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Comerciantes cobram a volta do policiamento no centro da Capital

Comerciantes cobram a volta do policiamento no centro da Capital

SILVIA TADA E NADYENKA CASTRO

23/01/2010 - 07h50
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Comerciantes estão exigindo a volta do policiamento ostensivo (militar) na região central de Campo Grande, nos mesmos moldes das ações desenvolvidas em dezembro, para o Natal e Ano Novo. A medida é para evitar os assaltos, que continuam ocorrendo. Há ainda o temor de um possível aumento de casos com a liberação dos presos que estavam em Dois Irmãos do Buriti. Ontem pela manhã, um dos alvos dos bandidos foi uma lotérica situada na Avenida Mato Grosso. Dois homens armados invadiram o local e roubaram o dinheiro. Houve tiros, mas ninguém ficou ferido. No momento do assalto, apenas um cliente estava no local, além dos funcionários. “Independente do fato de eles terem atirado, o trauma sempre fica”, afirmou o proprietário do local, Silas de Souza Lima. Ele relatou sua preocupação com o aumento da criminalidade. “Não apenas as lotéricas são alvos de assaltantes, mas padarias e postos de combustíveis. O ideal seria a volta do policiamento ostensivo, em que duplas circulam na região, a pé mesmo, sem precisar gastar com combustível. Dá resultado esse tipo de ação”, avaliou. Gerente de uma joalheria localizada na área central, Giovana Gadia, 33 anos, diz que a sensação de insegurança está maior nos últimos dias por causa da redução do número de policiais, em relação ao período de Natal e Ano Novo, e por isso é preciso mais policiamento. “Aumentou a insegurança depois do fim do ano, principalmente após as 18 horas. O comércio fecha esse horário justamente pela falta de segurança”, declara. Na opinião dela, por causa do policiamento precário, muitos comerciantes têm investido por conta própria em meios para tentar reduzir a ocorrência de roubos e furtos. Na loja em que ela trabalha, há câmeras que registram o movimento no interior da sala. Mas nem isso intimidou os bandidos, que, no ano passado, assaltaram a joalheria. Funcionário de uma farmácia na Rua 14 de Julho, José Carlos Viana Mendes, 48 anos, revela que também observou a redução de policiais no centro, mas, para ele, o que falta é vigilância quanto a veículos que param em locais não permitidos. “A gente observa que tem menos policiais. Mas, para mim, o que falta mesmo são homens da área de trânsito para resolver a questão do estacionamento em vagas proibidas”. Proprietário de uma ótica há 34 anos no Centro, Gelásio Roque Lane conta que todos os dias, no início da manhã, diversos policiais militares chegam à região para trabalhar. “Sou o primeiro comerciante a chegar. Enquanto estou limpando, molhando as plantas, vejo eles passarem todos juntos e depois se espalham para começar o trabalho”. Segundo o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David, o número de militares nas ruas do centro está menor porque reduziu também o fluxo de pessoas. De acordo com ele, no período das festas de fim de ano, eram 90 homens, agora, são 60. O comandante explica que a estratégia do policiamento na área central é elaborada com base nos relatos da Associação Comercial e da Câmara de Dirigentes Lojistas, e, se estiver havendo reclamações, novas reuniões sobre o assunto devem ser realizadas. O coronel fala, ainda, que a Polícia Militar está com atuação reforçada nos bairros, com operações feitas pelos batalhões e pela Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe). “Onde os números demonstrarem que há incidência maior de crimes, a gente vai atuar”, concluiu.

PANTANAL

Bombeiros irão prevenir incêndios com apoio de 52 militares, 13 viaturas e 5 embarcações

Prevenção é feita por meio da abertura de aceiros e capacitação de fazendeiros/produtores rurais sobre como devem agir em caso de queimadas

16/04/2024 12h45

Coronel Adriano Noleto Rampazo, do CBMMS MARCELO VICTOR

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Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) atuará na prevenção de incêndios no Pantanal Sul-mato-grossense.

De acordo com o subcomandante geral da corporação, coronel Adriano Noleto Rampazo, cerca de 52 militares estarão alocados em 13 bases e terão apoio de, no mínimo, 13 viaturas e cinco embarcações, a partir de maio de 2024, no Pantanal. 

O objetivo é realizar trabalho preventivo de combate ao fogo nos meses de estiagem, que ocorre de maio a outubro. Militares irão conferir aceiros, abrir pontes para facilitar o acesso e capacitar fazendeiros, produtores rurais e funcionários de como devem agir em caso de incêndios. 

Segundo o subcomandante do CBMMS, a prevenção é o melhor caminho para evitar o incêndio florestal.

“O trabalho preventivo auxilia muito a diminuir os focos de incêndio, principalmente na capacitação que nós fazemos. A maioria das fazendas tem tratores, tem caminhões-pipas, mas não sabem como utilizar, conferindo a estrutura que as fazendas têm para auxiliar nos combates, porque cada fazenda também tem que ter sua estrutura. Então, nós vamos fazer essa capacitação”, explicou.

