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Convênio libera verba para compra de área de fábrica

Convênio libera verba para compra de área de fábrica

Redação

27/02/2010 - 05h04
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A fábrica de fertilizantes da Petrobras já tem área disponível para instalação no município de Três Lagoas. Apesar de ainda não ter a confirmação oficial por parte da estatal, o governador André Puccinelli (PMDB) e a prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet (PMDB), assinaram ontem convênio para aquisição de área onde a indústria poderá ser construída. O convênio total é de R$ 5,9 milhões, sendo R$ 5 milhões do Estado e R$ 980 mil da prefeitura. Os recursos serão usados para a compra de 556 hectares que vão abrigar novo distrito industrial. Deste total, 532 serão cedidos à Petrobras e o restante, para indústrias de menor porte. Os outros dois distritos industriais já estão praticamente lotados, com mais de 40 empresas em operação e outras 10 em construção. O novo distrito será na rodovia MS-395, próximo ao local onde estão as fábricas da International Paper e Fibria, entre os municípios de Três Lagoas e Brasilândia. A nova área fica próxima ao Córrego Moeda e Rio Verde e vai provocar crescimento no setor sul da cidade, que ainda é parcialmente desabitado. O terreno, segundo informações do próprio governador, foi adquirido por R$ 10,7 mil por hectare. Em Três Lagoas, conforme avaliação das três principais imobiliárias da cidade, o hectare na região custa R$ 15 mil. No ano passado, o terreno onde será construída a Sitrel, Siderúrgica Três Lagoas, que fica na BR-159, entre Castilho e Três Lagoas, foi vendido por R$ 19 mil o hectare. Para o governador, “é preciso se antecipar aos outros estados na disputa pela fábrica. Quero ver se não aprovam Mato Grosso do Sul. Já temos o terreno e foi escolhido pelos técnicos da própria Petrobras”, disse. Segundo ele, na próxima semana uma equipe da estatal estará na cidade para fazer vistoria. Ele não quis comentar a atitude do presidente Lula, que na semana passada, durante visita ao município, não confirmou a vinda da indústria para Três Lagoas, afirmando que a escolha seria técnica e ele não ia interferir. Questionado sobre a hipótese de não houver a instalação da fábrica, o governador afirmou que “não costuma jogar dinheiro fora e que, se isso acontecer, vai doar a área para a prefeitura”. O senador Delcídio do Amaral (PT) também não concorda que a escolha por Três Lagoas já esteja definida. Ele questionou a atitude do governador de se antecipar ao anúncio oficial por parte da estatal. “Esta antecipação ao anúncio oficial é considerada ilegal, pois pode soar como pressão aos olhos dos investidores das bolsas de valores, que negociam ações da Petrobras”, disse. Essa versão não foi confirmada nem pela prefeita Simone nem pelo governador. Os dois afirmaram que as negociações com a Petrobras começaram em junho do ano passado, e desde aquela época a petrolífera já havia sinalizado que Três Lagoas era a melhor opção de todas. “Na época, disputávamos com Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso. “Conseguimos com facilidade tirar Mato Grosso do páreo e agora disputamos apenas com Minas Gerais, que também não esta oferece melhores condições que Mato Grosso do Sul”, disse. A prefeita Simone Tebet também não acredita em negativa. “Quando o presidente veio para Três Lagoas, havia uma expectativa de que ele anunciasse a vinda da fábrica para o MS. Mas ele disse apenas que a escolha de onde a fábrica será implantada não será motivada por questões políticas, mas sim critérios técnicos. Quando ele disse isso, o presidente simplesmente con fi rmou aquilo que nós já sabíamos, que a fábrica vem para Três Lagoas”, disse. Já o governador afirma que numa escala de 0 a 100%, as chances de que o Estado receba o investimento é de 101%.

Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

Economia

Bolsa sobe com impulso da Petrobras; dólar passa a cair

Investidores aguardam divulgação de índice de inflação acompanhado pelo Fed

22/04/2024 17h00

Arquivo/Agência Brasil

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A Bolsa brasileira engatou alta no início da tarde desta segunda-feira (22) com apoio das ações da Petrobras, que avançavam quase 2%.

O mercado segue acompanhando os desdobramentos sobre o pagamento dos dividendos da petroleira. Na sexta (19), a Folha noticiou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sinal verde para o governo votar pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras.

A medida deve significar um ingresso de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União, acionista controlador da empresa estatal.

Em comunicado ao mercado, a estatal disse que a maioria do conselho considera satisfatórios os esclarecimentos e atualizações sobre a financiabilidade da empresa no curto, médio e longo prazo de modo que a eventual distribuição dos dividendos não comprometeria a sustentabilidade da empresa.

"Eventual distribuição dos 50% remanescentes pela companhia, a título de dividendos intermediários, será avaliada pelo conselho de administração ao longo do exercício corrente", disse a Petrobras.


No câmbio, o dólar registrou alta durante a manhã, mas passou a registrar queda ante o real, num movimento de correção após forte alta na última semana.

Investidores estão à espera dos dados do índice de inflação americano PCE, o preferido do Federal Reserve (banco central americano), na sexta-feira. Após números de preços ao consumidor deste mês, os mercados adiaram apostas num primeiro corte de juros pelo Fed para setembro.

O mercado também aguarda números do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referentes ao primeiro trimestre, a serem divulgados na quinta.

Às 13h50, o Ibovespa subia 0,61%, aos 125.88 pontos, enquanto o dólar recuava 0,32%, cotado a R$ 5,182. As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras subiam 1,87%.
Investidores também seguem de olho nas perspectivas fiscais do Brasil, num momento em que cresceram as apostas em desaceleração do afrouxamento monetário do Banco Central devido aos riscos de deterioração das contas públicas.

Em teoria, um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil seria positivo para o real, uma vez que isso preservaria melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, atraindo investidores estrangeiros.
No entanto, esse impulso poderia não ter efetividade caso fosse motivado por deterioração do risco fiscal, já que esse também é um fator levado em consideração por agentes financeiros na hora de escolher destinos de investimento.

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