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Consumidor só quer saber se prestação cabe no bolso

Consumidor só quer saber se prestação cabe no bolso

Redação

15/08/2010 - 06h51
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(AE)

O consumidor compra hoje TV olhando para tamanho da tela e da prestação. A afirmação é de Caio Ortiz, vice-presidente de marketing da Semp Toshiba, uma das grandes fabricantes de televisores instaladas na Zona Franca de Manaus (AM). Segundo ele, essa constatação é mais relevante atualmente porque o crédito continua abundante e barato.
Isso significa que, na prática, o aperto da política monetária, com a elevação da taxa básica de juros, não conta para a grande massa de consumidores na hora de ir às compras. Esse comportamento do consumidor, especialmente o de baixa renda, reforça as perspectivas favoráveis para as vendas no próximo Natal.
Ortiz projeta crescimento de 10% nas vendas de TV para este ano na comparação com 2009. “Esse crescimento é significativo porque 2009 já foi um bom ano”, diz o executivo. Eduardo Junqueira, gerente de marketing de áudio e vídeo da Philips, projeta crescimento de 12% para as vendas de TVs em 2010.
No ano passado, a indústria vendeu 9,6 milhões de TVs entre aparelhos de tubo e com tela de cristal líquido (LCD, na sigla em inglês). Para este ano, a estimativa inicial era atingir 11 milhões de aparelhos. Mas, com a desclassificação prematura do Brasil da Copa do Mundo, o mercado revisou expectativas para baixo e agora prevê um volume em torno de 10,5 milhões de unidades.
Só no primeiro semestre, foram comercializados 6,5 milhões de aparelhos, um volume superior ao vendido anualmente em 1998 e 2003. Portanto, se a projeção para este ano se confirmar, as vendas do segundo semestre seriam de cerca de 4 milhões de unidades.
“Nós estamos muito confiantes com o desempenho do Natal”, afirma Junqueira, que iniciou em abril a produção em Manaus (AM) de monitores de LCD, com a contratação de 350 trabalhadores para essa linha. A expectativa é abrir mais 150 vagas até o fim do ano. A empresa encomendou para o Natal um volume de componentes entre 60% e 70% maior em relação ao que foi importado em 2009.
A Philips é a primeira indústria que está montando localmente, com componentes importados da Ásia, as TVs fininhas. As demais empresas importam o monitor de LCD pronto.
Após a ressaca nas vendas provocada pela antecipação de compras por causa da Copa, o executivo acredita que as vendas das TVs de LCD voltarão a repetir as taxas de crescimento do primeiro semestre, de 60%. O motivo, explica, é o apelo da nova tecnologia.
A Philips, por exemplo, vai lançar para este Natal a TV com imagem de terceira dimensão e aparelhos com acesso a internet.

Manaus
A Zona Franca de Manaus (AM), onde está concentrada a produção de TVs, encerrou o primeiro semestre deste ano com faturamento recorde de US$ 15,955 bilhões para o período. O acréscimo foi de 40,89% em relação ao primeiro semestre de 2009 e 5,69% maior que o mesmo período de 2008, quando a crise financeira não tinha atingido o País, segundo dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
No ano passado inteiro, as vendas desse polo industrial que incluem, além das TVs, motocicletas, aparelhos de áudio e vídeo, telefones celulares e relógios, somaram US$ 30 bilhões. Segundo Flávio Dutra, diretor executivo da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, as vendas deste ano poderão chegar a US$ 33 bilhões.
“Baseado nas estatísticas de produção e faturamento do primeiro semestre deste ano, a perspectiva é que no Natal e na virada do ano estaremos comemorando novos recordes, superando os resultados de 2008, quando o faturamento atingiu US$ 30,1 bilhões”, diz Oldemar Ianck, superintendente adjunto de projetos da Suframa.
As mais de 600 indústrias do polo de Manaus encerraram o primeiro semestre deste ano com 101.157 trabalhadores, entre temporários e efetivos. Para dar conta da produção de fim de ano, Dutra diz serão abertas cerca de 6 mil vagas temporárias entre setembro e novembro. (MC)

Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

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Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

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Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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