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Desserviço para todo lado

Desserviço para todo lado

Redação

22/07/2010 - 07h17
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A eleição no Brasil está dizendo muito do momento que vive este País. Economicamente vamos a toque de caixa sem qualquer disciplina, isto é, sem o mínimo mental de planejamento e de foco futuro. Um acontecimento aqui outro ali que parecem ser planejados ante a nossa necessidade, na verdade frutos de outras intenções e objetivos, menos de uma política de crescimento e de visão administrativa. Assim vem Belo Monte, pré-sal, pólo petroquímico, portos, aeroportos, ferrovias e outras vias terrestres e aquáticas, tudo com um atraso inaceitável e aos trancos e barrancos. Nada, entretanto, é finalizado. Muitos acontecimentos (obras) previstos não saíram do papel, quiçá da boa vontade. Nas esferas estaduais, as diferenças do federal são pontuais.
Os efeitos do endividamento externo oriundos da aquisição de equipamentos começam a ser sentidos na economia brasileira. A indústria nacional melhorou a qualidade dos seus produtos e aumentou a sua capacidade de produção, fato que a possibilitou estimular o consumo interno a preços e condições favoráveis a população. Este incentivo produtivo teve como maior fundamento a possibilidade de compra, via crédito, pelo consumidor nacional, agregado ao fator exportador de alguns produtos que auxiliou o crescimento industrial, mesmo que em pequena escala e setor de produção. Na área de manufaturados, estamos em queda produtiva e mais acentuada na área de exportação que não chega a 1% do bolo mundial de produtos exportados. Isto não vai mudar tão cedo porque nossa produção intelectual, patentes, representa apenas 0,2% no contexto mundial. Estados Unidos e Japão detém 63% das patentes. Tem sido o mercado interno o sustentáculo e sobrevivência de grande parte de nosso parque industrial. Como o domínio deste mercado é de transnacionais, o dinheiro acaba saindo para as matrizes. Fica aqui o quinhão da voracidade do fisco que acaba atingindo, em cheio, as pequenas e médias empresas nacionais.
E que tem a eleição com isso? Até agora não há nenhuma proposta política de governo que contemple com seriedade e conteúdo o que será feito nos próximos anos para mudar a situação vigente e mais, dar consistência industrial e econômica ao Brasil. Retirar da dependência de commodities a nossa economia e direcioná-la ao sistema de produção e fornecimento de produto acabado e com tecnologia. Só assim podemos pensar e esperar por um futuro melhor com empregos de maiores ganhos para então sairmos do subemprego constituído de baixos salários e pouca qualificação.  Nada se vê de propostas para retirar o Brasil da economia especulativa e de crédito, que só favorece bancos, financeiras e governo, para uma economia de poupança e investimento. É essa economia em vigor que permite a continuidade de muitos e péssimos serviços tais como saúde e educação.
Outro momento que a nossa eleição nos coloca às claras é a falta de compromisso dos políticos brasileiros em relação ao Estado legal, o Estado de Direito. No Brasil, para os candidatos presidenciáveis e anexos, o de menos é a Lei. É desavergonhada a participação do presidente Lulla e do governador de São Paulo,  Goldman. Ambos, como detentores do poder, o mínimo que poderiam fazer pelo respeito às leis, seria observá-las, quando não obedecê-las. Mostram, de forma grosseira e em forma de piadas, inclusive na presença do presidente do TRE, que a lei é mero detalhe na vida da organização social do Brasil. Com essa atitude, me permitem chamá-los de irresponsáveis a serviço da podridão social. Estão no mesmo nível do PCC do Camacho. Não podem reclamar da criminalidade e corrupção que imperam no País. São péssimos exemplos para a cidadania, para a formação da nossa juventude.
Todos os presidenciáveis, em maior ou menor grau, burlaram a lei, inclusive a verde Marina quando de sua filiação ao PV sem a devida e legal justificativa de desfiliação do PT. O que mais impressiona em tudo isso, é a passividade da Justiça eleitoral brasileira ante os fatos e que por meio de pequenas e disfarçadas atitudes, se mostra operante. Em razão dessas bravas “medidas educativas” e “penalizadoras”, percebe-se que a “lei” do ficha limpa vai para o sótão da casa da justiça. É desserviço para todo lado.

Raphael Curvo, Jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes-RJ

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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