Cidades

TRÊS LAGOAS

A+ A-

CESP vai aumentar vazão na Usina de Jupiá

CESP vai aumentar vazão na Usina de Jupiá

ANA MARIA BARBOSA

10/03/2011 - 18h02
Continue lendo...

Com o aumento de chuvas registrado nos últimos dias na bacia do rio Paraná e a previsão de mais chuvas para os próximos dias, a Companhia Energética de São Paulo (CESP) vai ampliar a vazão da usina Souza Dias, a Usina de Jupiá, em Três Lagoas, para 17 mil metros cúbicos por segundo, nesta sexta-feira (11), e emitir um boletim de alerta para os moradores ribeirinhos, o chamado Boletim Informativo de Vazão (BIV).
O boletim é emitido para todos os municípios que margeiam o reservatório e põe em alerta os sistemas de defesa civil. A vazão a que deverá chegar a usina, nesta sexta-feira, é 140% maior que os 7 mil metros cúbicos por segundo, que são registrados em período mais secos. Desde a semana passada, o índice de vazão vem sendo aumentado e, ontem (10), chegou a 15.900 metros cúbicos por segundo.
Os efeitos da subida do rio Paraná começam a ser sentidos no bairro de Jupiá, em Três Lagoas, onde uma estrada que margeia o rio e dá acesso a vários pontos já está alagada. A água também alcança os muros dos restaurantes localizados à beira-rio e os postes de iluminação também estão parcialmente sob a água.
O alerta também vale para os pescadores da Colônia de Jupiá, que costumam pescar na saída do vertedouro da usina, pois o volume de água está bastante elevado, chegando a formar algumas ondas.
O presidente da Associação de Moradores de Jupiá, Gilmar Leite, o Gil do Jupiá, afirmou que até agora ainda não há riscos de inundação de casas, porque grande parte dos cerca de dois il moradores está na parte alta do bairro, após um acordo para deixarem a parte baixa, há cerca de 20 anos. No entanto, ele avalia que mais vazão poderá significar prejuízos para alguns donos de rancho e de restaurantes localizados em área de maior risco.
Na avaliação de Gil, o nível do rio já subiu cerca de dois metros e um metro a mais poderá representar transtornos. “Vamos colocar a quadra poliesportiva à disposição de quem precisar trazer freezer e outros móveis, para evitar prejuízos”, afirmou.
O líder comunitário também afirma que nos últimos quatro anos o nível do rio não ultrapassou o nível em que se encontrava ontem (10). “Até aqui não oferece risco, mais do que isso, começamos a nos preocupar”, explicou.
A Cesp não informou o comparativo entre a vazão a ser feita hoje e a de anos anteriores. Segundo nota da assessoria de imprensa, a operação é coordenada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e está sendo seguida em todas as usinas nas bacias do Tietê, Paraná e Paraíba do Sul. “Os critérios são adotados para manter os níveis recomendados no Plano Anual de Prevenção de Cheias (PAPC), do Sistema Interligado Nacional (SIN)”, diz a nota.

A Usina Jupiá conta com dois tipos de vertedouros – sistema composto de comportas que podem ser abertas e fechadas para controle de passagem da água. O vertedouro de superfície, que pode ser visto normalmente pelas pessoas, tem quatro comportas e o vertedouro de fundo, que fica submerso, tem 37 comportas de fundo.
 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

Continue Lendo...

A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).