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Congresso promete semana intensa

Congresso promete semana intensa

CONGRESSO EM FOCO - UOL

13/03/2011 - 15h00
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Quando o carnaval termina, o ano começa de vez. Após uma semana de Congresso esvaziado, deputados e senadores retomam os trabalhos e prometem intensificar as votações em plenário e iniciar de vez os trabalhos nas comissões. Na Câmara, parlamentares precisam enfrentar polêmicas medidas provisórias, enquanto no Senado, parlamentares votam diversos projetos nas comissões e podem apreciar em plenário o controverso projeto de competências ambientais.

Entre as medidas provisórias que trancam a pauta de votações nas sessões ordinárias da Câmara, está a MP 510/10, que teve uma emenda controversa incluída pelo relator, deputado Hugo Leal (PSC-RJ). A emenda prevê um regime diferenciado para licitações de obras destinadas às Olimpíadas de 2016, que pode esbarrar na tática de obstrução da oposição. Em medidas anteriores, como a MP 503/10, que tratou sobre a Autoridade Pública Olímpica (APO), emenda similar também foi incluída, mas foi retirada da matéria por pressão de oposicionistas.

Também na pauta, os deputados precisam discutir e votar a MP 511/10, que autoriza a União a garantir um empréstimo de até R$ 20 bilhões ao consórcio vencedor da licitação para a construção do Trem de Alta Velocidade (TAV), popularmente conhecido como trem-bala. A MP chegou a ser alvo de ação de inconstitucionalidade, impetrada pelo PPS no Supremo Tribunal Federal (STF), sob alegação de que o assunto não é urgente e, portanto, não deveria ser tratado em uma medida provisória. (Veja abaixo as demais MPs da Câmara)

Nas sessões extraordinárias, a expectativa é votar o projeto de lei que garante internet banda larga em todas as escolas públicas do país até 2013 (PL 1.481/07). Tentativas de votação da proposta vêm sendo feitas com mais intensidade desde o ano passado, quando o governo estabeleceu a matéria como uma das prioridades. Mas, segundo o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para ser apreciado, o projeto ainda precisa ter o aval dos líderes de partido, que se reunirão na próxima terça-feira (15).

Votações intensas 

No plenário do Senado, entre outras matérias, o governo pode priorizar a votação do projeto de lei que fixa as normas de competência e cooperação entre União, estados e municípios em matérias ambientais, especialmente no que se refere ao licenciamento ambiental. Polêmica, a proposta não tem apoio de ambientalistas, que criticam mudanças feitas no texto pelos deputados.

Entre as mudanças, estão emendas incluídas no texto para atender aos setores da indústria e do agronegócio. A proposta dá mais poderes aos órgãos ambientais estaduais e retira competências do ente federal, representado pelo Ibama. Segundo ambientalistas,a alteração, entre outras coisas, pode resultar na impossibilidade de a União aplicar penalidades em obras regionais com irregularidades ambientais.

No Senado, as atenções também se voltarão para a Comissão de Reforma Política que, nesta semana, pretende analisar quatro temas: suplência de senador, data da posse de chefes do Executivo, adoção do voto facultativo, e reeleição de prefeitos, governadores e presidente da República. Serão os dois primeiros debates de sete encontros marcados até o início de abril.

O corredor das comissões do Senado também será movimentado por votações importantes. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), está prevista a apreciação de dois projetos de interesse da sociedade. Um deles, o PL 160/08, desburocratiza, barateia e acelera o processo de adoção de órfãos abandonados ou desabrigados. Na pauta, há também um projeto que pune “herdeiros indignos”. O caso mais emblemático é de Suzane von Richthofen, que não teve direito à herança. A jovem foi condenada em outubro de 2002 por ter assassinado os próprios pais.

Já a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pretende votar na próxima terça-feira (15) o projeto que cria o Fundo Nacional Pró-Leitura, para viabilizar a Política Nacional do Livro, instituída pela Lei 10.753/03. Na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), a previsão é votar um projeto que torna obrigatório o seguro contra acidentes pessoais para empregados no setor de energia elétrica e a proposta que obriga a divulgação na internet das análises laboratoriais decorrentes de fiscalizações da Anvisa e do Ministério da Agricultura.

Confira as outras MPs que trancam os trabalhos na Câmara:

- MP 508/10: concede crédito extraordinário de R$ 968 milhões ao Ministério da Educação para reforço aos programas nacionais de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) e de Alimentação Escolar (Pnae);

- MP 509/10: prorroga, de novembro de 2010 para 11 de junho de 2011, o prazo legal que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) tem para licitar as franquias de seus serviços;

- MP 512/10: concede incentivos fiscais à indústria automotiva instalada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste se vinculados a projetos de novos investimentos e pesquisas;

- MP 513/10: autoriza o Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) a assumir os direitos e obrigações do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação (SH/SFH);

- MP 514/10: detalha novas regras da segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, permitindo a atividade comercial em conjuntos habitacionais destinados a famílias de baixa renda.

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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