“PREVENIR É COMBATER”

Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) lançou a 12ª Campanha de Prevenção e Combate à Incêndios, na manhã desta terça-feira (16), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), localizado na rua Marcino dos Santos, número 401, Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

O tema da campanha deste ano é “Prevenir é combater”. O objetivo é orientar e incentivar produtores rurais a prevenir incêndios antes da época de estiagem (maio a outubro), visando combater o fogo antes mesmo que ele chegue.

As formas de prevenir incêndios são:

  • Construir aceiros nos entornos das pastagens, às margens das casas, currais, celeiros, armazéns e galpões
  • Evitar usar fósforos e isqueiros próximo às áreas secas e os mantenha longe de crianças
  • Faça a correta manutenção de seus equipamentos com motores à combustão
  • Não ateie nenhum tipo de fogo em sua propriedade durante o período da seca (maio a outubro)
  • Evite usar fogo para queimar lixos, mesmo que seja os caseiros;
  • Mantenha as pastagens limpas
  • Não acenda fogueiras próximas à áreas florestais
  • Não descarte resíduos nas margens das estradas (bitucas de cigarro, vidros e latas)
  • Atuação de brigadistas

A orientação ocorre por meio de capacitações, treinamentos, palestras e peças publicitárias. Em rodovias de MS, há placas informativas instaladas na beira da via e distribuição de panfletos/adesivos que levam informações aos condutores. Além disso, profissionais do setor são treinados e capacitados para atuarem no combate ao fogo.

De acordo com o presidente do Reflore/MS, Luis Ramiro Junior, a campanha é essencial para evitar e minimizar incêndios no Pantanal.

“A campanha é voltada para a conscientização do público em geral em relação aos incêndios florestais que a todo ano são recorrentes, temos os períodos mais secos que ainda vão acontecer, então a gente faz agora com que as pessoas comecem a se preocupar porque na época da seca precisamos estar preparados para caso o fogo ocorra e a gente ter como lidar. Mas, o que a gente quer, é que o fogo não corra. O melhor combate é a prevenção. A gente quer que o produtor rural se prepare”, disse.

As queimadas são extremamente nocivas ao meio ambiente, pois emitem poluentes atmosféricos, reduzem a biodiversidade, destroem matas, devastam a vegetação, prejudicam a fauna e flora, eliminam a cobertura vegetal nativa, comprometem florestas, campos e savanas e matam o ecossistema.

Mudanças climáticas, calor excessivo, escassez de chuvas e baixa umidade relativa do ar favorecem a ocorrência de queimadas no Estado.

A campanha tem apoio da Famasul, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MS), Governo de Mato Grosso do Sul, Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo a Famasul, 4.529 focos de calor foram registrados em 2023 e 2.368 em 2022. A área queimada em 2023 foi de 1.328.700 m² no ano passado e 736.575 no ano retrasado.

PROTESTO POR TERRAS

Manifestantes ocupam prédio do Incra pedindo retomada da reforma agrária

Protesto organizado pelo MPL começou às 5h em Campo Grande

16/04/2024 12h31

Protesto do MPL na frente do prédio do Incra-MS Foto: Felipe Araújo

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Integrantes do Movimento Popular de Luta (MPL) realizam protesto pedindo o que chamam de reajuste de terras e a retomada da reforma agrária, nesta terça-feira (16), no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Campo Grande.

Com bandeiras e até caminhão de som, o protesto liderado pelo MPL tenta conversar com algum representante do Incra.

André Hoffimiester, membro do MPL, disse que o objetivo principal do protesto é conseguir um lugar digno para os sem-terra.

“Estamos pedindo o reajuste das terras para ser liberado para os moradores que são dos sem-terra, da área rural, que fica na beira de BR. Estão em busca de uma terra, de um lugar próprio para plantar, para colher, para poder comer, sobreviver.”, afirmou.

Além de hoje, André também relatou que outras conversas entre eles e o Incra já aconteceram, mas sem resolução do caso.

“Tem uns anos, nós saímos daqui, nós conseguimos falar com o povo do Incra, recebemos um papel, né? Que nós íamos sair da beira de BR e aí ficávamos sentados em um lugar, e que nós sairíamos dali direto para as terras. Aí nós estamos aqui de novo para reforçar o que eles tinham dito naquele papel.”, exclamou André. 

Manifestantes marcam presença desde às 5h e esperam reposta do órgão para, só então, deixar o local.

 

REFORMA AGRÁRIA

Em outubro do ano passado, um protesto organizado novamente pelo MPL bloqueou a BR-163 e a BR-267, segundo a Polícia Rodoviária Federal. O pedido era para a retomada da reforma agrária e o aparelhamento do Incra.

Dois meses depois desse protesto, o órgão divulgou que pretendia retomar os assentamentos da reforma agrária em março deste ano. Porém, abril chegou e nenhuma resposta do Incra foi obtida até agora.

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