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Dez anos após o penta, maioria dos campeões já se aposentou

Dez anos após o penta, maioria dos campeões já se aposentou

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A base da Seleção Brasileira pentacampeã do mundo já está aposentada. Dez anos após a conquista em Yokohama, no Japão, a maioria dos jogadores vive dias de empresário, e poucos ainda seguem a carreira nos gramados. Os personagens da conquista se reúnem na noite deste sábado, em São Paulo, na casa do capitão Cafu para celebrar mais um aniversário da conquista. O convite de Cafu foi estendido a jogadores que participaram das outras quatro conquistas (58, 62, 70 e 94) de Copa do Mundo, e a expectativa passada foi a de que mais de 40 campeões vão estar presentes.

Da Seleção pentacampeã são vários os confirmados. Do elenco, 14 estão aposentados e nove jogadores ainda seguem em ação no futebol. A rotina de empresário, sem a obrigação de concentração, jogos nos finais de semana e descanso deixa grande parte do elenco disponível para o evento. Roque Júnior, Edmilson, Cafu, Roberto Carlos, Belletti, Júnior, Vampeta, Juninho Paulista, Luizão, Edílson e Ronaldo são empresários de diversos ramos. Até mesmo Rivaldo, ainda em atividade, atuando em Angola, segue com a função de presidente do Mogi Mirim-SP.

"A bola é turbulenta, e viver só dela é impossível. Ninguém consegue ficar dez anos se destacando. O jogador tem que procurar fazer outra coisa mesmo. Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Roberto Carlos, era só malandro na Seleção, mas não adianta. Vai acontecer o mesmo com o Neymar. Tem que estar preparado", opinou o ex-volante Vampeta ao Terra, ao lembrar que hoje nenhum pentacampeão segue em alta no futebol. "Procuro auxiliar garotos com minha sabedoria esportiva. Mas também mantenho um negócio como fonte de renda. Não dá para viver só do passado", destacou Edilson em entrevista ao Terra, atualmente produtor musical e dono de um estúdio em Salvador.

"As melhores recordações que tenho na carreira são da Copa do Mundo no Japão. Só que precisamos girar o capital ganho com a carreira, já que no futebol só vão lembrar dos feitos em datas especiais mesmo", comentou Roque Júnior, gestor do clube Primeira Camisa, com sede em São José dos Campos. Na Copa da Coréia do Sul e do Japão, os agora empresários, dirigentes, políticos, formaram a "Família Scolari". A marca do penta foi a de um grupo unido, focado na conquista e comprometido com o sucesso. Características essas vitais para qualquer empreendedor. "A gente tem que se virar no ramo dos negócios, fazer nossos contatos. Ainda sigo investindo no futebol e auxiliando os amigos. O Dida (goleiro), por exemplo, levei para a Portuguesa conversando com gente que conheço lá. Falei para pegar o cara que está encostado e é bom. O grupo de 2002 era muito amigo e vai sempre se ajudar", comentou Vampeta.

Veja como estão os 23 campeões da Copa do Mundo em 2002:

Marcos: Goleiro se aposentou no início do ano e diz curtir vida com a família. Ainda é especulado como futuro dirigente do Palmeiras.

Dida: Goleiro ficou dois anos parado e assinou contrato recentemente até o fim do ano com a Portuguesa.

Rogério Ceni: No São Paulo, enfrenta uma séria lesão no ombro que o afasta dos jogos desde janeiro. Ainda não fala em aposentadoria.

Cafu: O capitão do penta pendurou a chuteira em 2008 e conduz projetos sociais.

Belletti: Anunciou a aposentadoria em 2011 e realiza cursos e estágios em clubes em busca da carreira de treinador de futebol.

Júnior: Outro que parou em 2011. Ex-lateral virou empresário e é dono de restaurante em Belo Horizonte.

Roberto Carlos: Atualmente é dirigente do Anzhi Makhachkala-RUS, último clube em que atuou; ainda pode voltar aos gramados até o final do ano.

Lúcio: Teve contrato rescindido com a Inter de Milão, da Itália, recentemente, mas ainda não faz planos de aposentadoria.

Edmilson: O último clube dele foi o Ceará, em 2011. Atualmente cuida de projetos sociais.

