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Cirurgias bariátricas estão suspensas desde 2010

Cirurgias bariátricas estão suspensas desde 2010

DIARIO DE CORUMBÁ

02/04/2011 - 00h00
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A resolução nº. 03/2010 do Conselho Municipal de Saúde (CMS), de 8 de fevereiro de 2010, suspendeu a realização de cirurgias bariátricas (popularmente chamadas de cirurgias de redução do estômago) pelo Hospital de Caridade de Corumbá. De acordo com o documento, assinado pelo presidente da Mesa Diretora na época, Gumercindo Sarapião Tony de Carvalho, o CMS acatou o parecer da I subcomissão da Comissão de Controle e Avaliação dos Serviços de Saúde que considerou o Programa de Cirurgia Bariátrica em Corumbá "desfavorável devido à falta de condições de realização da cirurgia pela Associação Beneficente Corumbaense".

A resolução também suspendeu qualquer repasse do Fundo Municipal de Saúde destinado ao procedimento e encaminhou o parecer à Coordenadoria Estadual de Controle, Avaliação e Auditoria para as devidas providências. A resolução foi homologada pelo secretário municipal de Saúde, Lauther da Silva Serra, e pelo então secretário municipal de Ações Sociais, Lamartine Figueiredo Costa. "Em 2008, a operação bariátrica vinha sendo feita pela Santa Casa e custeada pela Prefeitura Municipal. Tanto que, em maio de 2009, foi aberta uma licitação para aquisição de kits de grampeadores lineares. O processo foi finalizado ao custo de R$ 71.920, mas, antes de a Prefeitura comprá-los, o Conselho de Saúde suspendeu a realização destas cirurgias", explicou Lauther.

"Uma auditoria comprovou que o hospital não tinha condições de cumprir as metas do SUS (Sistema Único de Saúde) quanto à realização da cirurgia bariátrica. Na época, o médico Elder de Oliveira afirmou no Conselho Municipal de Saúde que o hospital não tinha condições técnicas de realizar este procedimento", completou Lauther. Na última quarta-feira (30), Elder afirmou, em entrevista a uma emissora de TV da cidade, que as cirurgias "não ocorrem porque houve interrupção dos recursos da Prefeitura para a compra dos grampos" e, para que o procedimento seja retomado, "depende muito de quem hoje administra a Saúde".

Para o administrador hospitalar Victor Salomão Paiva, no entanto, além de infundadas, as afirmações do médico não explicam os motivos que levaram o CMS a suspender as cirurgias. "Quando a Junta Interventora assumiu a administração do hospital, encontrou suas estruturas físicas em estado crítico. O Centro de Esterilização, por exemplo, não tinha as mínimas condições de funcionamento, e sem alvará da Vigilância Sanitária. As quatro salas cirúrgicas também estavam em péssimo estado. Faltava desde ar condicionado até bisturi elétrico. Da maneira como estava, a Santa Casa nunca atenderia as exigências do SUS para realizar as cirurgias bariátricas", explicou.

"O hospital também não contava com profissionais capacitados para realizar as cirurgias bariátricas pelo SUS, quadro que persiste ainda hoje", reforçou Victor. Isso porque a portaria nº. 628, de 26 de abril de 2001, do Ministério da Saúde, determina que "o serviço de Cirurgia Bariátrica do Centro de Referência deverá ter um responsável técnico - médico cirurgião com título de especificação em cirurgia bariátrica reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCB) ou com título de cirurgião emitido pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões ou com Residência Médica em Cirurgia reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), com experiência profissional em cirurgia bariátrica".

Um dos pré-requisitos obrigatórios para que o cirurgião faça parte do SBCB é a comprovação de 125 cirurgias bariátricas, realizadas nos últimos cinco anos, na qualidade de Cirurgião Principal (Regulamentadas pelo CFM - Conselho Federal de Medicina). Segundo Victor, a Santa Casa de Corumbá não possuiu um profissional com estas especificações. "Ou seja, mesmo com as várias melhorias feitas na estrutura do hospital, hoje não conseguiríamos este credenciamento no SUS. O próprio doutor Elder não tem as credenciais para ser o responsável técnico da equipe", observou.

A cirurgia bariátrica é uma operação realizada em pessoas com o peso muito acima do ideal, os chamados obesos mórbidos. Também conhecida como cirurgia da obesidade e cirurgia de redução do estomago, ela consiste, literalmente, na plástica do estômago, órgão que serve como área de armazenamento para os alimentos. Em todas as técnicas cirúrgicas para a redução do estomago não há como garantir resultados. Em geral, o resultado é muito bom na maioria das pessoas, mas para isto é fundamental a disciplina do paciente que, em geral, recebe acompanhamento psicológico e nutricional durante o processo.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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