Política

Política

A+ A-

Diagnóstico teleguiado

Diagnóstico teleguiado

Redação

10/03/2010 - 02h07
Continue lendo...

Bem ao estilo do filme “Viagem insólita”, a cápsula viaja pelo corpo, por um período de oito horas – tempo médio da digestão – dentro do dispositivo há um chip que registra duas fotos por segundo, o que gerará um “filme”, com cerca de 50 mil imagens, a ser analisado pelo médico. Descartável, o dispositivo é eliminado pelo organismo ao final do percurso junto com as fezes. De acordo com o cirurgião- geral e endoscopista Thiago Alonso Domingos, que fez treinamento com o aparelho durante a especialização no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), a cápsula endoscópica faz imagens dos seguintes órgãos: faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso. “A grande vantagem está na possibilidade de termos um diagnóstico preciso do intestino delgado”, explica o especialista. Exames tradicionais não conseguem chegar ao órgão, em razão de sua localização e anatomia. A endoscopia diagnostica apenas a parte superior do aparelho digestivo e a colonoscopia se foca no intestino grosso. “O problema é que parte dos sangramentos intestinais ocorre por causa de lesões no delgado”, aponta o médico. Segundo Thiago, as formas de diagnosticar problemas no intestino delgado até o surgimento da cápsula eram pouco eficazes. “Faziase radiografias, utilizando um l íquido contrastante, mas não conseguíamos uma imagem muito definida. Com a cápsula, temos imagens que nos revelam todos os tipos de lesões”, esclarece. Sem anestesia Em casos mais graves, como hemorragias muito fortes ou dores abdominais intensas, o diagnóstico do intestino delgado era feito por meio de cirurgia, procedimento que trazia consigo todos os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. Com THIAGO ANDRADE Uma das grandes revoluções tecnológicas dos últimos anos na gastroenterologia, é a chamada cápsula endoscópica, que deve chegar a Campo Grande até o final deste mês. Digna de um filme de ficção científica, ela é um pequeno dispositivo – 2,6 centímetros de comprimento por 1 de diâmetro – que deve ser ingerido pelo paciente para fazer imagens do aparelho digestivo, chegando ao intestino delgado, local de acesso impossível a todos os outros métodos endoscópicos. o advento da cápsula endoscópica, não existe mais a necessidade de intervenção invasiva para o diagnóstico. Com ela, também é eliminada a anestesia, empregada igualmente na endoscopia e na colonoscopia. “A cápsula é um método não-invasivo, que pode ser utilizado por quase todos os pacientes, sem uso de qualquer sedativo. Ele é contraindicado apenas em casos de fístula e estreitamento do intestino”, detalha Thiago. Não há necessidade de se tomar remédios laxativos, como acontece na colonoscopia. No dia anterior ao procedimento, o paciente deve fazer uma dieta moderada, indicada pelo médico. Após ingerir a cápsula, ele deve ficar duas horas sem ingestão de líquidos e, quatro horas depois, já pode fazer refeições leves

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

Continue Lendo...

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

Continue Lendo...

O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).