Capital pode investir R$ 20 milhões em praia artificial
12 FEV 10 - 07h:55
A Lagoa Rica, localizada
a cerca de 15 quilômetros
do centro da Capital,
pode se tornar
a praia dos campo-grandenses.
Pelo menos essa é a ideia do anteprojeto
elaborado pelo arquiteto
André Costa para a Prefeitura
de Campo Grande. O orçamento
inicial aponta que sejam
necessários R$ 20 milhões para
aquisição da área e construção
de toda a “Praia Morena”.
O projeto, ainda em fase de
estudo, prevê que cerca de 100
hectares da área, que hoje são
de propriedade particular, sejam
adquiridos pela prefeitura
para a construção da praia artificial.
Atualmente, visitantes esporádicos
buscam a Lagoa Rica
para passar o final de semana.
Porém, conforme lembrou o arquiteto
André Costa, o local não
dispõe de infraestrutura para
receber os banhistas e a estrada
de acesso, ainda sem pavimentação,
dificulta o acesso.
Mais além, está prevista também
estruturação de área para
banho e 1,1 mil metros de calçadão
em torno da lagoa. Há espaços
para piscinas e a implantação
de um clube privado.
Também podem ser construídas
quadras para prática de
esportes de praia, como vôlei e
futebol, além de uma arena para
receber grandes competições.
“A ideia é que a lagoa se transforme
em um centro capaz de
atrair eventos e movimente
aquela região”, afirmou o arquiteto.
esta é a mesma opinião
do prefeito Nelson Trad Filho.
Ele acredita que a construção
da praia artificial possa levar
desenvolvimento para aquela
região da cidade. “Estamos
apostando no projeto como
um chamariz para levarmos
o crescimento demográfico e
econômico para uma região
que, até então, está fadada ao
esquecimento”. Segundo o prefeito,
há pesquisas que indicam
interesse da iniciativa privada
para instalação de empreendimentos
na região.
No projeto, ainda está reservado
o espaço para a construção
de um restaurante, com acesso
independente ao da “Praia Morena”.
Um palco flutuante também
pode ser montado para receber
shows com público de até três
mil pessoas. “A vantagem desse
palco é que ele pode se mover e
ir para o local mais adequado”,
ressaltou André Costa.
O novo parque deve funcionar
no mesmo sistema dos balneários
municipais instalados
no interior de Mato Grosso do
Sul, que hoje cobram valor em
dinheiro pela entrada para que
o visitante possa passar o dia todo
utilizando-se das instalações.
Dentro da “praia” será instalada
uma praça de alimentação, com
quiosques e lanchonetes.
No orçamento de R$20 milhões,
está prevista, ainda, a
pavimentação asfáltica da estrada
que dá acesso à Lagoa Rica,
com cerca de 4,5 quilômetros, e
a construção de um portal, no
início desse trajeto.
Negociação
Recursos para a construção
da “Praia Morena” serão provenientes
de emendas da bancada
federal de Mato Grosso do Sul.
A negociação entre parlamentares
do Estado e da Prefeitura de
Campo Grande já está em andamento.
Hoje, às 7 horas, o prefeito
Nelsinho Trad reúne-se com o
deputado federal Vander Loubet,
um dos incentivadores do
projeto, para iniciar as discussões
sobre os recursos que serão
destinados à obra.