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CAMPO GRANDE

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Casos de violência contra a mulher cresceram 11,3%

Casos de violência contra a mulher cresceram 11,3%

ROSANA SIQUEIRA/ROBERTO COSTA

09/03/2011 - 00h00
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O volume de casos de violência doméstica contra mulheres cresceu 11,3% em 2010, se comparado com 2009. O levantamento tem como base o número de boletins de ocorrência registrados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher na Capital. Os dados mostram que em 2009 foram 5.605 registros e no passado subiram para 6.239 casos.

Longe de ser um dado negativo, na opinião da coordenadora especial de Políticas Públicas para a Mulher, Elza Maria Verlangieri Toschi (Tai Loschi), o aumento é uma mostra de que a Lei Maria da Penha realmente está funcionando. Na opinião da coordenadora este número cresceu porque as mulheres estão denunciando mais. “A lei nada mais é que uma conduta baseada no gênero, que causa morte, dano, sofrimento físico, sexual. A lei vem coibir isso, prender o agressor”.

A afirmação foi feita durante entrevista ontem no programa Bom Dia Mega Notícias, da FM Mega 94. Tai Loschi afirma que se comparados os anos de 2009 para 2010 foram mais 634 registros. “Isso acontece porque as mulheres confiam mais na rede social de enfrentamento à violência. A rede somos todos nós. O poder público, a sociedade, poder Judiciário, as delegacias, as casas de abrigo e centros de referência”, enfatizou.


Na oportunidade ela disse que as mulheres sul-mato-grossenses tem muito o que comemorar em relação ao Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje. Ela destaca que a programação alusiva à data uteve início dia 1º março no Assentamento Paulo Freire (Dois Irmãos Buriti) com a realização de palestra sobre a Lei Maria da Penha e será encerrada no dia 25 de março no ginásio de esporte de Sidrolândia com a realização do II Concurso da Mais Bela Mulher Sidrolandense da faixa etária de 45 a 60 anos.
 

Política

Tai lembra no entanto que a área que as mulheres mais precisam avançar é na política. “Precisamos avançar mais ainda no poder legislativo, executivo e municipal. Aí que a crescente está timida. Precisamos de mais vereadoras, mais deputadas, mais senadoras”, conclamou.

Ela lembra que em Campo Grande, a coordenadoria tem feito várias capacitações para que mulheres que puderem se candidatem a cargos eletivos. “As mulheres têm acreditado mais nas mulheres. É o caso da denúncia, acreditando na rede de enfrentamento da violência contra a mulher. Então a gente entende que mulher está votando em mulher sim, desde que tenha plataforma e esteja preparada. Nos estamos engrossando esta fileira de mais candidatas com bagagem, com competência e mais vontade de chegar na ponta” destaca.

Como destaques na política ela cita a vice-governadora Simone Tebet, a senadora Marisa Serrano e outras que estão neste trabalho. “Elas estão se dedicando, sendo líder e enfrentando situações difíceis nesta carreira política”, finaliza.

Confira o aúdio da entrevista:

 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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