Dengue atinge pico e expectativa é de que casos diminuam
3 MAR 10 - 05h:40
Embora o número de notificações
tenha atingido, em
dois meses, 18.346 casos, o secretário
municipal de Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, garante
que chegou ao pico de
incidência e a expectativa agora
é de estabilização e queda
no número de notificações de
dengue. Na última epidemia,
em 2007, foram 47 mil casos.
Confiante nesta perspectiva,
o secretário garante que
não será preciso recorrer a
algumas estratégias emergenciais
que chegaram a ser cogitadas
para a eventualidade de
a situação se agravar.
Está suspenso, por enquanto,
o recrutamento de
soldados para atuar no trabalho
de prevenção, além da
montagem de hospitais de
campanha do Exército para
atender os pacientes da área
central, onde não há unidades
básicas de saúde ou postos 24
horas. Os militares devem ceder
viaturas para reforçar os
mutirões de limpeza em terrenos
baldios.
Esta avaliação otimista do
secretário toma como base a
queda no índice de positividade,
ou seja, a quantidade de
pessoas com sintomas da doença
que tiveram o diagnóstico
de dengue confirmado
por exame laboratorial. Nos
momentos de maior gravidade
da epidemia, 80% dos
exames davam positivo. Este
índice caiu para 40%. Ou seja,
de cada 10 exames, seis dão
negativo. Mandetta acredita
que os casos descartados são
de pacientes com outro tipo
de virose, que tem sintomas
semelhantes aos da dengue.
O boletim epidemiológico
divulgado ontem pela Secretaria
de Saúde, computando os
dois primeiros meses do ano e
o dia primeiro de março, com
190 notificações, praticamente
metade da média diária de
fevereiro, que fechou com
377 casos/dia, totaliza 10.943,
mais que os 7.213 registros
de janeiro. Até agora foram
confirmados 1.008 casos por
exames de laboratório, 43
descartados. Há 40 pacientes
que podem estar com dengue
hemorrágica; seis mortes estão
sob investigação e três
confirmadas.