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Celebrações religiosas devem reunir 155 mil

Celebrações religiosas devem reunir 155 mil

Redação

01/06/2010 - 06h43
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Silvia Tada

O feriado de Corpus Christi faz parte do calendário católico mas, neste ano, o dia 3 de junho será de atividade intensa para pelo menos três denominações religiosas, que devem reunir cerca de 155 mil pessoas, em Campo Grande. As celebrações acontecem no Parque Ayrton Senna, na Praça do Rádio Clube e nas ruas centrais da Capital.

De acordo com estimativa dos organizadores, o maior evento acontecerá no Parque Ayrton Senna, no Bairro Aero Rancho, a partir das 15h, com a pregação do apóstolo Waldemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus. São esperadas 100 mil pessoas, em um público equivalente à passagem do Papa João Paulo II pela Capital, em outubro de 1991.
Esta é a segunda vez que o líder religioso vem a Campo Grande. Na edição passada da Concentração de Fé e Milagres, a organização contabilizou participação de 80 mil pessoas.

A Igreja Mundial é dissidente da Igreja Universal do Reino de Deus e foi criada em 1998. É apontada como a igreja que mais cresce no País e, em Mato Grosso do Sul, conta com templos em 60 municípios.
Tradição

A Igreja Católica celebra missa às 15h, seguida de procissão pelas principais avenidas do centro da cidade, com a participação aguardada de 25 mil pessoas. O trabalho dos representantes das 29 paróquias, no entanto, começa cedo, às 5h, com a tradicional confecção dos tapetes coloridos para a passagem do corpo de Cristo, simbolizado pelo ostensório contendo a hóstia consagrada.
A missa será na Avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e 14 de Julho, celebrada pelo arcebispo de Campo Grande, dom Vitório Pavanello e concelebrada por cerca de 80 sacerdotes. Em procissão, os fiéis seguem até a Avenida Fernando Corrêa da Costa, onde será realizado show com bandas católicas locais, de acordo com a assistente social da Diocese, Paula Cristina Vieira Dias.

Aniversário
Para celebrar os 30 anos da Igreja Internacional da Graça de Deus uma grande reunião acontece na Praça do Rádio Clube, no centro da cidade, a partir das 17h, com expectativa de público em torno de 30 mil pessoas. O líder religioso da denominação, missionário R. R. Soares conduzirá o evento, que também terá a participação dos cantores David Soares e Fernandes Lima.
A previsão é de que a reunião dure cerca de 3h, com momentos de louvor e oração. “Nesse momento, costumam acontecer muitos milagres e temos o depoimento dessas pessoas”, relatou o pastor Daniel Braga. Depois de Campo Grande, Soares continua as visitas por Mato Grosso do Sul. Na sexta-feira faz reuniões em Aquidauana (9h), Jardim (13h), Ponta Porã (16h) e Dourados (19h). No dia seguinte, estará em Naviraí (9h), Nova Andradina (13h) e Três Lagoas (16h).

Ruas
Devido aos eventos religiosos, algumas ruas da Capital ficarão interditadas. A partir das 5h, o trânsito de veículos estará impedido na Rua 14 de Julho entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso. A Avenida Fernando Corrêa da Costa, entre a ruas 13 de Maio e Avenida Calógeras, também fica fechada para a confecção dos tapetes.
A partir das 15h, a Avenida Ernesto Geisel, na altura do Parque Ayrton Senna, no sentido bairro-centro, estará fechada, assim como a Avenida Mato Grosso, entre as ruas 13 de Maio e 14 de Julho. As ruas do entorno da Praça do Rádio Clube, com exceção da Avenida Afonso Pena, também ficam intransitáveis.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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