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Correios recebem calendários de 2012 com sete meses de atraso

Correios recebem calendários de 2012 com sete meses de atraso

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Sete meses de atraso na entrega dos calendários 2012 e um prejuízo de R$ 361,5 mil. Essa é a situação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos que, desde janeiro, espera receber 231.760 calendários solicitados durante licitação aberta em setembro do ano passado.

A primeira data prevista para entrega desse material foi 20 de janeiro, quando em contato com os Correios, a Roqueseller Gráfica e Editora pediu a prorrogação na data de entrega alegando que não havia recebido o papel para a impressão do material.

Os Correios acataram o pedido e estabeleceram a data de 9 de fevereiro como limite para a entrega dos calendários. Caso não fosse feita a entrega nessa data, o contrato seria rescindido. Na véspera do vencimento do prazo, 8 de fevereiro, a gráfica entrou com uma ação na Justiça Federal do Distrito Federal para garantir a manutenção do contrato, independente de haver cumprido a entrega dos calendários. Essa ação visava garantir que o contrato não fosse rescindido no dia seguinte e estabelecia a data de 24 de fevereiro para a entrega dos calendários.

O juiz da 13ª Vara Federal do DF, Paulo César Lopes, não acatou o pedido de antecipação de tutela, argumentando que era direito da parte ré, os Correios, querer cumprir as cláusulas contratuais e rescindir o contrato devido a quebra de contrato por parte da gráfica.

A gráfica, então, entrou com um agravo de instrumento junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF1) para que a decisão anterior fosse revista e obtiveram êxito. Assim, no dia 6 de junho, a gráfica conseguiu na Justiça o direito de manter o contrato com os Correios e entregar os calendários seis meses depois do prazo.

A desembargadora Selene Almeida entendeu que o atraso se deu por motivos "alheios" aos da Roqueseller e a decisão afirma: "a agravante (Roqueseller) logrou comprovar que não deu causa ao referido atraso pela ocorrência de causa justificadora de sua conduta".

A mesma decisão ressalta ainda que o prejuízo seria apenas na dilação de prazo, sem mencionar possível dano ao erário público. "O caso fortuito ou de força maior poderá acarretar a simples prorrogação dos prazos contratuais".

Correios
A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) informou que foram interpostos recursos durante as fases do processo e até mesmo foram oferecidas alternativas ao prejuízo da empresa pública, como a entrega de calendários para o ano de 2013 e não deste que corre. "A decisão da Justiça foi para que fossem entregues os calendários do ano de 2012 e temos que acatar".

Uma nota divulgada pelos Correios informa ainda que a única razão para que a empresa recebesse os calendários em atraso foi o provimento do agravo por parte da Justiça. "A ECT informa que o recebimento dos calendários fora dos prazos estabelecidos contratualmente se deu unicamente em razão do cumprimento de decisão judicial".

Os calendários começaram a ser entregues para as sucursais dos Correios na segunda quinzena de julho. O processo ainda corre no TRF1.

Roqueseller
Com sede em Osasco (SP), a gráfica Roqueseller foi a vencedora entre outras 20 empresas para confeccionar os calendários. O lance inicial da gráfica foi de R$ 1,5 milhão e após pregão eletrônico fechou o valor em R$ 361.545,60. A escolha foi feita devido o melhor preço.

O Terra entrou em contato com a advogada da empresa, Cláudia Lemos Roncador. Ela afirmou que a entrada com a ação judicial ocorreu porque todas as tentativas da gráfica em pedir mais prazo aos Correios obtiveram resposta negativa. "Eles não deram prazo nenhum para a gráfica, desde o começo. Tivemos atraso na entrega dos papeis. A licitação correu no fim do ano, quando as empresas entram em recesso e não conseguimos cumprir o prazo", afirmou.

A advogada disse que a data de 24 de fevereiro, quando a empresa poderia entregar o material, não foi aceito pelos Correios, por isso a entrega foi feita apenas no mês passado.

Cláudia informou ainda que a decisão da Justiça presou pelo bom senso e que o pedido foi acatado porque há documentos que provam a impossibilidade da entrega dentro do prazo contratual e também o prejuízo que seria causado pelo acúmulo de material já adquirido para a confecção do produto. A advogada também afirmou que o contrato com os Correios "só causou prejuízos" e que "não pretendemos mais participar de nenhuma licitação que os envolva".

POR DIREITOS

Professores da UFMS entram na greve geral da categoria a partir de 1º de maio

Maio marca o início da paralisação das atividades no polo campo-grandense da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em busca da recomposição salarial ao nível da inflação

23/04/2024 11h30

Além de Campo Grande, essa Assembleia Geral foi realizada em Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Paranaíba, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí, por meio de voto on-line e presencial Marcelo Victor/ Correio do Estado

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Durante Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ADUFMS), na manhã desta terça-feira (23), os docentes de Campo Grande votaram "sim" pela adesão - a partir de 1º de maio - à greve nacional que reivindica a recomposição salarial ao nível da inflação.

Além de Campo Grande, essa Assembleia Geral foi realizada em Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Paranaíba, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí, por meio de voto on-line e presencial

Com opções de voto para deflagração da greve sendo "sim" ou "não", 150 foram favoráveis pela adesão, enquanto cinquenta e dois se mostraram contrários à proposta, com apenas duas abstenções registradas. 

Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, professora presidente da ADUFMS, esclareceu que os pedidos se baseiam pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

"A partir de 1º de maio suspensas todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas por docentes. Nós temos os serviços essenciais, vamos fazer uma discussão do comando de greve no dia 29 e tirar um cronograma de como os serviços essenciais vão estar funcionando conforme a legislação", comentou. 

Ainda em 03 de abril houve paralisação e seis dias depois foi decidida pela manutenção do chamado "estado de greve", o que indicava que uma pausa definitiva poderia acontecer a qualquer momento. 

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IF's) aderiram ao movimento em todo país.

"A greve vai continuar até que o governo apresente uma proposta razoável, que contemple também os aposentados e aposentadas. Atualmente a nossa reivindicação é por um reajuste salarial de 21,71% em 2024, 2025 e 2026", complementa Mariuza. 

Além disso, são reivindicadas a equiparação dos benefícios ao legislativo e ao executivo, a reestruturação das carreiras e também a recomposição do orçamento das universidades, que hoje equivale a um orçamento de 2016, segundo a presidente sindical. 

É previsto legalmente que essa correção aconteça anualmente, apesar de não ocorrer desde 2017, conforme a categoria, representando uma perda salarial de cerca de 40%, sendo que foi feito um reajuste emergencial de 9% em 2023.

Essencial

Mariuza faz questão de ressaltar que o Hospital e Restaurante universitários (HU e RU), são serviços essenciais, portanto, não devem paralisar suas respectivas atividades.

Ainda hoje (23) a ADUFMS comunicará à reitoria da universidade, a deflagração da greve e solicitará a suspensão do calendário acadêmico por tempo indeterminado.  

Sem uma duração estipulada, os docentes votaram apenas para quando a greve se inicia, de fato, em Mato Grosso do Sul, com 1º de maio vencendo por 65 votos as opções de 29 de abril (46 votos) e 10 de maio (40). 

Sobre a possibilidade de não adesão por parte de alguns professores, visto o número de posições contrárias além das abstenções, a presidente do sindicato argumenta que haverá uma mobilização já que o ADUFMS conta que haverá 100% de paralisação.

"Nós estaremos daqui até o dia primeiro, visitando as unidades, conversando com professores, para que todos os colegas possam se sensibilizar e entender que só a luta é que vai nos levar a conquistar uma recomposição salarial, que resgate a nossa dignidade, que hoje nós estamos passando por dificuldades e muitos professores têm reclamado de que os salários não estão dando conta. Dos boletos ao final do mês", conclui. 

Demais pontos

Na sexta-feira (19) o Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, propondo reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos.  

Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve ainda em 03 de abril. 

Paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos estão os seguintes campi do IFMS

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã

**(Colaborou Laura Brasil)

 

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ONDA DE CALOR

Onda de calor fecha abril com temperaturas elevadas em MS

Segundo o Inmet, há um aviso de baixa umidade e um perigo potencial no grau de severidade previsto para iniciar nesta terça-feira (23)

23/04/2024 10h30

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após uma semana de clima ameno e chuvas que trouxeram um alívio temporário, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou nesta terça-feira (23), alerta de uma nova onda de calor para Mato Grosso do Sul, com temperaturas previstas de alcançar níveis extremos.  

Essa onda de calor tem sua origem associada a uma área de alta pressão na média atmosfera, que atuará como um bloqueio. Esse sistema favorece a permanência do ar seco e quente, resultando em temperaturas elevadas.

Em grande parte das regiões do Centro-Oeste, o clima será de tempo quente e seco, exceto no noroeste de Mato Grosso e norte do Espírito Santo, onde devem ocorrer chuvas rápidas e passageiras.

Temperatura de 22 e 29/04

Para os próximos dias são previstas temperaturas máximas que podem superar os 30°C na parte central do Brasil. No decorrer da semana, há uma tendência de elevação das temperaturas em áreas das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste a partir de quarta-feira (24) que poderá dar origem a uma nova onda de calor.

O Inmet destaca que está monitorando essas condições e reforça a importância do acompanhamento diário das atualizações de previsão do tempo e emissão dos avisos meteorológicos especiais.

No domingo, dia 28 de abril, as temperaturas máximas podem ultrapassar 30°C em grande parte do país, podendo chegar acima de 34°C em Mato Grosso do Sul.

Em MS 

Na sexta-feira (26), espera-se que Corumbá alcance os 40°C, enquanto Campo Grande pode chegar a 35°C. Porto Murtinho e Aquidauana também enfrentarão altas temperaturas, com previsão de 39°C, enquanto Miranda poderá atingir os 38°C.

Ainda na semana passada, diversas estações meteorológicas do Inmet têm alertado para o início de uma nova onda de calor, caracterizada por temperaturas consideravelmente acima da média ao longo de vários dias consecutivos.

Corumbá já havia registrado temperaturas superiores a 32°C entre as cidades monitoradas. Prevê-se um aumento gradual da temperatura ao longo da semana em toda a região Centro-Sul do Brasil, com Mato Grosso do Sul entre os estados mais afetados pelo calor intenso.

Alertas

Segundo o Inmet, há um aviso de baixa umidade e um perigo potencial no grau de severidade previsto para iniciar nesta terça-feira (23) a partir de 12h, com a umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%.

Cuidados

  • Beba bastante líquido,
  • Evite desgaste físico nas horas mais secas,
  • Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

 

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