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Chocolate, esta tentação

Chocolate, esta tentação

Redação

03/04/2010 - 19h56
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CRISTINA MEDEIROS

 

Ah, o chocolate! Deliciosa tentação da qual dificilmente escapamos. Principalmente nesta época, na qual ele é um dos principais símbolos, preenchendo prateleiras ou formando verdadeiros telhados doces nas lojas. O delicado sabor do cacau atrai de tal forma, pois são poucos os que não gostam de chocolate. Basta constatar os registros dos tantos chocólatras que não conseguem parar de comer enquanto não se vai o último pedaço.

O pó de cacau é um alimento considerado completo e equilibrado em proteínas, carboidratos e gordura. Seu sabor é amargo, daí a necessidade de se acrescentar outros componentes para transformá-lo no chocolate delicioso que conhecemos. Essa adição de outros produtos na sua composição é que acaba por torná-lo um alimento calórico, rico em gordura e açúcar.

Atualmente, mesmo quem apresenta algum distúrbio alimentar – intolerância à lactose, ao glúten, à cafeína – já tem à disposição chocolates especiais, tão saborosos quanto os outros e que, igualmente, proporcionam aquela sensação de bem-estar. E isso não ocorre à toa, tem explicação científica. O chocolate contém substâncias – como o triptofano – que aumentam os níveis de serotonina no cérebro, a mesma que provocam os exercícios físicos e a relação sexual e que nos dá a sensação de bem-estar. Daí muita gente se dizer viciada em chocolate.

Mas, calma lá, não é por isso que, na Páscoa, você vai abandonar os exercícios físicos e passar o dia se entupindo de chocolate para ficar calmo. "O chocolate é bom, gostoso, mas também engorda. Tem várias propriedades nutritivas, mas, como qualquer outro alimento, tem que ser consumido adequadamente, pois o excesso pode causar obesidade, enxaqueca, irritações na pele, por exemplo", observa a nutricionista Maruska Dias Soares, professora da UCDB.

E também não é qualquer chocolate que traz todos esses benefícios, conforme alertam os profissionais. Há chocolates e chocolates, e quanto mais amargo melhor, já que o cacau, no qual se concentram os nutrientes, está mais evidente. Por isso, atenção ao rótulo dos ovos, barras e caixas de bombons dispostos nas prateleiras dos supermercados. "Grande parte do chocolate vendido e consumido no Brasil contém muita gordura e o consumo inadequado pode elevar o nível de colesterol, triglicérides, prejudicando a saúde".

 

Como comprar

Como tudo na vida, o equilíbrio na hora de comer também vale para o chocolate. E qualidade, diga-se de passagem, é um item importantíssimo. Um chocolate de qualidade, segundo Maruska Soares, tem que apresentar mais cacau e menos gordura, além dos flavonoides – uma substância antioxidante que faz um bem enorme ao coração. "O flavonoide ajuda no combate aos problemas nas membranas das células, é como se não as deixassem ficar enferrujadas". E alerta para o fato de que não é só o chocolate que tem esta substância. "Podemos encontrá-la também em frutas e vegetais".

 

Quanto comer

O chocolate tem mais ou menos sete calorias por grama. Quanto mais açúcar, mais leite, mais gordura, mais calórico é. Maruska dá uma notícia ruim àqueles que comem fácil uma caixa de bombons. "O ideal são 30 gramas (equivale a dois tabletes de uma barrinha) por dia, preferencialmente do amargo", diz. Ou seja, 30 míseras graminhas de cada vez.

Para aqueles que compram os do tipo diet (sem açúcar) achando que podem comer mais por isso, a nutricionista desconstrói o mito. "A produção do chocolate diet troca o açúcar pelo adoçante, que modifica a textura. Por isso, os fabricantes colocam mais gordura para obter uma textura melhor". E faz um alerta: "O diabético tem tendência a problemas cardiovasculares, portanto, não é aconselhável consumir grandes quantidades do chocolate diet por causa da gordura. Para o diabético que é consciente, que mantém a glicemia e a dieta realmente equilibradas, é até melhor consumir, ocasionalmente, o chocolate comum, com menor teor de gordura", explica Maruska.

 

Grupos diferenciados

Há também o grupo com intolerância à lactose (proteína do leite) e os celíacos, que têm alergia ao glúten, proteína encontrada nos cereais. Como se tratam de doenças graves, Maruska recomenda leitura redobrada nos rótulos, já que hoje existe toda sorte de chocolates com recheios variados. Para este grupo, já existem no mercado chocolates sem lactose, sem glúten e sem cafeína, além dos chocolates feitos à base de pó de soja e alfarroba, todos encontrados em lojas especializadas.

Para os que gostam do chocolate branco, uma péssima notícia. Sim, ele é muito rico em sabor, mas vazio em nutrientes, porque, em vez do cacau, que contém a maioria dos nutrientes, é usada a manteiga de cacau, o que o faz muito calórico.

 

Crianças

Atraída não só pelo gosto, mas pelo visual da embalagem, a criança merece atenção redobrada nesta época de grande consumo de chocolate. "Os pais precisam entender que o chocolate é considerado um doce e, portanto, funciona como uma sobremesa. Assim, não poderá ser consumido em lugar das refeições e nem do lanche, do qual pode fazer parte", explica Maruska. Segundo ela, o adulto é quem deve dar o exemplo, ao consumir apenas as 30 gramas diárias e mostrar para a criança que esta é a quantidade ideal. "É possível quebrar o ovo em pedacinhos e negociar o consumo de um pedaço ao dia".

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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