O comércio de Mato Grosso do Sul deverá contratar nos próximos dias cerca de 400 pessoas para atender às maiores vendas, por conta do Dia das Mães. Pelo menos metade desse montante será em Campo Grande, conforme estimativa da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-MS). A entidade atribui o aumento no quadro de funcionários das lojas ao melhor momento vivido pela economia, que deve representar acréscimo de 10% nas comercializações de presentes em relação ao mesmo período do ano passado.
“Acreditamos que podemos chegar a vender até 15% mais, porque o ano passado foi muito ruim, tínhamos acabado de sair de um período de crise muito forte”, afirma o vice-presidente da Fecomércio-MS, Edison Ferreira de Araújo. Quanto aos empregos gerados na data, considerada a segunda melhor do ano para o setor, ficando atrás apenas do Natal, a boa notícia é de que nem todos serão apenas temporários. Dos 400, pelo menos 60% devem ser efetivados por conta de boas perspectivas nos próximos meses, com o Dia dos Namorados, Dia dos Pais e Dia das Crianças. E a maioria dos contratados deverão ser mulheres − preferidas pelas lojas de confecções e calçados, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas. “Nesses estabelecimentos cerca de 70% são do sexo feminino”, diz o presidente da entidade, Ricardo Kuninari.
Os salários da classe giram em torno de R$ 650 mensais. Dados nacionais apontam que no Brasil devem ser abertas mais de 65 mil novas vagas, num momento em que a taxa de desemprego é uma das menores registradas na história do País, em torno de 7%.
Crédito
De acordo com Kuninari, neste ano, as vendas deverão ser favorecidas pelo crédito mais acessível e o período de melhor disponibilidade econômica. “As lojas estão com vários tipos de crediários e agora o consumidor já tem poder aquisitivo melhor, pois já passaram os quatro primeiros meses do ano, nos quais há um acumulado de contas para pagar”, explica.
Com esse cenário, a expectativa é de as compras disparem na primeira semana de maio. No ranking dos presentes mais procurados no período estão os produtos de confecção, seguidos dos calçados e acessórios, perfumes, joias e flores. Neste ano a estimativa é de que os filhos gastem, em média, R$ 80 por presente. (AM)