Após deixar o Ministério da Saúde no início da semana, o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, recebeu sinal verde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de dirigentes do partido para travar embate direto com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), um de seus principais adversários na disputa em 2014.
Durante o primeiro dia da caravana que fará pelo Estado, Padilha afirmou que os baixos níveis de água nos reservatórios de São Paulo são resultado da "falta de planejamento e investimento" do governo tucano.
"A caravana não é do PT, mas de todos aqueles que não aguentam mais esperar que as obras aconteçam numa velocidade maior, daqueles que estão percebendo que, pela falta de planejamento e investimento, até falta de água está acontecendo em São Paulo, e esse racionamento tem um impacto decisivo na produção da agricultura, da indústria, e até na saúde e educação", disse o ex-ministro.
Padilha criticou ainda a política de educação no Estado. Para ele, o PSDB foi "incapaz de construir políticas contínuas e duradouras" para o setor.
"Nos últimos 20 anos, o Estado de São Paulo perdeu a chance de dar um grande salto na educação. São Paulo foi governado por um partido que foi incapaz de construir políticas contínuas e duradouras para a educação. As crianças não podem perder a oportunidade de ter um governo do Estado comprometido com a educação".
Caravanas
Foi na cidade de Igarapava, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, que Padilha iniciou a Caravana Horizonte Paulista, que tem o objetivo de reforçar sua imagem nas cidades em que o PT tem pior desempenho eleitoral e reunir subsídios para seu futuro programa de governo.
O primeiro trecho durará oito dias e passará por 13 municípios.
Todas as cidades que serão visitadas por Padilha até sexta-feira da semana que vem, quando a caravana chega a Campinas, foram palco de derrotas de Aloizio Mercadante, candidato do PT ao governo paulista em 2010.
A ideia é percorrer inicialmente as cidades do interior em que o PT está em desvantagem em relação ao PSDB para que, em junho, quando começa oficialmente a campanha eleitoral, a caravana chegue à capital paulista e à região metropolitana de São Paulo, hoje com forte presença petista.