Os estragos causados pelas
chuvas em pelo menos oito
municípios de Mato Grosso
do Sul foram a justificativa
apresentada pelo governador
André Puccinelli para acatar
o pedido dos prefeitos e adiar
em dez dias o início do ano
letivo. As aulas, que começariam
no dia 8 de fevereiro, só
devem ter início no dia 18. A
decisão foi anunciada ontem
à tarde, após reunião na sede
da Associação dos Municípios
de Mato Grosso do Sul (Assomasul),
em Campo Grande.
O pedido havia sido feito
porque algumas estradas e
pontes ficaram danificadas
depois de enchentes e cheias
e isto acabaria dificultando
ou até impedindo a chegada
de alunos às escolas. “Vamos
padronizar o ano letivo. As
aulas na rede escolar estadual,
exceto em Campo Grande, começam
no dia 18 de fevereiro”,
afirmou o governador.
O presidente da Associação
dos Municípios e prefeito de
Terenos, Beto Pereira, agradeceu
ao Governo do Estado o
adiamento, mas disse que as
vantagens da decisão ainda
dependem do tempo. “Se ficar
ensolarado, os dez dias serão
suficientes. Agora, se continuar
chovendo até o dia 18, não
vai adiantar muito”, previu o
prefeito.
Transporte escolar
Outro motivo da reunião
foi o reajuste no transporte
escolar. Com a presença do
governador, os prefeitos conseguiram
aumento de 10% no
valor que é repassado pelo
Estado aos municípios para
o pagamento do serviço. Durante
a discussão, o porcentual
requerido chegou a 20%,
porém, após relutar, André
anunciou apenas 10% de reajuste.
Reajuste
Sobre o reajuste dos salários
dos funcionários municipais,
o presidente da Associação
dos Municípios de Mato
Grosso do Sul recomendou
que os prefeitos trabalhem
com o teto de até 3%, além
de cautela. Em Terenos, administrado
por Beto Pereira,
cuja folha de pagamento está
em torno de R$ 500 mil, o reajuste
será de 3%, conforme
adiantou o prefeito.