Roque Júnior: Depois de defender o Ituano, em 2010, aposentou-se e administra o time Primeira Camisa, com sede em São José dos Campos.

Anderson Polga: Está em busca de clube após não renovar contrato com o Sporting Lisboa, de Portugal.

Gilberto Silva: Voltou do futebol grego no ano passado ao trocar o Panathinaikos pelo Grêmio. Continua no clube gaúcho.

Vampeta: Jogou apenas uma partida oficial pelo Grêmio Osasco e aposentou-se. Atualmente, ocupa cargo de dirigente do clube.

Kleberson: Segue em atividade. Deixou o Flamengo e acertou contrato de dois anos com o Bahia na última quinta.

Juninho Paulista: Aposentou-se em 2010 como jogador do Ituano e virou presidente do clube do interior paulista.

Ricardinho: Jogou até 2011 no Bahia e atualmente se arrisca como treinador de futebol. Está no comando do Paraná Clube.

Kaká: Está no Real Madrid, da Espanha, mas segue em constantes especulações de troca de clube.

Ronaldinho: Em baixa após a saída do Flamengo, neste ano, o meia-atacante tem contrato com o Atlético-MG até o fim da temporada.

Ronaldo: Artilheiro da Copa de 2002 com oito gols, anunciou a aposentadoria em 2011. Faz parte do Comitê do Mundial de 2014 e é dono de uma empresa de marketing esportivo.

Rivaldo: Mesmo ainda sendo o presidente do Mogi Mirim-SP, está na cidade de Luanda, na Angola, atuando pelo Kabuscorp.

Luizão: Pendurou a chuteira no Rio Branco-SP, em 2009. Hoje, atua como empresário de jogadores.

Edilson: Encerrou a carreira em 2010 no Bahia. Agora é produtor de música baiana e dono de um estúdio em Salvador.

Denílson: O último clube foi o Kavala, da Grécia. Atualmente é comentarista de uma emissora de televisão em São Paulo.

Campeonato Estadual

Operário vence Dourados e garante o 13º título do Campeonato Sul-mato-grossense

Após perder a vantagem em Dourados, o Galo de Campo Grande venceu por 3 a 1, em casa e volta ao cenário do futebol nacional.

21/04/2024 18h04

O volante Matheus Freire comemorando o 3º gol do Operário. Fotos: Gerson Oliveira

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O Operário Futebol Clube conquistou seu 13º título do Campeonato Sul-mato-grossense. Na tarde de hoje (21), o Galo de Campo Grande venceu o Dourados Atlético Clube por 3 a 1 no estádio Jacques da Luz e levantou a taça de campeão Estadual de 2024.

Bastante abalado pelo desempenho aquém do esperado na primeira partida, na qual o Galo perdeu no Estádio Fredis Saldivar por 1 a 0, o Operário foi para cima do Dourados no início do jogo, mas acabou enfrentando dificuldades na defesa contra o DAC.

O primeiro gol da partida foi marcado aos 30 minutos do primeiro tempo. Em um lançamento defensivo realizado pelo zagueiro Júnior Fell, o atacante Bidick, em velocidade, encontrou a bola, dominou-a e chutou na saída do goleiro Léo Lopes, fazendo 1 a 0 para o Galo.

Após o gol, o Operário continuou pressionando e aos 40 minutos do primeiro tempo, Pedrinho recebeu a bola na frente do gol e chutou no canto esquerdo do goleiro do DAC, ampliando o placar para 2 a 0 e igualando o resultado.  

Com o placar à frente, Operário decidiu estudar as ações do DAC nos primeiros minutos da etapa final. Sabendo da responsabilidade de que um gol poderia mudar todo o cenário, os técnicos Rogério Henrique, do Dourados, e Leocir Dall'astra, do Operário, fizeram alterações em suas equipes para equilibrar os times e intensificar o ataque.  

As mudanças para o lado do DAC, que precisava de pelo menos um gol, não surtiram efeito. O Operário seguiu pressionando e aos 36 minutos do segundo tempo, o volante Matheus Freire acertou um lindo chute de longa distância, marcando um golaço e ampliando para 3 a 0, o que levou os 2.926 torcedores que acompanhavam a partida à loucura.

