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Chuva recorde ameaça a 2ª maior safra da história

Chuva recorde ameaça a 2ª maior safra da história

JOSÉ MARIA TOMAZELA (AE)

31/01/2010 - 07h40
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A l i ad as h istóricas do produtor rural, as chuvas se converteram no maior fator de risco para a safra de grãos que começa a ser colhida nas principais regiões produtoras do País. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu safra de 141,3 milhões de toneladas, a segunda maior da história, no levantamento de janeiro, mas o excesso de umidade pode frustrar a produção. O índice de chuvas é recorde no Sul, Sudeste e parte do Centro- Oeste. Em algumas regiões do Estado de São Paulo, o índice acumulado em janeiro chega a 300 milímetros, o maior índice em 30 anos. Em Mato Grosso do Sul, além de destruir as estradas vicinais e atrapalhar o escoamento da safra, a chuva impede a retirada do grão das lavouras. Em MS, a queda no preço da saca já atinge 26%. A grande quantidade de chuvas paralisa as atividades no campo e atrasa as colheitas de arroz, feijão, milho e soja. A umidade aumenta a incidência de pragas e reduz a qualidade da produção, derrubando preços. O grão úmido exige mais tempo de secagem e abarrota silos e secadores. As estradas rurais, intrafegáveis, estão dificultando o escoamento da safra. No sudoeste do Estado de São Paulo, uma das principais regiões produtoras de feijão do País, as perdas chegam a 65%, segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. São Paulo produz 180 mil toneladas do alimento em 122 mil hectares. O feijão maduro tomou chuva no campo e perdeu qualidade, diz o engenheiro agrônomo Vandir Daniel da Silva, da secretaria estadual em Itapeva. “A saca de 60 quilos, que estava a R$ 70, foi vendida de R$ 20 a R$ 30.” As lavouras de Frederico D’Avilla, da fazenda Jequitibá do Alto, em Buri, tomaram chuva no fim da safra. Ele aumentou o número de máquinas para apressar a colheita, mesmo assim o feijão ficou “chuvado” e foi vendido pela metade do preço. Os dias chuvosos prejudicam também a soja e o milho com lavouras em formação. De acordo com o agrônomo, a umidade do solo favorece a parte vegetativa da planta, mas o sol é indispensável para os grãos. O céu nublado e a garoa constante preocupam Toshimito Varikoda, da fazenda Santo Antonio, em Itapetininga. “Os pés de soja estão repletos de bain has, mas os grãos não estão graúdos, pois faltou sol.” O produtor teve de replantar quase 10% da área com soja. Os gastos com a secagem do milho, colhido em 200 hectares, também aumentaram. “O grão sai da colheitadeira com 26% de umidade e preciso reduzir para no máximo 16%, senão fermenta.” Em Mato Grosso, as chuvas aumentaram em sete vezes a incidência da ferrugem na soja, em comparação com a safra passada, segundo o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária (Famato), Rui Prado. O tempo chuvoso atrasa a colheita e pode causar perdas na produtividade. Para complicar, o escoamento da safra é precário porque as estradas estão ruins. A infraestrutura inadequada aumenta o custo do frete e eleva o risco de prejuízos. “A luz vermelha já acendeu”, disse Prado. A desvalorização média em janeiro foi de R$ 4,60 por saca. O preço do milho também despencou. Segundo o presidente da Famato, os produtores já cobram do governo mecanismos de defesa da renda, como preços mínimos de garantia. A Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) quer rediscutir a cobrança de royalties pelas empresas de sementes. As chuvas e o excesso de umidade estão prejudicando o avanço da colheita da soja no médio norte de Mato Grosso. No Paraná, os produtores iniciaram a colheita de olho no clima. No oeste, a produtividade é bem maior que a da safra passada, afetada pela estiagem. Na região de Maringá, o produtor Olívio Grizotti teve de interromper a colheita quando a área de 200 hectares foi atingida por um temporal. Mais que a chuva, é a queda nos preços que preocupa. Em janeiro, o preço da saca caiu de R$ 45 para R$ 35. (colaborou Venilson Ferreira)

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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