Para aumentar a competitividade dos automóveis brasileiros no mercado externo e reduzir as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global, o governo brasileiro prepara um novo decreto que exigirá das fabricantes estabelecidas no país veículos “mais limpos”, caso contrário terão de pagar mais impostos, segundo aponta reportagem do jornal Estado de São Paulo. A medida vem após o corte do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para estimular as vendas de carros no mercado nacional, que registrou forte queda no início deste ano.
Segundo a fonte, as montadoras terão até 2017 para cortar, em média, cerca de um quarto das emissões de gás carbônico de seus produtos para evitar um aumento da alíquota do IPI.
Esta será a primeira vez que as montadoras serão obrigadas a assumir uma meta de eficiência energética no Brasil, o que também permitirá ao consumidor reduzir seus gastos com combustíveis. Atualmente, os veículos “made in Brazil” saem das fábricas emitindo, aproximadamente, 171 gramas de CO2 por quilômetro percorrido. Com a nova regra, que prevê uma redução de 24% nas emissões, o número deve cairá para 130 g.
Conforme aponta o jornal, a norma ainda será analisada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimental, antes de ser submetida à aprovação da presidente Dilma Rousseff. Ainda de acordo com a reportagem, as metas de emissões serão específicas para cada tipo de veículo.
A medida, entretanto, apesar de melhorar a eficiência dos veículos da indústria automotiva brasileira, ainda será menos rígida que as normas de emissões da União Europeia, hoje a mais exigente referente ao tema.