Na disputa pelo grupo principal, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente Marques de Sapucaí foi a primeira a desfilar na Passarela do Samba neste domingo de carnaval em Corumbá. Fez uma apresentação empolgante, levantando a torcida. Pregou a preservação da natureza com o enredo ‘Terra, água, fogo e ar. Os elementos em movimento', samba composto pelo carioca Alcino Machado Ormond, interpretado por Wellington Sandro Silva de Lima.
Fundada em 29 de fevereiro de 1988, por um grupo de amigos do Bairro Cervejaria, a escola verde, lilás, branco e amarelo, presidida por Odeti Brincker de Oliveira Bueno, desfilou com cerca de 600 foliões, distribuídos em 15 alas, com belas e coloridas fantasias trabalhadas pelo carnavalesco Wanderley Santos e equipe, e carros alegóricos. A agremiação tentou passar ao público presente, a necessidade de se preservar o meio ambiente.
Cumpriu um roteiro minuciosamente estabelecido pelo seu carnavalesco. Só não foi perfeito devido ao problema ocorrido com o terceiro carro alegórico que representava o ‘Fogo, suas entidades e formas". A comissão de frente, com 10 integrantes, usou a fantasia ‘Poeira Universal'. Em seguida passou o carro abre alas ‘Terra em embrião desabrocha as estações na natureza em expansão', mostrando uma alegoria formada por gnomo, o globo terrestre e a apoteose.
"Descendo a ladeira, levanta poeira", a Major Gama, disposta a recuperar o seu prestígio, fez uma bela apresentação na Passarela do Samba. Aposta tudo no enredo ‘Festa Junina', de Marcos César e Sandro Nemir, para retornar ao grupo especial do Carnaval de Corumbá. A escola fez uma bela apresentação, encantou o público e mostrou que é uma das fortes concorrentes ao título.
Fundada em 05 de março de 1.989 por Edson Pereira, campeã em 2007, a agremiação foi rebaixada em 2010 e, agora, busca uma vaga na elite corumbaense. A Major Gama foi a segunda desfilar na Passarela do Samba. A verde, amarelo, azul e branco, presidida por Almeida Lara, se apresentou com 600 foliões, divididos em 10 alas e quatro carros alegóricos, incluindo o abre alas, todos coreografados e posicionados em pontos estratégicos durante o desfile.
O carnavalesco da agremiação, Clemilson Medina, procurou mostrar na passarela, a importância de uma das mais tradicionais festas de Corumbá, o Banho de São João. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Juruna e Letícia, por exemplo, se apresentaram vestindo a fantasia ‘noivos caipiras'. Antes, a comissão de frente, com 10 componentes, mostrou uma coreografia lembrando a dança de quadrilha, tradicional em festas capiras.
Outro destaque foi o carro abre alas com uma pomba, símbolo da escola, prateada. O segundo carro alegórico representou o arraial, simbolizando as festas que se originaram nos sítios, chácaras e fazendas. Próximo da bateria, dez passistas levantaram o público com suas evoluções e muito charme. O som foi comandado por uma bateria com 80 ritimistas, homenageando Lampião, todos fantasiados de cangaceiros, comandados pela bela Ana Paula, a rainha da bateria que, em sua fantasia, exaltou a cultura corumbaense.
"Amor é amor! E não importa idade, raça ou cor". A Acadêmicos do Pantanal foi a terceira escola a se apresentar neste domingo do Carnaval de Corumbá. Passou pela avenida cantando os mais diferentes conceitos do amor. Reverenciou cupido, lembrou o amor de Julieta e Romeu, o amor de mãe e encantou o público com o enredo ‘As várias faces do amor'.
Fundada em 25 de julho de 2001 e presidida por Fernando Willian, a agremiação veio disposta a ganhar o público e o título para subir ao grupo principal em 2012. Apostou suas fichas nos carnavalescos Jackelyny Pazzolyny e Kessy, e no samba de Marcos César, interpretado por Ricardo da Pantanal.
A Acadêmicos desfilou com cerca de 700 componentes, distribuídos em 10 alas e uma bateria com 65 ritimistas que proporcionam um show à parte, com direito a paradinha e o grito de guerra da escola. A sua comissão de frente foi representada por nove integrantes, fantasiados de cupidos, os ‘anjos do amor'. O carro abre-alas mostrou o tuiuiú, ave símbolo da escola, com imagem de dois anjos, um negro e um branco.
Cada ala procurou mostrar as mais diferentes fases do amor. Teve a ala da paixão, do amor em jogo, do amor e a arte, do amor e a literatura, do amor eterno, do amor de Pierrô e Colombina, do amor por meio da dança e da música, do amor possessivo, amor de criança. A diversidade do amor foi representada por um dos carros alegóricos, assim como o amor de carnaval e o começo de uma nova vida representado por um grande bolo de casamento. Encerrou o desfile já nos primeiros minutos desta segunda-feira e com uma garoa.
A Caprichosos encerrou o desfile do grupo 2, o de acesso ontem. Homenageou personalidades que deixaram a cidade e se destacaram em outras regiões. Proporcionou um belo momento, esbanjou muita alegria e descontração na Passarela do Samba. A agremiação, fundada em 29 de setembro de 2005, cantou e encantou a todos o seu samba enredo ‘Volta pra casa - Orgulho Pantaneiro, o progresso que chegou', de autoria de Pedro Jorge de Castro, o Pedrão, e João Batista de Silva e Souza.
Presidida por Arturo Ardaya, a Caprichosos fez um belo desfile, como previa o seu carnavalesco Kiro Panovitch. Desfilou com cerca de 950 pessoas, distribuídas em 12 alas e cinco carros alegóricos. Predominou suas cores vermelho, azul e branco e lembrou personalidades como Fadel Yunes, Bolívar Porto, Luis Cambará, Neide Elliot, Kid Noel, Alcides Bernal, Marisa Mujica, Paula Mihran, Orlando da Gaita, entre outros.