Mat o Gr o s s o do Su l
vendeu 6,3% a mais para o
mercado internacional em
janeiro de 2010 do que no
mesmo mês do ano anterior.
O valor comercializado subiu
de US$ 85,5 milhões para
US$ 90,9 milhões, de acordo
com dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior.
Os principais setores da
economia recobraram o fôlego,
e deixaram para trás um
ano de quedas nas exportações.
Porém, o aumento não
poupou o Estado de fechar o
mês com saldo negativo em
US$ 114 milhões na balança
comercial, após comprar
mais do que exportou.
Frigoríficos, siderurgia,
celulose e cana-de-açúcar lideram
a lista de exportadores.
A carne bovina foi o item
que mais deixou o Estado
em janeiro, totalizando US$
23,4 milhões em negócios.
O produto responde por um
quarto das exportações de
MS, e suas vendas subiram
35% na comparação com o
mesmo mês de 2009. O frigorífico
Bertin seguiu puxando
o comércio exterior
sul-mato-grossense, e seus
US$ 16,6 milhões vendidos
— resultado 104% superior
ao primeiro mês de 2009
— representaram 18% das
exportações.
A comercialização de minério
de ferro saltou de US$
215 mil para US$ 15 milhões
em 2010, fazendo do setor
o segundo no ranking de
exportadores, com 16,5% de
participação. O desempenho
deve-se à retomada da Vale
em Corumbá, cidade que
acumulou perda nas receitas
e queda nas exportações por
conta da letargia do setor minero-
siderúrgico em 2009.
Já a cana-de-açúcar, embora
seja o quinto item na lista
de vendas para estrangeiros,
teve 73% de acréscimo nas
exportações, um pulo de
US$ 2,9 milhões para US$ 5,1
milhões.
Parceiros
Os principais destinos dos
produtos de MS foram Argentina
(US$ 15,3 milhões, 16,8%
a mais do que em janeiro de
2009), França e Irã. Os dois
últimos importaram cerca de
US$ 8 milhões, cada. A China,
principal alvo do Governo
Estadual e maior parceiro comercial
do Brasil, ocupa o 15°
lugar entre os compradores.
O minério de ferro é o principal
artigo no carrinho dos
asiáticos, que compraram, no
total, US$ 1,6 milhão do Estado
no mês anterior, valor
31% superior ao registrado
no mesmo período do ano
passado.
Importação
As importações de MS
somaram US$ 205 milhões,
com destaque para a Bolívia
e seu gás natural. O país vizinho
representou 56,4% da
importação do Estado, US$
115,7 milhões. Apesar do número
de peso, ele é 49% mais
magro do que em janeiro de
2009, ano em que o baixo
consumo de gás natural no
Brasil fez o governo de Evo
Morales diminuir o envio do
insumo ao País.