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Descubra os encantos da arte do bonsai e aprenda como cuidar dessas pequenas árvores

Descubra os encantos da arte do bonsai e aprenda como cuidar dessas pequenas árvores

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A moda entre a elite chinesa dos anos 700 d.C. era o cultivo de árvores anãs coletadas na natureza. As plantas, de formas e tamanhos inusitados, eram transplantadas para pequenos vasos e essa atividade ficou conhecida como pun-sai.

Centenas de anos depois, por volta do século 12, a prática chegou ao Japão junto com o budismo e em pouco tempo ultrapassou os portões dos templos e evoluiu para uma forma de arte conhecida como bonsai. “A ideia é conduzir a árvore para que ela tenha as mesmas características e a harmonia estética encontrada na natureza, porém miniaturizada”, explica Mário Leal, do Atelier do Bonsai.

Apesar de ser vista como uma atividade complexa, observação, dedicação e paciência - muita paciência - são os requisitos mais importantes para desenvolvê-la. “É um processo simples, que exige noções básicas de jardinagem e outros conceitos adquiridos com a prática. É preciso acabar com o mito que ronda essa arte”, afirma Márcio Azevedo, da Bonsai Kai.

Prepare-se para o cultivo

Para aqueles que têm vontade de começar, a análise do espaço disponível para o cultivo é fundamental e decisiva para o sucesso. “Algumas espécies, como o pinheiro, necessitam de mais de seis horas diárias de sol direto, enquanto para outras, a metade do tempo é suficiente”, diz Juliana Okuda, da Bonsai Okuda – Clube do Bonsai.

Após definir o local, escolha a espécie a ser trabalhada. Segundo Azevedo, os iniciantes devem evitar as coníferas por serem plantas que exigem mais técnica. Nativas e frutíferas bem adaptadas ao nosso clima são as mais indicadas, já que apresentam maior resistência.

O próximo passo é a compra. Sem dúvida, uma das partes mais divertidas, mas deve ser feita com muito cuidado. Se a intenção é obter um exemplar pronto para ser manipulado, o mais indicado é recorrer a viveiros especializados. “Um pré-bonsai tecnicamente bem produzido precisa de, no mínimo, cinco anos de bons tratos e podas adequadas para ter qualidade”, afirma Azevedo.

Caso prefira cultivar sua árvore desde os primeiros passos, é possível adquirir uma muda saudável em uma loja especializada em jardinagem. “Ela deve ficar em um vaso fundo, de uns 20 centímetros, até que seu caule engrosse. Só depois disso pode ser transferida para um vaso raso”, explica o profissional.

É importante não se deixar levar pela ilusão de bom negócio. Observe a qualidade do exemplar e o material do vaso. “Algumas plantas, além de estarem em bandejas plásticas, não passam de mudas comuns comercializadas como bonsai e custam mais de R$ 20. Porém, uma espécie com as mesmas características sai mais em conta em qualquer garden center”, alerta Juliana.

Cuidados essenciais

Para assegurar o bom desenvolvimento do bonsai, é preciso manter o solo sempre úmido e com boa drenagem. “Para compor um substrato que não retém água, misture três partes de terra vegetal com uma de areia grossa”, ensina Leal.

Lembre-se que além de luz, é preciso alimentar a planta. “Não existe adubo específico para bonsai. Escolha o produto conforme a espécie em qualquer loja especializada em jardinagem e siga a recomendação do fabricante”, diz Juliana.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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