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Casamento personalizado

Casamento personalizado

Redação

05/08/2010 - 07h44
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OSCAR ROCHA

A chuva encharca convidados de uma festa de casamento – e todos ficam contentes; uma noiva, irredutível, somente dirá o “sim” para o futuro marido diante de um pôr do sol; noivos, em plena cerimônia nupcial, amassam uvas com pés numa vinícola. Uma noiva muda de figurino em pleno salão. Noivos e padrinhos, em coreografia ensaiada, imitam Michel Jackson. Noivos, em ensaio tipo revista “Vogue”,  têm como cenário um ferro velho.
As cenas acima não fazem parte de um filme chamado “Deu a louca na festa de casamento”. Longe disso. Na verdade, são cenas reais. A grande maioria aconteceu em Mato Grosso do Sul e faz parte de uma tendência: personalização de cerimônias de casamento. “Estou há 18 anos no segmento de organização de casamento e posso dizer que cada vez mais os noivos procuram promover festas de casamento com elementos seus. Isso não quer dizer que o tradicional desapareceu, mas o número de festas com inovações aparecem em grande número”, explica a organizadora de eventos Diane Fontes Piveta Assunção. “Calculo que 60% das festas de casamento que organizo em  um ano são com elementos da personalidade dos noivos. Normalmente, meus clientes sabem que trabalho com tendências mais modernas e já me procuram”, enfatiza outra  organizadora de eventos, Ika Almeida.
Diane participou, nos últimos anos, da preparação de várias festas que fugiram do  roteiro tradicional. Mas uma, com certeza, foi inesquecível pela complexidade da realização. “A noiva queria que a festa acontecesse em um dia de chuva, na qual os convidados  se molhassem. Era um sonho dela, tinha um significado para ela. Enviamos um pré-convite para os convidados – cerca de 500 – avisando que a data oficial seria divulgada uma semana antes. Por que foi feito isso? Porque tínhamos que consultar a meteorologia. Deu tudo certo, no dia marcado, choveu. Interessante é que, logo após o almoço, começou a chover. Muita gente não foi, mas quem foi se divertiu. A festa aconteceu em uma fazenda na região de Rio Brilhante”, lembra Diane.

Da chuva ao sol
Em outra festa, ainda recorda a organizadora, a noiva desejava que a cerimônia fosse realizada no pôr do sol. O problema é que choveu durante a tarde inteira. “Ligamos para a noiva dizendo que a chuva mudaria os planos para a recepção, sairia de um espaço aberto para um fechado. Mas ela foi categórica: ‘deixa tudo como está’. Deu certo, pois no momento da cerimônia teve um por de sol lindo”.
Entre as próximas missões de Diane e equipe, está a realização de um casamento numa vinícula, no Rio Grande do Sul, em fevereiro. “É um trabalho bem complexo. Os noivos querem colocar detalhes bem diferentes. Os convidados sairão de Mato Grosso do Sul e São Paulo para a festa”, antecipa.
Mesmo que os noivos não possam bancar tantos gastos, há maneiras de tornar a identidade mais visível da cerimônia. Por exemplo, um dos momentos que sempre chamam a atenção na festa é quando a noiva joga o buquê de flores às convidadas. O ato permanece, mas o que está sendo arremessado se modificou atualmente. “As noivas, agora, podem jogar  Santo Antônio feito de pano para dar sorte para solteiros que não casaram, ou então, um sapo, também de tecido, simbolizando que, depois de um beijo, o sapo possa virar príncipe”, brinca Ika.
Outro elemento moderno nas festas é a distribuição de calçado mais confortável, para as mulheres, depois de  algum tempo do início da festa.
A interação entre os noivos e os convidados ganha novos momentos nas festas mais personalizadas. Passos elaborados de tango ou inspirados em Michael Jackson também integram o roteiro. Alguns chegam a estabelecer, junto com os padrinhos, coreografias de ícones juvenis do passado, como o Menudo. “Isso acaba deixando tudo mais descontraído e inesquecível, como tem que ser uma festa de casamento”, aponta o organizador do Noiva Fashion, José Marques.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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