensa.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). Nos encerramentos de trimestres, a importância da Ptax é ainda maior.

Como pano de fundo para a disputa nesta quinta-feira, serão divulgados uma série de indicadores no Brasil: a taxa de desemprego do IBGE em fevereiro e as projeções de PIB e balanço de pagamentos do Banco Central no Relatório de Inflação, entre outros. Destaque ainda para a entrevista coletiva do presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre o Relatório de Inflação.

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