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'Convivo com gays', diz deputado federal após vídeo polêmico

'Convivo com gays', diz deputado federal após vídeo polêmico

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O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) negou na quinta-feira (13) ser homofóbico ou adotar estratégias políticas de busca por votos conservadores, a exemplo do colega Jair Bolsonaro (PP-RJ), e ainda revelou conviver em casa com homossexuais. Nesta semana, Heinze ganhou repercussão na internet após a publicação de um vídeo no qual diz que quilombolas, índios, gays e lésbicas são “tudo o que não presta”.

"Não sou homofóbico. Na minha casa tem gays e lésbicas. Eu convivo com eles e não tenho preconceito. É diferente do que o Bolsonaro diz. Conheço as posições dele e não tenho nada a ver com isso. Botaram na minha boca palavras que eu não queria. Há uma questão politica, é um ano de eleições", afirmou Heinze ao G1.

Nas imagens publicadas na internet, Heinze, que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária da Câmara dos Deputados, aparece fazendo as declarações controversas ao abordar a atuação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Ele discursava em um encontro para discutir a demarcação de terras indígenas no município de Vicente Dutra, no Norte do Rio Grande do Sul.

"Não exploro o voto conservador. Há gays e lésbicas que votam em mim. Hoje em Brasília, gays publicaram matérias em meu favor. Eles sabem quem eu sou. É diferente do Bolsonaro ou do Feliciano (deputado federal Marcos Feliciano). Aqui é um debate político", ressaltou em entrevista ao G1.

Ao contrário do público homossexual, Heinze não abordou qual relacionamento tem com quilombolas ou indígenas, mas argumentou ter se referido ao "comando deles". "A crítica é contra o comando dos indígenas e dos quilombolas. Lá dentro esse tipo de movimento tem a cobertura do governo federal. Eles têm uma cobertura que os outros não têm. Há um conluio", disse.

O congressista ainda disparou contra ambientalistas e, timidamente, se desculpou: "Me desculpem se alguém interpretou errado. Mas há um debate politico. O Greenpeace, por exemplo, não merece nenhuma credibilidade e respeito. Eles participaram desse processo e são meus opositores. Basicamente, é o pessoal do PT. A briga é por tirar voto. A eleição já começou."

Parlamentar lamenta nota do PP
Heinze também reagiu a uma nota divulgada pelo próprio partido durante a quarta-feira (12), na qual o PP gaúcho diz "não compartilhar" com declarações dadas pelo parlamentar. No texto, a direção da silga no estado assegurou não "ter qualquer compromisso com o erro ou manifestação infeliz que por certo ocorre também com integrantes de outros partidos".

“Falem o que quiser falar. Lamento o partido ter se manifestado daquela maneira. Achei forte a posição deles. Eu não disse da forma como eles disseram. Os índios são comandados pelo ministro Gilberto Carvalho. Essa é uma situação", comentou.

Pedido de desculpas na TV
Heinze participou do programa Conversas Cruzadas, da TVCOM. Após ser questionado por outros debatedores, defendeu sua posição em relação à questão agrária. No entanto, se desculpou, principalmente em relação aos homossexuais. "Peço desculpas aos gays e às lésbicas", afirmou.

O deputado estendeu seu pedido aos negros e indígenas. Sobre os índios, criticou caciques que, segundo ele, exploram terras obtidas na demarcação. "Eu inclusive defendo os índios. Estes caciques, sim, eu chamo de gentalha", afirmou durante o programa.

As declarações
O vídeo foi gravado durante discurso de Heinze e o deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS), em novembro de 2013 no município de Vicente Dutra, na Região Norte do estado."No mesmo governo, seu Gilberto Carvalho, também ministro da presidenta Dilma, estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo que não presta, e eles têm a direção e o comando do governo", afirmou no vídeo. O deputado estava no estado para o encontro promovido pela Câmara dos Deputados para discutir a demarcação de terras indígenas.

Ele também sugere a ação armada dos agricultores. "O que estão fazendo os produtores do Pará? No Pará, eles contrataram segurança privada. Ninguém invade no Pará, porque a Brigada Militar não lhes dá guarida lá e eles têm de fazer a defesa das suas propriedades", disse o parlamentar. "Por isso, pessoal, só tem um jeito: se defendam. Façam a defesa como o Pará está fazendo. Façam a defesa como Mato Grosso do Sul está fazendo. Os índios invadiram uma propriedade. Foram corridos da propriedade. Isso aconteceu lá", completou, e foi aplaudido pelo público.

Conflitos em Vicente Dutra
Em novembro, o prefeito de Vicente Dutra decretou situação de emergência no município. O decreto alegou falta de segurança pública e valeu por 30 dias. Mobilizações ocorreram na cidade para pressionar a homologação de 715 hectares de terra onde vivem 75 famílias de pequenos agricultores. A área já foi demarcada pela Funai em 2012 como área indígena, mas os agricultores ainda não receberam as indenizações e permanecem nas propriedades.

Com críticas ao sistema de segurança brasileira, outro parlamentar, Alceu Moreira defende que os agricultores devem usar os próprios recursos para defender as propriedades em caso de invasão. “Nós, os parlamentares, não vamos incitar a guerra, mas lhes digo: se fartem de guerreiros e não deixem um vigarista desses dar um passo na sua propriedade. Nenhum! Nenhum! Usem todo o tipo de rede. Todo mundo tem telefone. Liguem um para o outro imediatamente. Reúnam verdadeiras multidões e expulsem do jeito que for necessário”, falou Alceu Moreira.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa de Moreira disse que a questão é complexa, envolvendo fraudes, e que as afirmações ficaram fora de contexto no vídeo, mas se encaixam com a posição do deputado.

A Articulação dos Povos Indígenas (Apib) informou que cópias do vídeo estão sendo distribuídas para Ministério Público Federal (MPF), Presidência da República, Ministério da Justiça e parlamentares no Congresso. Segundo a organização, o objetivo é cobrar punição a Heinze e Moreira por desrespeitarem Constituição e o Estado Democrático de Direito. 

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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