Flávio Paes
A Prefeitura de Campo Grande poderá gastar até R$ 34,7 milhões nos próximos quatro anos, com o aluguel de equipamentos “olho vivo” que serão instalados nos semáforos para fiscalizar o excesso de velocidade, motoristas que desrespeitem o sinal vermelho, façam conversão à esquerda ou parem sobre a faixa do pedestre. O extrato do contrato que a Prefeitura firmou com Empresa Industrial Técnica foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial do Município.
Segundo o diretor da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Rudel Trindade, o contrato pode não ser integralmente usado pela prefeitura. “Só vamos pagar pelo aluguel dos equipamentos que efetivamente forem instalados”, garante Rudel.
A locação de cada equipamento vai custar R$ 2,8 mil por mês. “O valor do contrato é alto exatamente para evitar a necessidade de novas licitações na medida em que surja a necessidade de mais equipamentos”.
Novos equipamentos
Com a publicação do contrato de locação, em 60 dias os equipamentos começam a funcionar em seis semáforos: dois na Avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande, dois na Avenida Gury Marques, em frente à nova rodoviária, e dois em frente ao Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza.
Está também programado “olho vivo” para as saídas dos terminais de ônibus e na Avenida Marechal Deodoro. São regiões da cidade onde têm sido registrados atropelamentos com morte. O objetivo é reduzir a velocidade nestes locais.
Segundo Rudel Trindade, o equipamento agora conta com um recurso adicional: filma, além de fotografar as infrações. Com isto, será derrubado um argumento a que quase sempre os motoristas flagrados recorriam: o de que “furavam” o sinal porque o semáforo estava no amarelo, não no vermelho.
O condutor que for flagrado pelo “olho vivo” vai receber em casa a foto e a multa relativas à infração. O equipamento não funcionará durante a madrugada. No entanto, o horário específico de seu funcionamento será divulgado posteriormente.