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Corumbá: De um povoado esquecido a uma esperançosa vila

Corumbá: De um povoado esquecido a uma esperançosa vila

Redação

09/04/2010 - 20h07
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Fundada a 21 de setembro de 1778, a mando do Capitão-General Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, o 4º Governador da Capitania de Mato Grosso, para defender e consolidar a posse da fronteira sul-mato-grossense à Coroa portuguesa, Corumbá, antes da abertura da navegação fluvial, não passava de um distante e empobrecido povoado com o nome de Albuquerque.

Durante muitos anos amargou um triste isolamento até que por um aviso de 16 de junho de 1857, o então Ministro da Fazenda, Marquês de Olinda, determinou ao Presidente da Província, Raimundo Delamare, que providenciasse a construção de um quartel-general e elaborasse um plano urbanístico para que o povoado não crescesse desordenadamente.

Alguns anos depois (1º de maio de 1861) instalava-se a Alfândega. E, pelo decreto Lei nº 8, de 10 de julho de 1862, o povoado de Albuquerque era elevado à categoria de vila, passando a denominar-se Vila de Santa Cruz de Corumbá.

A partir de então a vila começou a progredir como um pequeno, porém promissor, centro comercial, vendo seu porto desenvolver-se a cada dia com a chegada de vapores, trazendo mercadorias e imigrantes atraídos por melhores condições de vida.

O primeiro imigrante a chegar de Buenos Aires, na época um importante centro comercial da América Latina, foi o português naturalizado italiano Manoel Cavassa que, com a sua família, estabeleceu-se em Corumbá e teve a iniciativa de construir o primeiro prédio de alvenaria no porto da então esperançosa vila.

No entanto, o favorável período para Corumbá estava com os dias contados. A 3 de janeiro de 1865, a vila foi invadida e ocupada pelas tropas paraguaias, comandadas pelo Coronel Vicente Barrios.

A Guerra do Paraguai:

Um retrocesso na economia da região

A Guerra do Paraguai trouxe as piores consequências para a região. A Província de Mato Grosso viveu uma de suas maiores crises e se desorganizou política e administrativamente, entregando-se a toda sorte de provações, sobretudo Corumbá.

As tropas paraguaias, não encontrando resistência por parte dos brasileiros, tomaram conta da vila e a saquearam.

A favorável conjuntura que havia se formado ao comércio regional em pouco foi interrompida, e o alicerce do progresso que vinha sendo erguido se viu destruído e o que sobrou foi o abandono e a desolação.

A navegação fluvial internacional foi suspensa, o que ocasionou um retrocesso na vida social da vila e um forte aA Província de Mato Grosso, isolada do contato com os países platinos, uma vez que a navegação fluvial mantinha-se fechada, voltou a ligar-se com São Paulo por estrada de terra, que atravessava os estados de Minas Gerais e Goiás.

Por mais de dois anos Corumbá permaneceu sob a ocupação paraguaia. Porém, no dia 13 de junho de 1867, um contingente militar comandado pelo tenente-coronel Antônio Maria Coelho, tomou de surpresa a vila e a retomou das mãos paraguaias, possibilitando, a partir de então, a volta dos vapores da Companhia de Navegação a Vapor do Alto Paraguai, logo substituída pela Companhia de Navegação a Vapor.

Augusto César Proença

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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