É difícil um apreciador de automóveis não nutrir um mínimo de carinho pelos chamados “muscle cars”. E entre esses ícones norteamericanos, modelos como o emblemático Dodge Challenger SRT8, o Chevrolet Camaro e o Ford Maverick se destacam. No caso do Challenger, a paixão vem de anos atrás, do modelo original dos anos 70 – que acabou saindo de linha por conta das baixas vendas, geradas pela alta do petróleo na época. E foi reatada por sua volta há dois anos, no Salão de Detroit, com a mesma filosofia de fidelidade à tradição dos “muscle cars”. A ressurreição do SRT8 surge como uma espécie de segunda chance para o modelo. Tipicamente norte-americano, o modelo dificilmente faz sentido fora do mercado dos Estados Unidos, já que exibe um estilo naturalmente “ianque”, traduzido por seus motores potentes de alta litragem e até por esse motivo, não há intenção de a Chrysler exportar o SRT8 para o mercado europeu ou sul-americano. Feito sobre a plataforma do Chrysler 300 C – a mesma do Mercedes-Benz Classe E, fruto da extinta holding DaimlerChrysler –, o Challenger é vendido nos Estados Unidos em três opções de motorização 3.5 V6 de 250 cv, 5.7 V8 de 372 cv e 6.1 V8 de 425 cv. Todas adaptadas das antigas versões 3.7 litros com 145 cv de 1973, além da gama V8 que ia dos 5.2 litros e 230 cv aos 7.2 litros e 390 cv. Em termos de design, o SRT8 aparece com linhas fiéis às do original, com os típicos faróis duplos, paralamas bojudos e colunas traseiras largas. O modelo testado, com o motor 6.1 V8, vai de zero a 100 km/h em 5 segundos, de acordo com o fabricante. Na parte de entretenimento, o “muscle car” chega com sistema de navegação GPS, computador de bordo, vivavoz Bluetooth e tela LCD. Nos Estados Unidos, o SRT8 parte de US$ 43.655, cerca de R$ 81 mil. Preço até justificável para quem quer um modelo tão emblemático.