Conheça o parque mais famoso do País
Aparados da Serra
Vales profundos, com até 900m de altura, forrados de araucárias. De suas bordas despencam quedas d’água com até 720m. O clima frio e úmido e a névoa que envolve essas formações são propícios para saborear um legítimo chimarrão. Este é o cenário onde se encontram os cinco maiores cânions do País. Uma paisagem espetacular ameaçada pelo desmatamento das araucárias, mesmo sendo uma região de preservação ambiental.
Sua criação é antiga: 1959. Mais antigos são os cânions que começaram a se formar a 130 milhões de anos. Enriquecendo a paisagem estão trechos da quase extinta Floresta de Araucária. Isso é um pouco do que se pode encontrar dentro dos 10.250 hectares do Parque Nacional de Aparados da Serra.
Histórico
No Parque encontram-se duas culturas distintas: relativa ao planalto e à parte baixa. O Planalto teve colonização de jesuítas e a presença de estrangeiros como os alemães e italianos.
Um derrame de lavas há 130 milhões de anos se espalhou pela superfície em forma de crosta. Essa crosta rachou-se ao meio, formando bordas afiadas que parecem ter sido esculpidas.
Assim surgiram os cânions da região, possuindo uma profundidade média de 600m. O nevoeiro que quase sempre envolve essas formações se deve à grande diferença de temperatura.
A flora do parque constitui-se de trechos de Floresta de Araucária, campos e floresta pluvial atlântica. Seus principais representantes são, respectivamente, o pinheiro-do-paraná, gramíneas e ervas, e árvores de grande porte como a canjerana.
Entre os mamíferos que constituem a fauna estão o puma, o lobo-guará, o graxaim e o veado-campeiro. O parque abriga três espécies de aves ameaçadas de extinção: o gavião-pato, o gavião-pega-macaco e a águia-cinzenta. Além desses, existem ali diversas espécies de répteis.
O clima é determinado como clima temperado, apresentando média anual de 16 graus; o mês mais quente é janeiro e os mais frios são junho e julho.
O maior cânion do parque é o Itaimbezinho, com 5,8km de extensão. Trilhas levam até as suas bordas e de lá, em dias claros, pode-se ter uma visão até do litoral do Rio Grande do Sul.
Os mais aventureiros podem seguir trilhas que levam ao vale dos rios. Uma caminhada de oito horas até o Vale do Rio do Boi leva a um lugar conhecido como Cruz, onde se vê uma das curvas formadas pelas fendas na montanha.
Cachoeiras despencam das bordas dos cânions. A mais famosa delas é a Véu de Noiva, com 720m de altura. Além disso, observar a rara Floresta de Araucária e os animais ameaçados de extinção pode ser uma boa experiência.