Apesar de a capacidade ser
para 1.500 alunos, a Escola
Municipal Adélia Leite Krawiec
inicia as aulas nesta segunda-
feira (29), no prédio onde
funcionou o Colégio Oswaldo
Cruz, na Avenida Noroeste, região
central de Campo Grande,
com 300 jovens matriculados.
O local vinha servindo de abrigo
para marginais e viciados
em drogas, sendo conhecido
como cracolândia.
Segundo a superintendente
de gestão de políticas educacionais
da Secretaria Municipal
de Educação, Ângela Brito,
atualmente, cerca de quatro
mil jovens em Campo Grande
têm distorção idade/ano escolar.
Sendo assim, a proposta
da Escola Adélia, voltada para
educação de jovens entre 15 e
17 anos, é amenizar esse problema
a curto prazo.
A instituição utilizará metodologia
pedagógica denominada
Travessia Educacional
do Jovem Estudante (Traje),
atendendo adolescentes que
ainda não concluíram o ensino
fundamental. Quem nunca
estudou terá a oportunidade
de concluir a grade curricular
em apenas três anos, enquanto
o jovem que interrompeu
os estudos poderá finalizar o
ciclo do ensino fundamental
em dois anos.
Para  ngela, o tempo
de permanência em sala de
aula – necessário para concluir
o ensino fundamental
– será um dos atrativos para
o jovem, que por algum motivo
abandonou a escola ou
reprovou muitos anos e, em
decorrência disso está com a
autoestima abalada.
“A metodologia de ensino
é baseada na resolução de
problemas nos segmentos de
lazer, entretenimento, empreendedorismo
e, o aluno sairá
da escola preparado para trabalhar
como DJ – profissional
que seleciona e toca diversas
músicas em determinado evento
–, designer gráfico, web designer
e isso será comprovado
no seu currículo”, explicou.
Reforma
Conforme a superintendente,
o prédio onde funcionará
a escola será submetido
a reforma completa, mas para
o início das aulas 70% da obra
foi adiantada. As 11 salas de
aula estão prontas para serem
utilizadas, bem como dois
laboratórios de informática
– com capacidade total para
50 computadores –, auditório,
biblioteca e refeitório, além do
espaço destinado a administração
escolar.
Além da alfabetização estão
programadas atividades
diferenciadas, como aulas de
capoeira, judô, rádio, música,
canto, teatro, grafismo, recuperação
de instrumentos e
xadrez.
Inicialmente serão quatro
turmas no período da manhã,
três à tarde e duas à noite, no
entanto, Ângela espera fechar
outras duas turmas nos próximos
dias já que o número médio
de matrículas por dia têm
sido em torno de 40 a 50.