No dia 10 de fevereiro, na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, foi registrado o primeiro boletim de ocorrência sobre os maus-tratos. Porém, após entrevistas e exames foi atestado que as lesões encontradas em Rafaela Dutra de Oliveira não tinham sido causadas por agressões e os familiares foram liberados. Na ocasião, integrantes do SOS Criança foram até a casa da família para apurar a denúncia. De acordo com a delegada Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, titular da DEPCA, profissionais do SOS entrevistaram a mãe e a menina sobre a possível agressão. Em todos os questionamentos, a criança afirmava que a lesão havia sido causada por uma queda da cama. Mesmo assim, a menina foi encaminhada para o Instituto de Medicina e Odontologia-Legal. Após exame, os médicos não puderam a f i rma r com clareza que a lesão era por maus-tratos. A menina foi entregue ao Conselho Tutelar, que ficou encarregado de encaminhá-la de volta à família. No dia seguinte, após out ro atend imento do Conselho Tutelar, a mãe, o padrasto e a men i na voltaram a ser ouvidos p or u m a c on s e l h e i r a que, posteriormente, os levou para casa. “A menina realmente não tinha comportamento de quem havia sido agredida. Ela brincava o tempo todo e demonstrava carinho com a mãe”, afirmou a conselheira tutelar que prestou atendimento. Segu ndo el a, foram agendadas visitas à residência da famí l ia para acompanhamento do caso, porém, a primeira visita, que deveria ocorrer no dia 25 de fevereiro, não aconteceu por falta de disponibilidade da assistente social. No dia 26, o carro do conselho teve problema mecânico, o que impossibilitou o atendimento. O próximo encontro da assistente social com a família estava marcado para o dia 1 de março, quando os conselheiros receberam a notícia de que a menina havia falecido. A conselheira informou que esteve na casa da família e não verificou indícios de maus-tratos naquela ocasião. (BG)