Na comemoração do terceiro gol, jogadores do Operário começaram a provocar os atletas do DAC, iniciando uma verdadeira briga generalizada, com socos e pontapés. Alguns jogadores, como o goleiro Elissom, sofreram lesões no nariz, e o árbitro Paulo Henrique Salmazio foi obrigado a expulsar quatro atletas, dois de cada time.

O goleiro do Operário, Elissom ficou bastante ferido no nariz após participar da briga generalizada entrre os atletas do DAC e Operário.Goleiro Elissom ficou bastante machucado após se envolver na confusão generalizada entre os atletas do DAC e Operário. Fotos: Gerson Oliveira 

Os atletas expulsos foram o meia Marcelinho Araxa e o atacante Johnny pelo Operário; pelo lado do Dourados, o técnico Rogério Henrique e o defensor Rildo.

Logo após as expulsões, o DAC não conseguiu reagir na partida, mas antes do apito final, conseguiu único gol de honra com o atacante Nonato, 3 a 1. 

Após 10 anos longe do cenário nacional, o vice-campeão estadual, o Dourados Atlético Clube jogará a Copa do Brasil de 2025.

O maior campeão sul-mato-grossense (1980, 1981,1983, 1986,1988,1989,1991,1996,1997,2018, 2021, 2022 e 2024) , o Operário volta ao cenário nacional com a participação na Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro da Série D e também na Copa Verde de 2025.  

“[Dourados] Souberam aproveitar a final, especialmente respeitando a camisa do Operário, um grupo que merece estar nas finais. Estou muito feliz por ter entrado naquele momento com a cabeça tranquila e confiança para ajudar meus companheiros. Agora, é aproveitar esse momento e deixar uma marca na história do clube", relatou o volante Matheus Freire à reportagem do Correio do Estado.

Operário Conquista o 13º titúlo estadual, appós vencer o Dourados Atlético Clube por 3 a 0. Operário Conquista o 13º titúlo estadual, após vencer o Dourados Atlético Clube por 3 a 0. Fotos: Gerson Oliveira

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Pantaneiros do Hóquei

Irmãos representam MS em competição internacional com a seleção brasileira de hóquei no gelo

A seleção brasileira entra na quadra neste domingo (21) e o primeiro jogo ocorre contra Irlanda em competição sediada na Eslováquia

21/04/2024 12h00

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Os irmãos Daniel, 37 anos, e Julio Leite Baptista, 34 anos, foram convocados para disputar um torneio com a Seleção Brasileira de Hóquei no Gelo, em um campeonato em Bratislava, na Eslováquia.

A competição IIHF Development Cup ocorre entre os dias 21 a 27 de abril. Essa é a primeira vez que a seleção brasileira participa da competição. No torneio a seleção brasileira enfrentará Argentina, Colômbia, Grécia, Irlanda e Portugal.

O maior desafio, segundo Daniel, fica por conta da Argentina e Colômbia, enquanto todos os jogadores da seleção atuam no Brasil, os outros times atuam com jogadores que moram nos Estados Unidos.

"O maior desafio vai ser Argentina e Colômbia. Argentina e Colômbia são equipes amadoras que nem a gente. Mas eles possuem muitos jogadores que moram nos Estados Unidos há muito tempo, cresceram nos Estados Unidos. Tanto que alguns nem falam espanhol. Eles jogam falando inglês um com o outro. E esses jogadores jogam lugares com infraestrutura muito grande para a prática do esporte", destacou Daniel

"O time do Brasil é 100% de brasileiro. O local é São Paulo, Rio de Janeiro, Bragança, Sertãozinho. E acho que são as principais cidades onde os nossos jogadores são. Então a maior dificuldade vai ser contra os próprios latinos. Irlanda, Grécia e Portugal são times que a gente não conhece, nunca jogamos contra eles. Mas pelos vídeos que a gente acompanhou vão ser jogos disputados, mas talvez não tanto contra a Argentina e Colômbia que são os favoritos".  

Conforme a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, Seleção Brasileira de hóquei não participa de uma competição desde o final do Campeonato Panamericano de Hockey no Gelo em 2017.

A competição busca estimular outros países a desenvolver locais adequados para o treinamento dos atletas, como a quadra nas dimensões oficiais(60×30 metros). 

