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Destino do prédio continua indefinido

Destino do prédio continua indefinido

Redação

03/04/2010 - 23h53
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Transcorridos dois meses da desativação, persiste indefinição sobre o aproveitamento das instalações da antiga rodoviária, prédio de 25 mil metros quadrados, com 236 salas comerciais, dois cinemas (com capacidade para 500 lugares cada) e estacionamento com 130 vagas. Poucas lojas ainda permanecem abertas.

Um complicador para transformar o local num polo universitário, até aqui a alternativa mais consistente, é que 21  dos 25 mil metros quadrados do prédio pertencem a 100 diferentes proprietários. Só os espaços que a Universidade Estadual e a Uningá reivindicam somam 10.200 metros quadrados, bem maior que os 4 mil metros quadrados pertencentes à prefeitura, que não demonstra interesse em desapropriar o restante da edificação.  
Outra dificuldade é que as instituições públicas envolvidas – a Universidade Federal (UFMS) e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – (UEMS) não têm dinheiro no orçamento para investir na adaptação e reforma do prédio. Dependeriam de suplementação do orçamento (no caso da UEMS). A Federal teria de esperar para incluir a obra no planejamento de 2011. 

 O prefeito Nelsinho Trad deixa claro que não vai desapropriar o prédio, nem investir na sua revitalização. “Esta é uma tarefa de quem se instalar no antigo terminal. Os 4 mil metros quadrados que pertencem ao município serão cedidos às instituições em regime de comodato ou concessão, a forma jurídica mais adequada”.

Por enquanto, só a Unidade de Ensino Superior Maringá (Uningá) tem os recursos (em torno de R$ 2 milhões) para adaptar o espaço de 2 mil metros quadrados que está reivindicando. A instituição pretende abrir 10 salas de aula, consultórios odontológicos (necessários para o curso de odontologia e especialização). A previsão é que tenha 600 alunos nos três períodos.

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) espera dispor de 8 mil metros quadrados, num projeto de expansão para ser implementado ao longo dos próximos cinco anos. Neste período, o número de alunos do seu campus de Campo Grande passaria de 350 para 1.500 estudantes. A partir de julho, a universidade, que hoje ocupa salas da Escola Hercules Maymone, vai se instalar no prédio onde funcionou a Escola Estadual Irma Bartira, localizada no conjunto Arnaldo de Figueiredo.

Segundo o reitor da UEMS, Gilberto José da Silva, do orçamento de 2010 da instituição (R$ 73 milhões) , R$ 55 milhões são para cobrir a folha de pagamento, o restante, R$ 18 milhões, estão comprometidos com despesas de custeio. Para conceder um reajuste de 7% para os funcionários, precisou de um socorro financeiro mensal do Governo de R$ 100 mil. Os investimentos que vêm sendo feitos, R$ 13 milhões, foram assegurados por repasses do Estado e do Ministério da Educação.

Ele está convencido de que o governador André Puccinelli vai garantir os recursos necessários para instalação da UEMS para a rodoviária antiga, mas para isto será preciso desapropriar o prédio.
 
Projeto parado
Em relação a proposta de levar a Faculdade de Direito da UFMS para a antiga rodoviária, o empecilho é que, por enquanto, nem projeto existe, muito menos recursos no orçamento de 2010. A universidade dá prioridade para construção de sedes no interior do Estado, onde mantém cursos, em cidades como Naviraí e Bonito. A primeira tentativa de construir a faculdade numa área dentro do Parque dos Poderes foi barrada pelos deputados. (FP)

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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