Para o diretor técnico de Hockey da CBDG e chefe de equipe da Seleção em Bratislava,  Salvador Ferreira, o principal objetivo desse evento é descobrir como está o nível do hockey brasileiro em relação a outros membros da IIHF.

A projeção com relação ao futuro com a aquisição de uma quadra oficial é de que nos próximos três anos a seleção brasileira consiga disputar o pré-olímpico de 2030.

Os jogos Olímpicos de inverno possuem 12 vagas, três delas são disputadas pelas seleções das 8 divisões do mundial que optarem se inscrever.

 

 

 

 

 

Hóquei na Cidade Branca

Os irmãos Baptista, naturais de Corumbá, começaram a treinar ainda criança, em torno de 10 anos, com patins e a paixão pelo esporte não parou. Em um intercâmbio no Canadá em que Daniel ficou Toronto e Julio em Winnipeg, por dois anos, onde puderam aprimorar as habilidades na modalidade em rinque de gelo com estrutura adequada. 

Em conversa com o Correio do Estado, os pais, Antônio Vitor e Helena Leite Baptista, relataram que a emoção de ver os filhos disputando competições continua a mesma desde o primeiro jogo representando o Brasil. 

 

Sul-americano infantil na Argentina 2004

Tudo começou quando os irmãos assistiram ao filme Ducks (Nós Somos Campeões) de 1992, dirigido por Stephen Herek que conta a história de um advogado que teve que prestar serviço comunitário treinando uma equipe de hóquei infantil. 

"Eles adoram o hóquei, desde pequenos, quando ficaram fascinados pelo esporte, após se encantarem com filme da história dos Ducks", explica o pai Antônio Vítor. 

"Logo descobriram que no Shopping de Quijarro, Bolívia, cidade vizinha de Corumbá, vendia equipamentos de hóquei de patins, eles e os amigos, nos influenciaram, seus pais, para comprar. Um deles, o Gabriel Marinho, tinha uma pequena quadra em sua casa, aí começou a história dos pantaneiros do hóquei". 

 

 

 

Por fim, os irmãos ficaram sabendo de patinadores em Campo Grande que estavam praticando hóquei nos altos da Afonso Pena. Após entrar em contato marcaram o primeiro jogo intermunicipal e a partir de então nunca pararam. "Eles viviam jogando em espaços que haviam em praças, estacionamento, quadras, praças", rememora Antônio.

 

Conquistas do Brasil no Hockey

2007 – Brasil conquista o ouro na Divisão 1 do Mundial de Hockey Inline da IIHF (Federação Internacional de Hóquei no Gelo).

2014 – Após quatro anos, Brasil retorna ao Mundial de Hockey Inline da IIHF.

2014 – Brasil participa da primeira edição do Pan-americano de Hockey no Gelo, disputado na Cidade do México, e termina na quinta colocação.

2015 – Brasil conquista inédita medalha de bronze no Pan-americano de Hockey no Gelo.

2016 – Brasil fica na quarta posição do Pan-americano de Hockey no Gelo, no México.

2017 – Pela primeira vez, o Brasil envia duas equipes para participar do Pan-americano de Hockey no Gelo. Equipe A termina na quinta posição, enquanto que a equipe B é a oitava.

2017 – Brasil retorna ao Mundial de Hockey Inline da IIHF após três temporadas.

 

Dicionário Hóquei do Gelo

Face-off: é o recomeço da partida após cada interrupção. Um atleta de cada equipe ficam um de frente para o outro e aguardam o lançamento do puck pelo árbitro para recomeçarem o jogo.

Icing: penalização comum no hockey no gelo. Acontece quando a equipe na zona de defesa “rifa” o puck e ele atravessa três das cinco linhas que marcam as zonas no rink. A punição, porém, só é marcada quando a própria equipe que se desfez da jogada toca o disco primeiro.

Puck: é o disco que os atletas precisam conduzir no rink de gelo para fazer os gols.

Stick: é o taco que os atletas usam para conduzir o puck.

 

O resultado dos jogos pode ser acompanhado por meio do perfil do Instagram @icebrasil ou clicando aqui.

 

(Com informações da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo)

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